Fala Galo
·22 de novembro de 2025
Atlético desperdiça chances e cai nos pênaltis para o Lanús na final da Sul-Americana

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·22 de novembro de 2025

Foto: Pedro Souza / Atlético
Por: Thiago Florêncio
O torcedor alvinegro viveu um fim de tarde amargo neste sábado (22), no Defensores del Chaco, em Assunção. Após o empate no tempo normal e na prorrogação, o Atlético perdeu para o Lanús nos pênaltis e terminou a CONMEBOL Sul-Americana com o vice-campeonato.
O Atlético Mineiro impôs ritmo forte no primeiro tempo da final da Sul-Americana, neste sábado, no Defensores del Chaco, em Assunção. A equipe de Jorge Sampaoli manteve o esquema com três zagueiros, adiantou as linhas e controlou a posse. O Lanús apostou em bolas longas e teve dificuldade para sair do campo defensivo.
Sampaoli repetiu a base das últimas partidas e confirmou Alan Franco entre os titulares. O meio-campista se recuperou de lesão sofrida na Data-FIFA e formou dupla com Igor Gomes. No ataque, Hulk começou ao lado de Dudu.
O jogo abriu com marcação forte dos dois lados. O Galo ocupou o campo rival e pressionou a saída de bola. Os argentinos responderam com entradas firmes, mas não encaixaram contra-ataques. A equipe mineira trocou passes curtos e buscou infiltrações pelos dois lados.
A primeira finalização clara saiu aos 18 minutos. Alan Franco pegou a sobra e arriscou de longe. A bola passou rente ao travessão e animou a torcida. Quatro minutos depois, Alonso lançou Dudu pela esquerda. O atacante dominou, serviu Arana e obrigou Losada a intervir, embora o assistente já marcasse impedimento no início da jogada.
O Atlético aumentou a pressão aos 26. Bernard cobrou falta com curva e acertou a trave. O lance gerou reclamações de Hulk, que contestou decisões do árbitro chileno Piero Maza em divididas anteriores.
A equipe mineira voltou a chegar aos 43. Dudu recebeu aberto, cortou para dentro e tocou para Igor Gomes, que bateu de fora da área. Losada defendeu sem dificuldade. O Lanús tentou reagir nos minutos finais, com investidas de Salvio pela direita, mas parou na marcação firme do Galo.
O Atlético foi superior durante todo o primeiro tempo. Teve mais volume, criou as principais chances e ocupou o campo de ataque com autoridade. Alan Franco, Bernard, Dudu e Igor Gomes exigiram intervenções de Losada e conduziram a pressão mineira.
O Lanús, por outro lado, não conseguiu oferecer real perigo ao gol de Everson. Limitou-se a lançamentos longos, perdeu duelos no meio e só avançou com Salvio em jogadas isoladas. A etapa inicial mostrou um Galo mais seguro, organizado, intenso, com vontade, raça e dominante.
O segundo tempo começou com domínio amplo do Atlético, que manteve o ritmo e o volume exibidos na etapa inicial. O Lanús quase não passou do meio-campo nos primeiros dez minutos.
Aos 13, Dudu tabelou com Arana e recebeu de volta na entrada da área. O atacante dominou e bateu colocado, mas Losada espalmou para escanteio. O lado esquerdo seguia como a principal rota ofensiva do Galo.
O time mineiro continuou a rondar a área rival, com descidas constantes de Dudu. As jogadas fluíam, mas paravam nas escolhas do último passe. Bernard passou a participar mais, distribuindo o jogo e aproximando os setores.
Para dar mais mobilidade ao meio-campo, Sampaoli tirou Bernard e colocou Gustavo Scarpa. A troca buscou renovar a dinâmica ofensiva.
O calor no Defensores del Chaco reduziu o ritmo intenso que o Atlético sustentara por boa parte da partida, e o time passou a alternar acelerações com posse mais controlada.
O resumo da etapa final foi de um Atlético que controlou a etapa final com posse, presença no terço ofensivo e boa circulação de bola. As principais chances saíram pelo lado esquerdo, com Dudu e Arana em constante aproximação, mas o time seguiu encontrando dificuldades para finalizar as jogadas com precisão. O Lanús, por sua vez, voltou a apresentar pouca força ofensiva e não levou perigo real ao gol de Everson. A segunda metade repetiu o cenário do primeiro tempo: domínio territorial do Galo, intensidade maior que a do adversário e superioridade técnica evidente.
Os primeiros minutos da prorrogação tiveram ritmo menor, mas o Atlético seguiu mais perigoso que o Lanús. Aos três minutos, Dudu, exausto, saiu para a entrada de Biel na ponta esquerda.
Logo depois, Biel e Caio Paulista tabelaram na área. O lateral recebeu de volta, finalizou e mandou para fora. Na sequência, Caio cruzou para Rony, que cabeceou mal. O rebote caiu nos pés de Scarpa, que levantou de novo na área. Biel testou, mas fraco, no meio do gol, e facilitou a defesa de Losada.
O desgaste físico começou a pesar. Para a etapa final da prorrogação, Jorge Sampaoli tirou Rony e colocou Saravia, reorganizando o lado direito. As duas equipes já mostravam sinais claros de cansaço e atacavam com menos intensidade.
Aos seis minutos, saiu a melhor chance do Atlético em toda a partida. Hulk recebeu na entrada da área e serviu Biel, que avançou livre. O atacante bateu rasteiro, mas parou em Losada, que salvou o Lanús com defesa decisiva, usando a ponta dos dedos e o joelho.
Nos minutos finais, as equipes ainda tentaram chegar ao ataque, mas sem força para transformar as jogadas em finalizações claras. A decisão foi para os pênaltis.
Walter Bou abriu as cobranças para o Lanús e parou em Everson, que caiu no canto certo. Hulk foi o primeiro a bater pelo Atlético, mas Losada defendeu. Na segunda série, Izquierdoz deslocou Everson e colocou os argentinos em vantagem. Scarpa empatou com chute firme no canto direito.
Marcich retomou a frente para o Lanús ao bater forte. Everson tocou na bola, mas não evitou o gol. Igor Gomes converteu em seguida, e Aquino manteve a vantagem granate. Biel desperdiçou a cobrança seguinte. O Lanús teve a chance de fechar a disputa, mas Lautaro Acosta mandou por cima.
Everson manteve o Atlético vivo ao bater com força e converter. Nas alternadas, Agustín Cardozo e Watson marcaram para os argentinos. Alexsander anotou para o Galo, mas Vítor Hugo errou a cobrança final. O acerto de Watson e o erro do zagueiro definiram o bicampeonato sul-americano do Lanús e silenciaram a torcida atleticana no Defensores del Chaco.
Pênaltis convertidos pelo Lanús: Izquierdoz, Aquino, Agustín Cardozo e Watson;
Pênaltis perdidos pelo Lanús: Bou e Acosta;
Pênaltis convertidos pelo Atlético: Scarpa, Igor Gomes, Everson e Alexsander;
Posse de bola: Lanús 48% x 52% Atlético;
Finalizações: Lanús 8 x 10 Atlético;
Finalizações certas: Lanús 2 x 2 Atlético;
Total de passes: Lanús 379 x 435 Atlético;
Cartões amarelos: Izquierdoz (aos 25 minutos do segundo tempo), Hulk (aos 34 minutos do segundo tempo), Alan Franco (aos 40 minutos do segundo tempo).
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