Jogada10
·25 de julho de 2025
Augusto Melo descarta pedir renúncia no Corinthians mesmo sob pressão

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·25 de julho de 2025
Mesmo pressionado por torcidas organizadas e aliados políticos, o presidente afastado do Corinthians, Augusto Melo, reafirma que não pretende renunciar ao cargo. O dirigente se diz inocente das acusações que enfrenta no caso VaideBet e promete lutar até o fim para retomar o comando do clube.
Suspenso de suas funções desde o último 26 de maio, por decisão do Conselho Deliberativo, Augusto se prepara para a próxima etapa do processo. Afinal, a assembleia geral dos sócios está marcada para o dia 9 de agosto, que definirá se ele sofrerá impeachment ou será reconduzido ao cargo.
Durante protesto realizado na última quinta-feira, no Parque São Jorge, torcedores organizados elevaram o tom e pediram que o dirigente renunciasse voluntariamente. A renúncia também é defendida por lideranças políticas do clube como forma de evitar novos custos e amenizar a crise interna. Augusto, no entanto, rechaça essa possibilidade.
“Nunca cogitei a ideia de renunciar e nunca faria isso. Só trabalharei em prol do clube, elevando o nome do Corinthians no mercado, deixei o time em ascensão e trouxe receitas. Sou digno e tenho a consciência tranquila de que não cometi nenhum crime, na Justiça vamos provar isso “, afirmou Augusto Melo.
Segundo o presidente afastado, entregar o cargo agora seria o mesmo que admitir culpa.
“O Corinthians é maior do que tudo isso e tenho certeza que os sócios vão me apoiar. Estão querendo minha renúncia porque sabemos que dentro do clube essa gestão interina não tem força e não consegue ser eleita para nada. Eu renunciando, eles que ficam no poder, nunca faria isso com o clube que eu amo. Estou tranquilo e farei o possível para provar que não tem nada de errado comigo”, completou.
Aliás, na última terça-feira (22/7), Augusto e outros ex-dirigentes se tornaram réus por associação criminosa, lavagem de dinheiro e furto, agravando o cenário jurídico e político.
Augusto Melo acredita que pode voltar a presidência do Corinthians – Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians
Mesmo com o distanciamento de antigos aliados e a perda de força política, o dirigente ainda acredita que pode retornar ao comando do Corinthians, cargo que assumiu após vencer a eleição de 2023, encerrando 16 anos do grupo Renovação e Transparência à frente do clube.
Durante seu breve mandato, aliás, o dirigente teve como principal trunfo esportivo a conquista do Campeonato Paulista de 2025. Assim, caso o impeachment seja ratificado pelos sócios no dia 9, o Conselho Deliberativo será convocado para eleger um novo presidente até o fim de 2026.