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·15 de janeiro de 2021

Briga contra a degola e por título estadual: Marlon Freitas relata os desafios do Atlético-GO

Imagem do artigo:Briga contra a degola e por título estadual: Marlon Freitas relata os desafios do Atlético-GO

Fluminense, futebol eslovaco, Criciúma, Botafogo-SP... Mesmo tendo apenas 25 anos, Marlon Freitas rodou muito na carreira antes de se consolidar no Atlético-GO. Fazendo talvez sua melhor temporada até agora, o meio-campista é, hoje, uma das principais peças da equipe de Marcelo Cabo, que vem surpreendendo e fazendo um ótimo Brasileirão.

Elogiado pelo bom futebol durante toda a temporada, o clube goiano teve algumas perdas, incluindo o treinador Vágner Mancini e os fundamentais Edson e Renato Kayzer, mas conseguiu se manter um time consistente, alcançando boas exibições. De qualquer jeito, o foco da equipe ainda é permanecer na Série A do Campeonato Brasileiro.


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"Nosso foco é exclusivamente a permanência na Série A, esse é o nosso principal objetivo." explicou Marlon Freitas, em entrevista exclusiva concedida à Goal. "Atingindo isso, nós até podemos sonhar com uma Sul-Americana."

Marlon Freitas comemorando gol contra o Fluminense (Foto: Heber Gomes/ACG)

Enquanto disputa a reta final do Brasileirão e sonha com uma vaga na Copa Sul-Americana, o Dragão estrou no Campeonato Goiano com vitória sobre o Goiás, por 1 a 0, nesta última quarta-feira (13). Um fato atípico para um ano único, no futebol e em todas as outras esferas da sociedade. E Marlon Freitas não negou a estranheza de jogar o estadual no meio do calendário da principal competição de clubes do futebol nacional.

"Esse ano está sendo muito atípico, mesmo." admitiu, quando perguntado sobre os desafios de jogar duas competições tão diferentes ao mesmo tempo. "Campeonato estadual no meio do Brasileiro? É muito estranho. Mas nós temos que nos adaptar o mais rápido possível."

Durante a conversa, o meio-campista também contou sobre suas experiências no futebol da Eslováquia, como foi se adaptar aos profissionais do Fluminense após ser revelado em Xerém, na base do clube, e é claro, sobre a temporada do Atlético-GO.

Marlon Freitas, capitão do Atlético Goianiense nos últimos jogos (Foto: Heber Gomes/ACG)

Confira a entrevista completa:

Goal: O Atlético é uma das sensações do Brasileirão pelo bom futebol apresentado. Vocês estão na zona de classificação para a Sul-Americana e a sete pontos do Bahia, primeiro do Z-4. Qual é o foco até o final da temporada?

Marlon Freitas: Nosso foco é exclusivamente a permanência na Série A, esse é o nosso principal objetivo. Atingindo isso, nós até podemos sonhar com uma Sul-Americana.

Goal: Durante a Série A, o clube perdeu titulares como Edson e Kayzer e recomeçou o trabalho no meio do ano com a saída de Mancini e chegada de Cabo. Como o grupo lidou com essas mudanças e se compara, hoje, em relação aos demais da Série A?

Marlon Freitas: Nós perdemos grandes jogadores na temporada e mesmo assim continuamos fazendo bom jogos. Isso mostra bem a força da nossa equipe. Tivemos a mudança de comando também, mas mesmo assim demos continuidade. Ajudou que nosso grupo se adaptou muito rápido à filosofia do trabalho do Marcelo Cabo. Estamos fazendo uma grande temporada e esperamos dar continuidade nessa reta final e atingir nossos objetivos.

Goal: Dá pra dizer que existe um grande diferença no trabalho de Marcelo Cabo com o de Vágner Mancini, dois técnicos que fizeram bons trabalhos no Atlético-GO nessa temporada?

Marlon Freitas: São dois grandes treinadores. A gente sempre agradece por trabalhar com esses grandes profissionais. Cada um tem sua filosofia de trabalho, sim, e acho que nossa grande virtude foi se adaptar muito rápido ao trabalho desses dois grandes profissionais.

Marcelo Cabo no Atlético-GO (Foto: Heber Gomes/ACG)

Goal: Essa semana, vocês estrearam no Campeonato Goiano. Como que é jogar o estadual antes do final da temporada do Brasileirão contra times que estão se preparando exclusivamente para a competição?

Marlon Freitas: Esse ano está sendo muito atípico, mesmo. Campeonato estadual no meio do Brasileiro? É muito estranho. Mas nós temos que nos adaptar o mais rápido possível.

Goal: Quando você subiu no Flu, chegou a ser emprestado para um time da Eslováquia, na sua primeira experiência na Europa. Como essa passagem te mudou como jogador?

Marlon Freitas: Foi uma experiência muito boa. Marcante, a minha primeira experiência na Europa. No começo, foi muito difícil a adaptação. Eu vi na pele o quanto jogadores brasileiros sofrem com isso. Depois que consegui superar, tudo começou a fluir, tanto que voltei para o profissional do Fluminense no mesmo ano e acabei sendo aproveitado no elenco. Foi muito bom e agradeço muito por tudo que foi realizado lá na Eslováquia.

Goal: A base de Xerém é uma das grandes fábricas de talento do futebol brasileiro. Como é subir para os profissionais com a expectativa de seguir os passos de outros talentos que explodiram no clube?

Marlon Freitas: Hoje posso falar: 'joguei na melhor base do Brasil'.  Xerém foi muito importante na minha vida e agradeço muito o clube até hoje por tudo que fizeram por mim  O Fluminense realizou um pra mim sonho e nada vai pagar isso. Meu pai assistiu um jogo meu pelo profissional no Maracanã. Isso não tem preço que pague. Sempre agradeço muito ao Fluminense por esse sonho realizado.

Goal: Recentemente, você prorrogou contrato com o Atlético até final de 2022. Qual você acha que será o principal desafio do time na temporada que vem?

Marlon Freitas: Se a gente conseguir manter o time na primeira divisão, teremos desafios maiores na próxima temporada. Tenho contrato até 2022 e agradeço muito o clube pela confiança em mim e no meu trabalho.