Bernardo Silva: «Este jogo será muito importante para nos colocar mais próximos do objetivo» | OneFootball

Depois da vitória esclarecedora sobre a Arménia (0-5), a seleção nacional masculina volta a entrar em ação esta terça-feira, na qualificação para o Mundial 2026, visitando a Hungria. Bernardo Silva juntou-se a Roberto Martínez na conferência de antevisão da partida e elogiou os pontos fortes da Hungria, mas também destacou a qualidade desta geração lusa.

Antevisão à Hungria: «Depois de garantir os três pontos contra a Arménia, conseguir garantir contra a Hungria seria um grande passo para alcançar o objetivo. Em outubro temos dois jogos em casa. Este pode ser dos jogos da qualificação mais importantes para nós»

Jogadores facilitaram jogo com a Arménia: «Hoje em dia, no futebol, já está provado que não há jogos fáceis. O da Arménia poderia ter-se tornado complicado. A humildade e respeito que tivemos, além da qualidade dos nossos jogadores, facilitou e resolveu o jogo rápido.»

Vai jogar contra a Hungria? «O mister vem aí. Ainda não sabemos a equipa para amanhã. Tivemos treino de recuperação para quem jogou. Estamos todos preparados para dar a resposta necessária e garantir os três pontos. Estou mais do que preparado»

Análise à Hungria: «Não sabemos bem o que esperar da Hungria. Contra a Alemanha pressionaram bastante alto, mas há jogos que se sentem confortáveis a explorar o contra-ataque e a apostar na bola parada. Sabemos que será um jogo de um nível superior ao da Arménia, num ambiente que conhecemos, porque jogámos aqui no Euro 2021. Tivemos muitas dificuldades em batê-los. Ganhámos com alguma folga, mas os golos foram todos no final. Quanto aos jogadores deles, há dois que são meus rivais: Kerkez e Szoboszlai. Conhece-os bem, mas, no geral, são uma equipa onde todos jogam num nível alto. Esperamos um jogo muito competitivo.»

Luta pela liderança com Irlanda ou Hungria? «É difícil dizer. Também temos a Irlanda, que conheço bem os jogadores, que jogam na Premier League. Por força do calendário, e de os primeiros dois jogos terem sido fora, e os próximos em casa, não consigo dizer quem discutirá connosco a liderança do grupo. Agora, por força do calendário, acho que este jogo será muito importante para nos colocar mais próximos desse objetivo.»

Qualidade da geração portuguesa: «É uma geração muito forte. Portugal sempre teve jogadores fantásticos, mas esta é a geração que tem mais jogadores a atuar nos melhores clubes do Mundo. Com isso, vem expectativa, responsabilidade, mas também sabemos que há outras seleções com uma capacidade igualmente forte. O que posso garantir é que podemos competir com qualquer seleção, mas também temos a humildade de ver que há muitas no nosso patamar.»

Escolhas difíceis para o treinador: «Não é fácil escolher quem joga, por boas razões, em todas as áreas. Jogamos todos a nível altíssimo»

Recordações da Hungria: «Não foi um Europeu especialmente feliz para nós. A nível exibicional não estivemos muito bem. Foi o único jogo que ganhámos no Europeu, mas já passaram quatro anos e mudou muito em ambas as equipas.»

Elogios a Szoboszlai: «Não sei. No fim, quando se joga contra estes jogadores, seja no clube ou seleção, queres sempre jogar contra eles, seja em que posição for. É esse o nível que queremos estar. Admiramos os jogadores que jogam ao nível mais alto. Tenho grande respeito por jogadores que atuam em diferentes posições, porque significa que eles não percebem apenas uma função, mas sim o jogo e o futebol. Como vimos, no último mês, em que jogou a lateral e muito bem, mostrou porque merece estar a este nível. Ganhou a Premier League. Espero que não volte a ganhar e não ganhe amanhã, mas tenho muito respeito.»

Impacto de Ronaldo na equipa: «Traz muita energia e ambição, mesmo com a sua idade. Quer sempre mais. Nunca ganhou o Mundial, mas não posso imaginar um final melhor do que vencer, porque um dia terá de terminar. A sua ambição, liderança e experiência ajudam para os nossos objetivos. Não sei quantos mais anos quer jogar, mas de certeza será das últimas campanhas com Portugal.»

Ponto forte da Hungria: «Vimos uma equipa capaz de pressionar alto, que fez isso contra a Alemanha, uma seleção muito forte. Mas acho que a potência e velocidade que têm para sair em contra-ataque talvez seja a característica mais perigosa. Esperamos ser pressionantes e ter bola, por isso a saída para o contra-ataque.»