MundoBola Flamengo
·12 de junho de 2025
Boto admite que gostaria de enfrentar rival nos EUA e se vê respeitado na Europa

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·12 de junho de 2025
Com o Flamengo já instalado em Atlantic City, nos Estados Unidos, o diretor José Boto concedeu entrevista coletiva nesta quinta-feira (12) e abordou diversos tópicos, da superioridade dos times europeus a adversários que gostaria de enfrentar na Copa do Mundo de Clubes.
E o português, que avisou no início da coletiva que não falaria sobre Gerson, admitiu que gostaria de enfrentar o Benfica, seu ex-time, nas oitavas de final.
"Como é que vocês chamam? A Lei do Ex, não é? Eu gostaria de enfrentar o Benfica. Gostaria de enfrentar o Benfica em Miami, mesmo", admitiu Boto.
E o cruzamento entre Flamengo e Benfica nem é tão improvável. Para que o jogo aconteça, basta os dois clubes se classificarem, mas em posições diferentes em suas chaves. Por exemplo, com o Rubro-Negro em primeiro no Grupo D e o time português em segundo no C.
Ao ser questionado na última pergunta da coletiva sobre a negociação por Jorginho, Boto foi convidado a explicar um pouco mais sobre as conversas que levaram à contratação.
Ao invés de viajar à Europa para tratar o tema, o dirigente permaneceu no Brasil e conduziu a negociação à distância, um trabalho um pouco diferente do que o Flamengo se acostumou nos últimos anos. E o diretor iniciou a resposta rasgando elogios a alguns dos últimos contratados da equipe.
"Jorginho, Danilo, e antes de mim, o Alex Sandro, são jogadores da primeira prateleira do futebol europeu. O Jorginho chegou a ser o terceiro melhor jogador da Europa, na Eurocopa que a Itália ganhou", disse.
Boto ainda ressaltou que, enquanto Jorginho brilhou na última Eurocopa conquistada pela Itália, o país nunca mais conseguiu voltar à Copa do Mundo depois que o volante deixou de ser convocado.
"É um jogador com passagens em clubes gigantes do futebol europeu, clubes que lutam sempre para ganhar. De uma seleção que foi a campeã da Eurocopa e, a partir da saída dele, nem sequer se classificou para a Copa do Mundo", ressaltou.
Falando sobre a negociação em si, Boto disse que não há a necessidade de viajar à Europa porque sabe com quem falar nos momentos necessários. Além disso, ressaltou a credibilidade que construiu ao longo dos anos.
"Tenho muita experiência do futebol europeu. Sei com quem tenho de falar no Arsenal, na Juventus, no Napoli, por ter estado ali na Europa. E isso me traz uma vantagem grande, que é eu ligar para as pessoas e as pessoas confiarem em mim, saberem quem sou. Sabem que, se digo que quero isso ou que vou fazer isso ou aquilo. já me conhecem", analisou.
Assim como essa movimentação pode acabar sendo mais difícil para dirigentes do Brasil que nunca trabalharam na Europa, Boto admitiu que o mesmo pode acontecer com ele no futebol do país. Por outro lado, mesmo no Velho Continente, o português precisava ficar de olho no mercado daqui.
"Acredito que para outros dirigentes isso seja mais difícil, como para mim às vezes também é mais difícil me mover no mercado brasileiro. Embora eu também tenha outra vantagem, que era ter trabalhado em clubes que o mercado brasileiro era o principal", salientou.
Por fim, Boto repetiu que, por ser conhecido no futebol local, não vê necessidade de ir até a Europa para conduzir esse tipo de negociação. No fim das contas, o final foi feliz e Jorginho já está até treinando com os novos companheiros.
"Não preciso de viajar. É óbvio que eu conheço as pessoas, não preciso ir. As pessoas sabem quem eu sou e, mesmo que não saibam, perguntam e sabem que realmente, se estou a dizer isso, é porque é para ser assim", finalizou Boto.