Athletico corrige rota e brilha no returno para voltar ao Brasileirão | OneFootball

Durou menos de um ano o pesadelo do torcedor do Athletico, que viu sua equipe quebrar uma sequência de anos com conquistas para ser rebaixado no Brasileirão justamente no ano de seu centenário. O acesso conquistado ontem (23) veio com alguns percalços e uma mudança de planejamento que fez toda a diferença, com a melhor campanha do returno.

O título do torneio ficou com o arquirrival Coritiba, que foi uma equipe mais estável, dona da segunda melhor campanha tanto no turno quanto no returno da competição. Já o Furacão precisou fazer uma campanha de campeão na segunda metade para ficar entre os quatro melhores no fim do campeonato.

Ao fim dos primeiros 19 jogos da Série B, o Athletico ocupava uma modesta 11ª posição com 25 pontos, 12 a menos que o então líder Goiás. Sob o comando de Maurício Barbieri foram duas vitórias nos dois primeiros jogos, mas logo em seguida veio uma série com três derrotas em quatro jogos, culminando na goleada sofrida em casa diante do Botafogo de Ribeirão Preto, que resultou na mudança do treinador.

Mudança no banco e no mercado

O escolhido foi Odair Hellmann, que estava dois anos longe do futebol brasileiro. O começo não foi fácil: nos primeiros 13 jogos na Série B foram apenas três vitórias com cinco empates e outras cinco derrotas. No fim da 21ª rodada, em meados de agosto, a confiança não era muito grande com a 13ª colocação, 15 pontos atrás do Goiás, que ainda liderava, e com oito pontos de distância para o G4.

Então veio a mudança no perfil de jogadores: foram seis reforços na janela do meio de ano, sendo todos eles estrangeiros. O nível das contratações também indicava uma aposta ousada: além de nomes como Steven Mendoza, Carlos Terán, Gastón Benavídez, Felipe Aguirre e Élan Ricardo, foram US$ 5 milhões investidos em Kevin Viveros, do Atlético Nacional, da Colômbia, sendo a mais cara contratação da história do clube, retribuindo com nove gols e três assistências em 21 jogos na Série B.

A sequência de sete jogos sem vitórias deu lugar a uma série de sete vitórias seguidas, colocando o Furacão entre os quatro melhores já no final da 29ª rodada, aparecendo com apenas dois pontos a menos que o agora dono da ponta Coritiba.

Nos últimos 19 jogos da Série B, o Athletico somou 40 de seus 65 pontos, com um aproveitamento de 70,18%, muito superior ao que o Coxa teve em todo o campeonato (59,65%). Apesar de ter a 10ª defesa mais vazada da competição, o time de Odair Hellmann terminou com 53 gols marcados, o melhor ataque da Série B, tendo um saldo positivo de 12 gols no returno, o melhor da reta final. 

A mudança de planos no meio da temporada funcionou em 2025, mas o torcedor do Athletico certamente espera que em 2026 as coisas sejam diferentes. Se não for com a retomada da era de conquistas, que pelo menos não seja o pesadelo de 2024 e com tantas turbulências nesta temporada.