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·09 de setembro de 2025
Benfica apresenta o primeiro resultado positivo em 7 anos

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Face ao período homólogo, trata-se de um aumento de +209,8% e consequente inversão do exercício de 2023/24 (31,4 milhões de euros negativos).
Este crescimento de 65,8 milhões de euros é justificado pelo aumento dos rendimentos operacionais e das receitas provenientes de transações de atletas, valores aos quais acrescem o impacto relevante da participação no Mundial de Clubes e da performance na Liga dos Campeões.
Com uma taxa de crescimento anual composta de 10,8% nos últimos 4 anos, os rendimentos operacionais sem direitos de atletas atingem os 230,6 milhões de euros, o que representa um aumento de +30,6% face aos 176,6 milhões de euros apresentados no período homólogo. Trata-se do valor mais elevado de sempre.
Assim, nos rendimentos operacionais sem direitos de atletas destaca-se o aumento de 54 milhões de euros em relação ao período homólogo anterior e o crescimento em todas as linhas de atividade. No que respeita a Media TV, esta representa 64% do total (+46,8 milhões de euros), influenciado pela melhor performanceeuropeia e pela participação no Mundial de Clubes.
Com recorde de bilhética e Corporate, regista-se o crescimento nos rendimentos com Matchdayem +6,2 milhões de euros, para 41,7 milhões de euros, face aos 35,5 milhões de euros em período homólogo.
Já nos rendimentos com Commercial, em crescimento com as receitas de patrocínios, o montante foi de 40,9 milhões de euros.
Os gastos operacionais sem direitos de atletasequivalem a um montante de 226,7 milhões de euros, o que representa um crescimento de 10,7% (+21,9 milhões de euros) face ao valor de 204,8 milhões de euros, situação explicada por indemnizações (equipa técnica), custos do Mundial de Clubes e impacto da transferência do Futebol Feminino para a Benfica SAD.
Ajustando estes efeitos, os gastos estariam estáveis (205,3 milhões de euros versus 204,8 milhões de euros), sendo de referir o crescimento controlado em Fornecimentos e Serviços Externos (+0,9% excluindo os efeitos não recorrentes).
Note-se ainda o crescimento composto agregado dos últimos 4 anos de 5,6%, inferior ao dos rendimentos operacionais (+10,8%).
Quanto ao resultado operacional sem direitos de atletas, este é positivo e situa-se nos 3,9 milhões de euros, correspondendo a um aumento de 32,2 milhões de euros face ao período homólogo de 2023/24. Este é o primeiro resultado positivo após 7 épocas (desde 2017/18), consequência do impacto líquido positivo do Mundial de Clubes (17,1 milhões de euros) e da performance nas competições europeias (+23,8 milhões de euros).
O resultado com direitos de atletas ascende aos 46,7 milhões de euros, um aumento de 247,3% face ao período homólogo.
Os rendimentos de transações de atletassituam-se em 117,3 milhões de euros (+51,7%), em que as vendas brutas de direitos de atletas ascenderam a 188,9 milhões de euros.
O ativo total ascende aos 591,2 milhões de euros (+4,6% face ao período homólogo), sendo o 10.º exercício consecutivo de crescimento do ativo.
Os ativos intangíveis – plantel: ascendem a 131,2 milhões de euros (-12%), devido a vendas superiores ao investimento, evidenciando-se a redução estrutural do número de jogadores (de 95 em 2020/21 para 56 em 2024/25).
O passivo equivale a um montante de 474,9 milhões de euros, o que significa um decréscimode 1,8% face a 30 de junho de 2024, sendo de referir que o passivo representa 80,3% do ativo, sinal de equilíbrio financeiro.
Verifica-se ainda uma redução dos empréstimos obtidos em 18,9 milhões de euros e da dívida líquida em 4,9 milhões de euros.
Já o passivo não exigível associado à NOS reduziu -47,4%, libertando receitas futuras de TV.
A dívida líquida de 196,9 milhões de euros regista um decréscimo de 2,4% face ao período homólogo, redução alinhada com a estratégia de controlo financeiro, mesmo após investimentos significativos no plantel.
Sublinhe-se a forte melhoria no rácio dívida líquida/rendimentos (de 79,5% para 56,6%), o que reforça a capacidade de geração de receitas.
Por sua vez, os capitais próprios, que superam novamente o capital social após 3 épocas, ascendem a 116,3 milhões de euros, o que representa um acréscimo de 42,1% face ao período homólogo.
O aumento de 34,4 milhões de euros em relação à época anterior é impulsionado pelo resultado positivo do exercício, ainda abaixo do nível de 2020/21 (143,7 M€), mas com a expectativa de rápida recuperação com apuramento para Liga dos Campeões e mais-valias do mercado de verão.
Nota também para o cumprimento pleno dos requisitos de Licenciamento UEFA para 2025/26.
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