Bellingham: “Não sei o favorito, mas sei que somos o Real Madrid” | OneFootball

Jude Bellingham dá coletiva pré-jogo e não aponta favorito para duelo entre Manchester City e Real Madrid

Em busca de mais uma semifinal de Champions League, o Real Madrid encara o Manchester City no Etihad Stadium nesta quarta-feira (17) às 16h (Brasília). Jude Bellingham, ao lado de Carlo Ancelotti, concedeu coletiva pré-jogo a um dia do duelo. “Estou ansioso para jogar o jogo amanhã. São os jogos que se joga no Real Madrid. Estou muito animado, mal posso esperar para jogar”, iniciou.

“Eles são uma grande equipe e conquistaram a tríplice coroa. Essa é a sensação de fora. Nunca aposto e não sei quem é o favorito. Mas sei que somos o Real Madrid e temos jogadores maravilhosos. É um ruído externo. Internamente temos confiança e somos fiéis às nossas ideias”.

“Esperamos vencer, essa é a primeira coisa. Assim, o resto permanece em segundo plano. A equipe tem que jogar bem e se eu puder contribuir seria maravilhoso. Quero ser eficaz e ter um bom impacto no jogo, trabalhar, ajudar defensivamente e ofensivamente e tentar a qualificação. Vai ser um jogo muito difícil, mas também somos uma grande equipe e temos de mostrar as nossas qualidades”, completou.

Artilheiro do Real Madrid na temporada, o camisa 5 falou sobre o seu faro goleador: “O que me deixaria ansioso é se o time não venceria se eu não marcasse. Se a equipe continuar vencendo, me sinto confortável. Meu jogo é mais do que marcar gols. Quero adicionar habilidades diferentes ao meu jogo. Obviamente quero marcar gols, adoro fazer isso. Quando você entra nesse ritmo você não quer parar, mas posso ter mais impacto no jogo de diferentes maneiras. Não esperava marcar tantos gols aqui, mas quero continuar assumindo a responsabilidade e marcar mais. Não sou de estabelecer metas. Queria começar com um gol e já estou com 20. Espero poder marcar muitos mais”.

Todas as declarações de Bellingham

Eliminação para o City no ano passado: “Falei com alguns caras que jogaram no ano passado e eles disseram que não foi uma sensação boa, foi muito difícil. Também vivi derrotas difíceis, mas é preciso acalmar essa emoção e entender que é um jogo novo. Você não começa perdendo por 4 a 0. Devemos ser corajosos e jogar. Os meninos conversaram um pouco sobre isso, mas estão todos no modo profissional”.

Desempenho individual na temporada: “Acho que comecei a jogar muito bem no primeiro semestre, até janeiro, vencendo a Supercopa. O que acabou com o meu ritmo foi a lesão contra o Girona, mais do que tudo. Superei a dor no tornozelo, joguei contra o Valencia e fiz um gol que foi legal para mim e me sancionaram. Tenho que ser mais responsável nessas reações, mas isso me afetou no ritmo que tive. Estava jogando de forma simples e tinha muita clareza sobre o que tinha que fazer, mas nos últimos dois meses meu papel na equipe mudou. Pequenas coisas que tive que ajustar. Trabalhar um pouco mais pela equipe, o que não me importo, mas talvez perca um pouco de eficácia dentro de campo. Vou tentar recuperá-lo, estou confiante. Eu não me importo com críticas”.

Caso de racismo a Tchouaméni no duelo contra o Mallorca: “Nos jogos você está tão acostumado com isso que eu não sabia que esse incidente com Tchouaméni tinha acontecido. É um problema sério. Temos que fazer mais, impor punições e fazer as coisas de forma proativa. É uma coisa horrível e não deveria acontecer. As pessoas no poder têm que fazer mais. Principalmente com Vini Jr nos últimos anos. Ele é responsabilizado pela forma como joga e isso não é justo. Eles sentirão falta de jogadores como ele se ele não quiser jogar no final. Mais coisas precisam ser feitas para apoiar esses jogadores. Ninguém merece esse tipo de abuso. Devemos apelar às pessoas que estão no comando. Temos que lidar com isso nos jogos, mas temos que esperar que quem tem que cuidar de você, cuide de você”.

Jogando na Espanha, adaptação, dupla brasileira de ataque e mais…

Vini Jr e Rodrygo: “Em geral, todos os meninos têm um relacionamento muito bom. Os mais experientes e os mais jovens. Quando a gente se conecta com o Vini e o Rodrygo é maravilhoso. Eles facilitam o nosso trabalho, são muito humildes e trabalhadores. Esperemos que continuemos assim, marcando gols e vencendo jogos por muitos anos, começando por amanhã”.

Adaptação ao Real Madrid: “Falei com vários clubes em Dortmund, minha família me ajudou a processar a informação. Mas quando o Madrid me ligou não pensei duas vezes. O tamanho do clube, o projeto de futuro, a oportunidade de jogar com grandes jogadores… Por isso tomei a decisão. Minha adaptação tem sido muito boa graças à equipe, à comissão técnica e às pessoas que não são vistas nos bastidores. Os companheiros e também os torcedores. Assim, estou muito grato pela excelente recepção do Real Madrid e da cidade”.

Jogar no futebol espanhol: “Sinto-me grato. Cada vez que uso este escudo no peito é uma sensação maravilhosa e nunca me cansarei disso. Joguei no Dortmund durante quatro anos. Não é normal jogadores ingleses jogarem no exterior, mas você aprende muito e posso usar essa experiência para minha seleção. Talvez eu não tivesse tido tantas oportunidades. Agradeço aos meus pais. Jogar no exterior é uma boa ideia para os jovens jogadores ingleses. Espero estar demonstrando isso”.

Bellingham finaliza falando sobre Ancelotti e plano para encarar o City

Manchester City: “Uma de suas armas é a parte imprevisível. Você se concentra em um jogador, mas eles têm mais 10 que podem lhe causar problemas. Não adianta pensar no indivíduo. Devemos atacar e defender em equipe. Trabalhe de forma estratégica. Temos que ser corajosos e prontos para jogar o nosso jogo. Temos que fazer ajustes, mas é importante sermos fiéis ao nosso jogo”.

Posicionamento em campo: “Houve algumas mudanças, é normal, houve muitas lesões e a equipe tem que se adaptar. É normal que o treinador mude. Funcionou, é então a parte fundamental. Mostrei que posso jogar em diferentes posições. Não se trata de escolher uma posição na equipe. Às vezes são coisas pequenas, que demoram a habituar-se, mas é preciso aproveitar as experiências, como na primeira partida”.

Ancelotti: “Seria justo dizer que ele é o que mais me extrai futebol. Um bom treinador faz você acreditar ainda melhor do que pensava antes. Ele me dá essa confiança todos os dias, a liberdade de me expressar em campo. Ele também é uma pessoa muito boa. Foi uma grande mudança para mim e assim ele conseguiu se adaptar a mim e entender meu potencial. É a primeira vez que jogo como 10. Estou muito grato a ele”.