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·02 de agosto de 2021

Brasil é 12º no Concurso Completo de Equitação do Hipismo em Tóquio

Imagem do artigo:Brasil é 12º no Concurso Completo de Equitação do Hipismo em Tóquio

Nessa segunda-feira, após a 3ª fase do Salto, saiu a definição do pódio por equipes e individual do Concurso Completo de Equitação. O Time Brasil virou em 11º lugar após o Salto e no Cross Country, realizado no domingo, somente dois dos três conjuntos concluíram o percurso: Marcelo Tosi com Glenfly, com -8,80 pontos perdidos, então 24º colocado, e Carlos Parro, o Cacá, com Goliath, que cruzou a linha de chegada com -22,80 pontos, 33º, ambos sem faltas nos obstáculos, mas ultrapassando o tempo concedido de 7min43s. Rafafael Losano desistiu na reta final da chegada do cross, uma vez que sua égua Fuiloda G cansou demais durante o percurso e o intenso calor e humidade em Tóquio.

Na inspeção veterinária após o cross e antecedendo o Salto, Fuiloda G não se apresentou, bem como Glenfly, que perdeu uma ferradura no cross country e conforme relato de seu experiente cavaleiro Tosi estava dolorida demais para retornar no Salto. Assim Marcio Appel com Iberon JMen, um Brasileiro de Hipismo de 18 anos, conjunto alternativo / reserva, garantiu sua participação no Salto fechando com apenas uma falta na entrada do duplo nº 7 antepenúltimo obstáculo, totalizando 4,40 pontos perdidos. Marcio que também competiu com Iberon JMen na Rio 2016 anunciou a aposentadoria de seu craque após os Jogos.


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(Foto: Luis Ruas/Hipismo Brasil)

Já Cacá e Goliath também cometeram uma falta na entrada do mesmo duplo (-4 pontos) dentro do tempo e totalizando – 62,90 pontos fecharam a competição no 33º posto individual entre um total de 63 conjuntos. Brasileiros com a palavra

Marcio Appel, de 42 anos, que entrou de última hora, devido ao problema veterinários dos outros cavalos, estava satisfeito e muito emocionado com sua participação, especialmente porque agora vai aposentar Iberon JMen, que completa 19 anos em outubro. “Claro que a gente queria que a equipe tivesse melhor, tivemos os problemas veterinários que fogem um pouco do nosso alcance. Se o Rafael tivesse terminado, mesmo com a saída do Tosi, talvez a gente brigasse não por medalhas, mas uma posição melhor que no Rio de Janeiro. Mas meu cavalo merecia isso, mostra que com essa idade e energia: ele gosta de competir. Foi a despedida perfeita para ele das pistas e eu estou muito feliz em poder proporcionar isso e foi uma linda apresentação. O Iberon é o único BH nessa Olimpíada. Dos 200 cavalos na Rio 2016 que estão aqui só 14 estão aqui em Tóquio, isso realmente foge aos paradigmas. Acho também que é uma prova que eu – um cavaleiro amador e não moro na Europa e monto um BH – e todos nós podemos ir atrás de nossos sonhos”, destacou Marcio.

“Agora vou voltar para casa e fazer um novo plano e realmente brigar por medalha. Eu tenho dois cavalos mais jovens, mas vou precisar realmente de mais cavalos para reforçar a equipe. Acho que a pandemia atrapalhou nossos treinos. Outros times têm estruturas mais robustas, mas dentro da nossa possibilidade conseguimos dar o nosso melhor. Foi uma bola na trave o Rafa não ter terminado, faz parte do esporte. Queria fazer um bom papel e acho que consegui”, finalizou o empresário paulista, de 42 anos.

