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·24 de julho de 2025

Barça adia mais uma vez o retorno ao Camp Nou e aumenta crise interna

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O FC Barcelona voltou a adiar o aguardado retorno ao Camp Nou, acumulando mais um capítulo na reforma do estádio que se arrasta desde 2023. O clube havia assegurado à imprensa que a equipe jogaria o Troféu Joan Gamper de agosto de 2025 já em casa, com promessas de receber até 60 mil torcedores, conforme destacou o AS. No entanto, o jogo foi remarcado para o Estadi Johan Cruyff, enquanto a diretoria trabalha com um cenário em que a volta para Les Corts pode só acontecer a partir de janeiro de 2026.

A incerteza tem múltiplos desdobramentos. Com a necessidade de permanecer mais tempo no Estadi Olímpic Lluís Companys, em Montjuïc, o Barça avalia reinstalar toda a estrutura desmontada no último verão, depois de ter investido cerca de 20 milhões de euros para adaptar o local, segundo o AS. A logística envolve renegociação de contrato com a prefeitura e readaptação dos espaços de hospitalidade, alimentação e vestiários.


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O impacto financeiro é relevante: o orçamento da temporada previa receitas expressivas com bilheteria, serviços e estacionamento já em 2025. A expectativa era recuperar parte da robustez comercial com os jogos no Camp Nou, algo agora adiado por pelo menos mais seis meses. Apesar disso, o clube garante que o segmento de assentos VIP não será afetado, fundamental para cumprir a norma financeira 1:1 de LaLiga e viabilizar novas inscrições de jogadores.

Na esfera esportiva, o atraso complica o planejamento para a Champions League. A UEFA exige que o clube defina até meados de agosto qual estádio abrigará todas as partidas da fase de grupos – o habitual na liga espanhola é possibilitar aos clubes iniciar como visitante se o estádio está em obras, mas essa flexibilidade não se aplica à competição europeia, segundo informações do AS e do Foot Mercato.

A comunicação do clube foi alvo de críticas, especialmente após a campanha midiática liderada pelo presidente Joan Laporta e as afirmações públicas de Elena Fort, que assegurava o retorno ao Camp Nou para o início da temporada 2025/26. A sequência de prazos não cumpridos abala a credibilidade institucional e aumenta a pressão sobre a gestão.

Um empecilho adicional são os eventos agendados em Montjuïc, como grandes shows nas datas próximas ao início de LaLiga, o que pode prejudicar o gramado e dificultar ainda mais a logística dos jogos.

Do ponto de vista administrativo, a prefeitura de Barcelona tenta acelerar a tramitação de licenças e favorece o clube dentro do possível, mas as mudanças frequentes no projeto – algumas sugeridas já com a obra em andamento – atrasam qualquer previsão de entrega definitiva.

Assim, o retorno do Barcelona ao Camp Nou segue envolto em indefinições, tanto no campo quanto fora dele, com consequências diretas para o planejamento esportivo, financeiro e institucional dos blaugranas.

Fontes: AS, Foot Mercato.

Photo by David Ramos/Getty Images

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