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·11 de julho de 2025

Brasileirão de 2025 é a edição com menos jogadores brasileiros na história

Imagem do artigo:Brasileirão de 2025 é a edição com menos jogadores brasileiros na história

Que o futebol está globalizado ninguém tem dúvidas. No Brasil em 2025, jogadores africanos, asiáticos, europeus e, claro, sul-americanos tentam a sorte na Série A, comprovando que o mais alto nível do futebol no país não é só para brasileiros.

Curiosamente, eis um dado que comprova esta tese: o Brasileirão de 2025 é a edição com menos jogadores brasileiros na história. São "apenas" 698 jogadores nascidos no país natal disputando a elite neste ano, sendo esse o menor número desde a primeira edição da competição, em 1971.


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A porcentagem de atletas nascidos no Brasil que estão disputando a elite é de 82,5%, também o menor número de todas as edições. O número só esteve abaixo dos 90% em quatro ocasiões: em 2022 (89,3% - 953 jogadores), em 2023 (86,3% - 914), em 2024 (83,3% - 863) e, claro, em 2025.

Um fator que tem contribuído diretamente para esta "invasão" estrangeira é o aumento contínuo da permissão da CBF para participação de jogadores não brasileiros nos jogos do Brasileirão. Em 2023, a entidade subiu o número de "gringos" de cinco para sete por jogo, e, no ano passado, a alteração saiu dos sete para nove atletas.

A título de curiosidade, na edição de estreia do Brasileirão em 1971, disputado entre 20 clubes, 727 dos 752 jogadores que jogavam o torneio eram brasileiros. Naquela altura, a porcentagem de atletas nascidos no Brasil que entraram em campo pelo campeonato era de 96,7%.

Importação de talentos sul-americanos

Enquanto os europeus começaram a ser mais presentes no Brasileirão nos últimos anos, como foi com Dimitri Payet no Vasco, com Memphis Depay no Corinthians, com Bastos no Botafogo e com Martin Braithwaite no Grêmio, o desembarque de sul-americanos no Brasil é algo mais antigo.

Tanto que, em Campeonato Nacional de Clubes 1971, dez argentinos, seis uruguaios, dois paraguaios, dois equatorianos e um chileno jogaram a elite. Os outros quatro estrangeiros presentes no Brasileirão eram dois alemães, um português e um australiano. Ao menos um sul-americano esteve presente em todas as edições do torneio.

A Argentina lidera o ranking de jogadores no Brasil em nove das últimas dez edições do Campeonato Brasileiro. A única exceção foi em 2021, quando a Colômbia assumiu a ponta com 24 jogadores, enquanto apenas 19 argentinos jogaram o Brasileirão. Quem também aparece bem colocado é o Uruguai, que é o vice-líder no quesito em 2025, com 28 atletas.

Como o futebol brasileiro sempre foi o mais rentável e um dos mais fortes na América do Sul, talentos sul-americanos buscam a sorte no Brasil. É o caso de Jhon Arias no Fluminense e de Rodrigo Garro no Corinthians, mais recentemente, e Andrés D’Alessandro no Internacional em 2008 e Giorgian De Arrascaeta no Cruzeiro em 2015.

E esse fenômeno tem aumentado de forma exponencial com o passar do tempo. Dez anos atrás, 69 jogadores estrangeiros jogavam na elite do futebol brasileiro. Neste ano, o número de atletas nascidos fora do país chega a 173, sendo 127 nascidos no continente sul-americano.

O futebol brasileiro é mais atraente para os jogadores argentinos, uruguaios, chilenos e paraguaios, por exemplo, do que em seus respectivos países. Seja pelo nível técnico, pelo fato do Brasileirão ser uma vitrine maior ou pelas questões econômicas. Fato é que os gringos invadiram o Brasil e sem previsão para sair...

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