Balancete de julho do Corinthians revela aumento de 71% no déficit do clube no ano

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Central do Timão

·10 de outubro de 2025

Balancete de julho do Corinthians revela aumento de 71% no déficit do clube no ano

Por Daniel Keppler / Redação da Central do Timão

As contas do Corinthians voltaram a registrar uma piora em julho, segundo números do balancete mensal correspondente ao mês, divulgado pelo clube em seu site oficial. O déficit acumulado nos sete primeiros meses do ano, incluindo receitas e despesas do futebol e do clube social, passou de R$ 60,2 milhões para R$ 103,1 milhões – um aumento de 71% em apenas um mês.

Os números acumulados se agravaram nos dois segmentos do Alvinegro. Analisando apenas os dados do futebol, o documento mostra que o saldo entre receitas e despesas passou de um superávit de R$ 35,9 milhões em junho para um superávit de R$ 13,9 milhões no mês seguinte, uma redução considerável. Já no clube social, o déficit que estava em R$ 96,1 milhões e passou para R$ 116,2 milhões.

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Foto: Reprodução

Vale lembrar que na última segunda-feira, 6, o Conselho Deliberativo (CD) aprovou uma proposta de revisão orçamentária apresentada pelo financeiro alvinegro, onde a diretoria projeta encerrar o ano de 2025 com um déficit de R$ 83,3 milhões, resultado de uma queda na receita total e de um aumento significativo nas despesas operacionais, especialmente na folha de pagamento.

Números do futebol

As receitas do futebol se mantiveram em alta, somando valor bruto de R$ 411,5 milhões nos sete primeiros meses do ano. O destaque fica com os direitos de TV, que chegaram a R$ 198,1 milhões. Na sequência, aparecem patrocínios e publicidades (R$ 103 milhões), bilheteria (R$ 71,5 milhões) e outras receitas, como premiações e Fiel Torcedor (R$ 39 milhões). Descontadas deduções legais, a receita operacional líquida foi de R$ 389,2 milhões.

No entanto, as despesas também continuam em crescimento, e em proporção maior que o crescimento das receitas, atingindo em julho um total de R$ 426,7 milhões. Chama atenção os gastos com pessoal na casa dos R$ 256,2 milhões. Na sequência, aparecem as depreciações e amortizações (R$ 58,5 milhões), gastos com futebol (R$ 47,7 milhões), despesas gerais e administrativas (R$ 25,2 milhões) e os serviços de terceiros (R$ 20,7 milhões).

O saldo operacional do futebol, subtraindo as despesas das receitas, atingiu um déficit de R$ 37,5 milhões em julho. O valor torna-se o superávit de R$ 13,9 milhões apenas após considerarmos também o saldo líquido obtido com vendas de atletas (R$ 74,5 milhões) e as receitas não-operacionais (R$ 7,4 milhões), descontando por fim a parcela das despesas financeiras líquidas – gastos com juros e encargos de empréstimos e dívidas – atribuída ao futebol pelo financeiro corinthiano (R$ 31,3 milhões).

Números do clube social

Em relação ao clube social e esportes amadores, as mudanças nas receitas foram mais discretas, mas também registraram crescimento, atingindo o valor bruto de R$ 45,7 milhões. As contribuições de sócios são o destaque, com R$ 19,6 milhões arrecadados. Na sequência, aparecem as receitas com licenciamento e franquias (R$ 16,1 milhões), patrocínios e publicidades (R$ 5,7 milhões) e explorações comerciais (R$ 2,7 milhões). Descontadas as deduções legais, tem-se o valor líquido de R$ 45 milhões.

O aumento das despesas, porém, também foi em proporção maior que as receitas, assim como no futebol, chegando a um total de R$ 71,5 milhões em julho. Os maiores gastos foram com pessoal, indo a R$ 41,2 milhões. Em seguida, aparecem os serviços de terceiros (R$ 23,9 milhões), as despesas gerais e administrativas (R$ 22,8 milhões), e depreciações e amortizações (R$ 1,8 milhões). As despesas exclusivas com esportes amadores registraram apenas R$ 0,6 milhão no período.

O resultado operacional do clube social, portanto, foi negativo em R$ 26,5 milhões até julho – um número levemente inferior aos R$ 21,6 milhões de déficit acumulado até junho. Para chegarmos ao déficit total de R$ 116,2 milhões, é necessário considerar o restante das despesas financeiras líquidas que não foram alocadas nas contas do futebol. Este montante é de R$ 89,7 milhões.

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