Carlos Parro, 42, reforçou a necessidade de um bom planejamento no próximo ciclo olímpico. “A gente precisa de mais conjuntos, mais cavalos e ter uma equipe mais forte. Meu cavalo Goliath, sela holandês de 10 anos, sempre foi muito bom no salto. Para mim virou uma coisa individual, o importante é que depois do cross ele saltou muito bem. Como falei depois do cross, o Goliath é um cavalo para o futuro e acho que pode realmente ser muito bom. Problemas veterinários são coisas do esporte. A gente precisa de um planejamento melhor para próxima Olimpíada. Agora temos o Mundial em 2022, Pan-americano em 2023 e depois a Olimpíada de Paris, acredito que o Goliath tem condições de entrar nessas equipes e fazer um bom resultado.”

Em entrevista após o cross, Rafael destacou a necessidade de preservar sua égua Fuiloda G, de 11 anos. “A égua começou bem e na reta final acabou estamina da égua. Tive que parar. Faz parte do jogo, tentei o mais rápido. Eu sabia que seria duro, essas coisas acontecem com os melhores do mundo. No português claro: acabou a gasolina”, comentou Rafael, radicado na Inglaterra.

Marcelo, primeiro brasileiro no cross, estava satisfeito após a prova. “Meu cavalo se portou bem no cross, foi muito bom. O calor pegou um pouco, eu também senti o calor, não é desculpa”, disse Marcelo após o cross, ainda sem saber que teria que abdicar do salto. Na hora da inspeção veterinária, Marcelo informou: ” O Glenfly perdeu uma ferradura depois do 9B e ficou muito dolorido após o cross country. Hoje a melhora não foi suficiente para apresentarmos ele na visita veterinária e fazer o salto com a mínima condição de poder saltar o percurso. Gostaria de agradecer a torcida de todos que nos apoiaram e toda a equipe que esteve junta nas Olimpíadas Tóquio. Me desculpem por desfalcar a equipe de hipismo completo do Brasil. Obrigado Genfly!” Genfly é um puro sangue inglês de 16 anos.

Pódios por equipes e individual A Grã Bretanha – Tom McEven / Toledo de Kerser, Laura Collet / London 52 e Oliver Townde / Ballghmor Class foi ouro com somente -86,30 pontos. A Áustralia – Kevin McNab / Don Quidam Shane Rose / Virgil e Andrew Hoy / Vassily de Lassos foi prata, -100,2 pontos e a França, bronze, 101,4 pontos. Vale destacar que Nelson Pessoa Filho, o Neco, pai do campeão olímpico Rodrigo Pessoa integrante do Time Brasil de Salto, é o treinador de salto da equipe australiana, deixando uma “marquinha brasileira” no pódio das equipes. Em 1964, Neco foi o único representante brasileiro no Time Brasil de Salto, em Tóquio.

Na disputa individual – reservada aos Top 25 – o show ficou por conta da alemã Julia Krajewski, 33 anos, que montando Amande de B´Neville conquistou ouro com totalizando – 26 pontos: Adestramento – 25,20 pontos, cross – 40 pontos, Salto – 1ª passagem 0 e 2ª passagem 0.40 pontos. O britânico Tom McEven comm Toledo de Kerser garantiu prata -29,30 pontos e o top australiano Andrew Hoy, de 61 anos, campeão olímpico individual em Sydney 2020, garantiu sua oitava medalha olímpico conquistando bronze, – 31,90 pontos.

Pódio Equipes Ouro Grã Bretanha – 86,30 pontos Prata Australia – 100,20 pontos Bronze França – 101,50 pontos 12º Brazil – 463,60 pontos Carlos Parro / Goliath – 36,10 pontos – Adestramento, – 22,80 pontos (Cross). – 4 pontos – Salto Marcio Appel / Iberon JMen – 4,40 pontos no Salto Marcelo Tosi / Glenfly (não participou Salto) Rafael Losano / Fuiloda G (desistiu cross)

Pódio Individual Ouro Julia Krajewski / Amande de B´Neville – ALE 26 pontos Prata Tom McEven / Toledo de Kerser GBR -29,30 pontos Bronze Andrew Hoy / Vassily de Larssos -AUS -31,90 pontos Imprensa CBH Carola May e Rute Araújo, colaboração entrevistas Revista Horse – Marcelo Mastrubuono; img: Luis Ruas / Hipismo Brasil

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