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·08 de agosto de 2021
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Se dúvidas houvesse quanto à importância dos adeptos, foram ontem dissipadas. O regresso do público aos estádios relembrou o quão vital é a presença de espectadores nas bancadas, amplificando cada lance e conferindo a emoção de que sentimos enorme falta durante quase ano e meio.
E no caso dos Benfiquistas, neste Moreirense – Benfica, ficou bem patenteada a relevância do seu contributo para o desempenho da equipa.
As circunstâncias adversas do jogo exigiram esforço redobrado dos jogadores e foi das bancadas repletas de Benfiquistas – na medida do possível – que emanou o tónico extra que permitiu que os nossos representantes em campo fossem ao fundo do seu poço encontrar as réstias de energia de que dispunham.
À entrada para o desafio sabia-se do cansaço provocado pela disputa do jogo na Rússia três dias antes, exponenciado pela longa, morosa e desgastante viagem de regresso a Portugal. Acresceu a inexistência de tempo para treinar, conforme salientou Jorge Jesus, motivando trocas no onze inicial face à partida anterior: “O departamento médico deu-me sinais de vários jogadores que estavam no limite da fadiga física e mental, e foi por isso que mudei seis jogadores.”
A equipa entrou muito bem no jogo, determinada a vencer, e cedo foi criando oportunidades de golo, adiantando-se no marcador por volta dos oito minutos e logo dilatando a vantagem aos 19. O Moreirense reduziu ainda na primeira parte e ao intervalo restava a sensação de que o resultado pecava por escasso para as nossas cores dado o volume ofensivo verificado.
O segundo tempo começou na mesma toada até que, à passagem do 56.º minuto, Diogo Gonçalves foi admoestado com cartão vermelho direto, deixando a equipa em inferioridade numérica.Foi a partir desse momento que mais se fez sentir a influência dos Benfiquistas nas bancadas. Foram incansáveis e inexcedíveis no apoio à equipa, tornando-se fundamentais na preservação da vantagem até final do jogo. Foram o 11.º jogador que faltava, foram essenciais para o triunfo.
E ainda mais o foram por se sentir a desigualdade de critérios, em prejuízo do Benfica, do árbitro que comandou a partida, nomeadamente na segunda parte. Nada temos a dizer, sublinhe-se, acerca da decisão de expulsão do nosso jogador. Vamos, no entanto, estar muito atentos no que respeita à aplicação do mesmo rigor em lances similares, em particular daqueles protagonizados por atletas adversários, recorrentes neste tipo de lances sem a adequada punição.
P.S.: Nota a reter: nem um adepto nas zonas reservadas ao cartão de adepto. Para reflexão…
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