Botafogo pode passar a ter um novo dono; entenda | OneFootball

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John Textor está em guerra com os novos controladores do Lyon. Segundo o ”GE”, não existe mais uma relação entre os dois clubes, apesar de continuarem pertencendo a Eagle Holding, empresa criada pelo americano.

Na última quinta-feira, um movimento liderado pela sul-coreana Michele Kang e o grupo Ares Management Corporation, outro acionista da empresa, tentou tirar o americano do comando de todos os clubes que pertencem à holding. No entanto, o Textor conseguiu controlar a situação e continuou no comando do Botafogo , Molenbeek e do FC Florida.

De acordo com o jornal ”O Globo”, o empresário americano abriu uma nova empresa chamada “Eagle Football Group”, que sediada nas Ilhas Cayman, e vai recomprar os dois times da “Eagle Football Holding”. Com isso, ele terá que renegociar os valores que serão pagos  pelos clubes.

John Textor durante partida do Botafogo (Foto: Wagner Meier/Getty Images)

Tentativa de retirada

Vale lembrar que John Textor renunciou ao cargo de presidente do Lyon, no último dia 30 de junho. Desde então, o clube francês tem sido presidido pelo empresária sul-coreana naturalizada americana Michele Kang, que conseguiu manter a equipe na primeira divisão francesa e garantiu que Textor não teria mais envolvimento com o clube.

-Tenho 100% de controle sobre a organização. Ninguém mais vai interferir nas nossas decisões – afirmou Kang.

Nas últimas semanas, Kang e outros acionistas do Lyon fizeram uma apuração minuciosa nas contas do clube, e se irritaram com o que consideraram com o que consideraram ser um quadro de descontrole financeiro. Com isso, decidiram que não era apenas suficiente a saída de Textor.

A sul-coreana, antigos conselheiros do Lyon e investidores da Ares, fundo de investimento com o qual o americano tem dívida, fizeram o movimento pela sua saída. Com isso, a Ares enviou uma carta a John Textor, questionando se o empresário gostaria de comprar novamente as ações do Botafogo.

Clube Social veta a retirada do americano

Além disso, o documento ainda afirmava, que caso o americano sinalizasse positivamente à Ares, ele teria 30 dias para apresentar uma proposta oficial e ainda, teria que sair do controle do dia a dia da SAF, durante um período de tempo. O documento alegava, que Textor não podia controlar o futebol do Alvinegro tentando comprá-ló por outra empresa.

A tentativa de tirar Textor do futebol do Botafogo foi vetada por João Paulo Magalhães Lins, atual presidente do clube social. Os dirigentes do associativo argumentaram aos investidores da Eagle Holding, que qualquer mudança do comando da SAF precisa ser autorizada pelos sócio-minoritário da empresa, que é parte social, que detém 10% das ações do Alvinegro.

Vale lembrar que João Paulo foi apoiado pelo ex-presidente Durcésio Mello na última eleição do Botafogo. Após ser eleito, ele falou com o Esporte News Mundo, que pretendia manter a melhor relação possível com John Textor.

-A relação com SAF vai ser a melhor. A gente tá aqui para ajudar o John Textor em tudo que precisar, em todos os momentos e ele pode contar conosco. – afirmou João Paulo Magalhães em entrevista ao ENM ao ser eleito como presidente do Botafogo no ano passado.

João Paulo Magalhães ao lado de Durcésio Mello e Carlos Augusto Montenegro – (Foto: Arthur Barreto/Botafogo)

Por agora, não existe qualquer risco que John Textor deixe o comando do futebol do Botafogo.  Com isso, ele irá focar no processo de recompra do Botafogo e do Molenbeek, usando a empresa Eagle Football Group.