Fala Galo
·30 de novembro de 2025
Atlético erra demais, cria pouco e perde para o Fortaleza no Castelão

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·30 de novembro de 2025

Foto: Pedro Souza / Atlético
Por: Thiago Florêncio
O Atlético perdeu para o Fortaleza por 1 a 0 neste domingo (30), no Castelão, pela 35ª rodada do Brasileirão. O time mineiro teve posse de bola, mas sofreu para criar e voltou a exibir falhas defensivas. O gol de Pochettino definiu o placar ainda no primeiro tempo.
Sampaoli escalou o Atlético com três zagueiros e manteve o desenho clássico. Na defesa, Alan Franco recuou como ala pela direita e fechou a linha de cinco com Arana e os defensores. No ataque, virou volante e abriu espaço para Igor Gomes atuar mais adiantado pelo setor.
O Atlético tentou controlar a posse nos primeiros minutos, mas o Fortaleza impôs ritmo forte. Logo no início, Breno Lopes tabelou com Mancuso, entrou na área e finalizou na saída de Everson. O goleiro rebateu e o próprio atacante chegou para completar, mas errou o tempo da bola e ganhou escanteio.
O Galo encontrou dificuldades para criar e pouco avançou na área adversária. Aos 21 minutos, Arana recebeu na entrada da área, pelo lado esquerdo, e bateu firme. Brenno defendeu em dois tempos.
Na jogada seguinte, Dudu recebeu cartão por simulação de pênalti. O assistente marcou impedimento no lance. Dudu e Hulk contestaram a marcação. O VAR chamou o árbitro Davi de Oliveira Lacerda, que retirou o cartão. A revisão gerou dúvida porque o protocolo não autoriza análise de amarelo.
Aos 34 minutos, o Fortaleza voltou a pressionar. Bareiro dominou na entrada da área e bateu de primeira. Everson saltou e fez grande defesa, mandando para escanteio. Na cobrança, Pierre levantou na segunda trave e o goleiro ficou com a bola.
O jogo seguiu intenso e o Fortaleza transformou o volume em gol. Aos 40 minutos, Bareiro avançou pela direita, superou Franco e rolou para Pochettino. Livre, o meia dominou e finalizou no canto.
Três minutos depois, o Atlético quase empatou. Hulk recebeu passe na área, girou e encontrou Ruan. O zagueiro ajeitou, limpou a marcação e bateu forte. Brenno salvou à queima-roupa.
O primeiro tempo foi equilibrado, mas o Fortaleza mostrou mais organização ofensiva. Teve posse, ocupou o campo de ataque com frequência e criou as ações mais perigosas. O Atlético teve dificuldade para acelerar as jogadas e sofreu para romper a marcação alta. O Fortaleza aproveitou o melhor momento e levou a vantagem para o intervalo.
O Atlético voltou para o segundo tempo tentando triangular no ataque, mas errou passes simples e perdeu ritmo. A equipe manteve a posse, porém o Fortaleza seguiu mais perigoso e construiu as oportunidades mais claras.
A defesa alvinegra continuou instável. Bateu cabeça em lances decisivos, tomou decisões apressadas e deixou espaços pelo meio e pelas laterais. No ataque, o Galo permaneceu travado até os 15 minutos, sem conseguir criar no último terço.
Aos 20 minutos, Sampaoli iniciou as mudanças. Tirou Hulk e colocou Biel, o que deslocou Bernard para a função de falso nove. Palermo respondeu ao observar espaço para contra-ataques. Fez três substituições para acelerar as transições do Fortaleza.
Na sequência, Sampaoli alterou novamente. Sacou Alexsander e Ruan para as entradas de Scarpa e Saravia. O argentino assumiu a lateral-direita e Franco voltou ao meio-campo. Aos 28 minutos, Scarpa dominou, encontrou espaço e bateu rasteiro. Brenno defendeu pela primeira vez na etapa final.
O Fortaleza quase ampliou aos 33 minutos. Moisés recebeu dentro da área e tocou para Deyverson, livre. O atacante cortou para a perna direita, hesitou e devolveu para Moisés, que girou duas vezes antes de ser travado na finalização.
Com os atacantes descansados, o Fortaleza aumentou o ritmo. O Atlético tentou diminuir a velocidade com passes curtos, mas não soube aproveitar a posse. Errou na construção e entregou contra-ataques ao adversário.
Sampaoli apostou nas últimas mexidas e tirou Bernard e Arana para as entradas de Cadu e Gabriel Menino. Cadu voltou aos gramados pela primeira vez após romper o ligamento cruzado anterior e os meniscos do joelho direito no fim do ano passado.
O Fortaleza manteve a pressão. Em novo contra-ataque, Pikachu lançou Deyverson, mas Everson saiu rápido e evitou o segundo gol. Aos 44 minutos, o Atlético teve a chance do empate. Biel cobrou escanteio na primeira trave, Cadu desviou de cabeça e Dudu tentou completar na segunda, mas não alcançou a bola.
Nos acréscimos, o Fortaleza segurou a bola no campo ofensivo e administrou o resultado. Após o apito final, Deyverson provocou os jogadores atleticanos. A confusão se formou, e seguranças das duas equipes intervieram.
O segundo tempo expôs as fragilidades do Atlético. A posse de bola foi alta, mas improdutiva. O time rodou a bola sem profundidade e pecou na tomada de decisão no último terço. A defesa teve atuação abaixo do esperado, perdeu duelos e deixou espaços que facilitaram os contra-ataques do Fortaleza.
As mudanças de Sampaoli deram fôlego, mas não corrigiram a desorganização entre os setores. A equipe criou pouco, sofreu com a transição adversária e só chegou com real perigo na bola parada, perto do fim.
Com a derrota, o Atlético segue com 45 pontos e ocupa a 13ª posição. Na quarta-feira (3), recebe o Palmeiras, às 21h30, na Arena MRV.
Gols: Pochettino (aos 40 minutos do primeiro tempo).
Posse de bola: Fortaleza 38% x 62% Atlético;
Finalizações: Fortaleza 15 x 8 Atlético;
Finalizações certas: Fortaleza 3 x 3 Atlético;
Total de passes: Fortaleza 306 x 529 Atlético;
Cartões amarelos: Junior Alonso (aos 36 minutos do segundo tempo).
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