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·08 de setembro de 2025
Bruno Henrique: Justiça nega recurso do MP para endurecer acusações

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O juiz Fernando Brandini Barbagalo, do Distrito Federal, manteve a negativa ao pedido do Ministério Público para acusar Bruno Henrique por estelionato. Com isso, o atacante do Flamengo segue respondendo judicialmente apenas pelo crime de fraude esportiva, relacionado ao cartão recebido contra o Santos em 2023. A Justiça também descartou medidas cautelares.
O recurso do MPDF, apresentado nos últimos dias, defendia que o jogador, seu irmão e outras sete pessoas fossem processados também por estelionato. A promotoria alegou que Bruno Henrique teria se beneficiado de maneira patrimonial com as apostas feitas a partir da informação privilegiada sobre o cartão amarelo que receberia.
Para o juiz Barbagalo, no entanto, as provas existentes indicam apenas o cometimento de fraude esportiva, prevista na Lei Geral do Esporte. Ele ressaltou que as empresas de apostas envolvidas não se manifestaram formalmente como vítimas. As casas apenas responderam às solicitações da Polícia Federal e do MP.
Além disso, a Justiça manteve a decisão de não aplicar medidas cautelares. As opções eram fiança de R$ 2 milhões, proibição de contratos com casas de apostas ou retenção de passaporte. O recurso do MP será agora analisado pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal em segunda instância.
Bruno Henrique foi punido pelo STJD com 12 jogos de suspensão e multa de R$ 60 mil no caso de manipulação de apostas. Para Michel Assef Filho, advogado do clube no processo, a decisão é exagerada, diferente do que se comenta nas redes sociais. Ele também explica que o caso difere de outras punições.
"O fato que aconteceu com o Bruno Henrique não guarda nenhuma relação com os casos julgados pelo STJD antes. Fica muito claro que ele nem deveria ter sido punido no Artigo 243-A. As punições mais severas puniram uma fraude ao jogo. Nos outros temas, aconteceu exatamente isso. Atletas combinaram determinadas jogadas dentro do campo para se favorecerem fora do campo", disse, antes de completar:
"O Bruno Henrique já planejava tomar o terceiro cartão amarelo, o cartão amarelo não é atitude antiética, faz parte da estratégia do jogo."
Bruno Henrique foi acusado de forçar um cartão amarelo em partida contra o Santos, em 2023, beneficiando apostadores. Mensagens trocadas com seu irmão, Wander Nunes Pinto Júnior, também réu no tribunal, embasaram as acusações. A punição só se aplica a torneios organizados pela CBF, e o Flamengo ainda vai recorrer.