Gazeta Esportiva.com
·12 de dezembro de 2022
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O atacante Bruno Petkovic explicou que a força mental que levou a seleção da Croácia a passar por duas rodadas nos pênaltis na Copa do Mundo tem raízes profundas na luta do país pela independência.
Petkovic foi o autor do gol do empate croata no final da prorrogação contra o Brasil nas quartas de final, antes de os comandados do técnico Zlatko Dalic ganharem a disputa de pênaltis. Nas oitavas, a equipe eliminou da mesma forma o Japão.
O padrão é parecido com o que levou a Croácia à final do Mundial há quatro anos, com duas classificações nos pênaltis e uma na prorrogação na Rússia.
“Acho que uma das razões (dessa mentalidade) é que somos um país pequeno”, disse Petkovic em entrevista coletiva neste domingo, dois dias antes da semifinal contra a Argentina.
“Embora nós jogadores sejamos jovens, sabemos como nosso país foi construído e como conseguiu sua independência nos anos 1990. Aprendemos sobre isso com os nossos pais. Aprendemos que não se chega a lugar nenhum sem lutar e sem trabalhar duro”, explicou.
Alguns dos jogadores mais velhos da seleção têm fortes conexões com o conflito dos Bálcãs dos anos 1990. O veterano meia Luka Modric teve que ser deslocado quando era criança, e o zagueiro Dejan Lovren foi obrigado a abandonar sua casa de infância.
A Croácia participou de seu primeiro Mundial como nação independente em 1998, chegando às semifinais, quando perderam para a anfitriã e futura campeã, a França. A seleção francesa também deu fim ao sonho croata há quatro anos, ao ganhar a final da Copa de 2018 por 4 a 2, mas o país de quatro milhões de habitantes tem de novo sua seleção entre as quatro melhores do mundo.
“Acho que estamos melhorando a cada jogo. Conforme os adversários foram ficando mais fortes, fomos melhorando. Para mim, o gol dá uma grande confiança. Nas prorrogações ainda acreditávamos. A confiança não é só a nível pessoal, acreditamos um no outro”, finalizou Petkovic.