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·20 de novembro de 2024
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A seleção brasileira cambaleou pela última vez no ano. Recebeu vaias em Salvador. Em uma Arena Fonte Nova com lugares vazios, que mostravam o distanciamento do time em relação ao torcedor. Vinícius Júnior, mais uma vez, esteve longe de ser o craque do Real Madrid. Mesmo Raphinha não conseguiu resolver, e o Brasil não passou de um empate com o Uruguai, em 1 a 1.
Com 18 pontos, a Canarinho é apenas a quinta colocada, a dois dos uruguaios, que estão em segundo, e a sete da líder das Eliminatórias, a Argentina.
O Brasil voltou a atacar no 3-4-2-1 que rendeu bons frutos contra o Peru. Mas contou, em certos momentos, com Danilo mais presente no fundo. Foi através de uma descida do lateral que saiu o primeiro ataque perigoso: Danilo mandou no meio e Gerson conseguiu acionar Vinícius Júnior na área. Mas o chute foi torto.
Destaque nos primeiros minutos para as flutuações de Gerson, pisando na área e criando linha de passe em zonas de finalização. Esse movimento, por outro lado, dava espaço para o Uruguai criar superioridade numérica pelo meio nas descidas de contra-ataque. Bruno Guimarães teve de sair menos para o jogo e ficar na proteção.
Perto dos 20 minutos, o Uruguai começou a atacar melhor os espaços nas costas da defesa brasileira, principalmente o espaço entre os laterais e os zagueiros. Saracchi ameaçou em chute cruzado em descida pela canhota, pouco depois de Pellistri não ter conseguido finalização na área.
Depois do bom momento uruguaio, a seleção brasileira demorou um pouco a recuperar o domínio territorial. Quando o fez, rodou a bola sem achar espaço para infiltrar. Raphinha, então, tentou de fora da área, mesmo sem muito ângulo, e mesmo sem estar com o corpo bem posicionado para um chute mais forte. Mas tentou, para fora.
Talvez a melhor chance brasileira no primeiro tempo tenha sido em um chute que não foi nem no gol. Na verdade, não chegou nem perto. Mas Savinho recebeu lançamento livre, nas costas da defesa. E tinha Igor Jesus também livre no meio. Tentou chute de primeira, mas pegou muito mal na bola, que saiu torta e passou pela área sem perigo. Perto do intervalo, Igor Jesus ainda ameaçou em cabeçada após cobrança de escanteio, e Rochet fez a única defesa dos primeiros 45 minutos.
Os primeiros segundos do segundo tempo pareceram um resumo do primeiro: Savinho recuperou bola no campo de ataque (a pressão alta era bem feita), mas na hora de definir o lance, chutou torto, para fora (faltava finalizar melhor as jogadas). O Brasil procurava ter mais capricho.
Vinícius Júnior quase conseguiu. O atacante recebeu um grande passe de Raphinha na frente, avançou até a área e bateu cruzado. A bola passou por Rochet e saiu perto da trave. Parecia que a coisa ia deslanchar, mas lembra a bola entre o zagueiro e o lateral? Bem, Saracchi recebeu na canhota, depois reclamou de falta, mas a jogada seguiu. E seguiu para os pés de Fede Valverde, que levou para a perna direita e bateu no cantinho, sem chance para Ederson. 1 a 0 para os uruguaios.
Assim como o gol sofrido saiu no Calcanhar de Aquiles da seleção, o empate veio na principal força que o time mostrou no primeiro tempo. Raphinha cruzou da direita, a zaga não afastou bem e Gerson acertou um belíssimo chute de canhota para fazer um golaço e empatar o duelo.
Dorival já tinha mandado a campo Luiz Henrique e Gabriel Martinelli. O ponta do Arsenal quase conseguiu a virada após bela jogada na entrada da área aos 18. Martinelli tocou por cima para tirar da marcação e finalizou bonito, mas Rochet conseguiu a defesa. A torcida baiana voltou a jogar a favor.
Fisicamente, a Celeste Olímpica caiu um pouco na reta final do encontro, depois dos 30 minutos. Os brasileiros tinham mais espaço para avançar, mas continuavam pecando na hora de finalizar os lances. Como Luiz Henrique, que recebeu de Raphinha na área, mas bateu muito torto. Raphinha, na sequência, tentou de fora, sem acertar o alvo. Estêvão, depois de tabela com Paquetá já na área, pegou embaixo na bola e mandou por cima. Não houve como evitar o último tropeço no ano...