Cadê o Ganso? Por que o maestro do Fluminense não vem jogando no Mundial? | OneFootball

A pergunta tem se repetido entre torcedores tricolores: cadê o Ganso? Por que o camisa 10, símbolo técnico de um dos melhores Fluminenses dos últimos anos, não entra em campo numa competição tão simbólica e importante como o Mundial de Clubes?

A resposta, na verdade, está mais ligada ao contexto do torneio do que a qualquer possível queda de qualidade do jogador. Paulo Henrique Ganso jogou apenas 45 minutos na Copa do Mundo de Clubes até aqui, foi titular contra o Ulsan Hyundai, mas deixou o campo no intervalo, quando o time perdia por 2 a 1. O Flu virou o jogo sem ele. Desde então, não atuou mais. Ficou no banco contra o Mamelodi Sundowns, Inter de Milão e Al-Hilal, e a tendência é que siga assim diante do Chelsea.

A Copa do Mundo de Clubes tem exigido do Fluminense algo que o Ganso, neste momento da carreira, não consegue mais entregar com constância, intensidade física em alto nível por 90 minutos. O Mundial é jogado em ritmo europeu, com adversários poderosos, jovens, rápidos e acostumados a duelos físicos. Não é o ambiente ideal para um jogador que se destaca por ditar o ritmo, e não por acompanhá-lo.

Ganso passou por uma cirurgia delicada no coração no começo de 2025, relacionada a uma miocardite. A recuperação foi positiva, mas o corpo sente. E não é surpresa que Renato Gaúcho tenha optado por montar um meio-campo mais vigoroso, com nomes como Nonato, Martinelli, Bernal e Hércules, todos jovens, combativos e capazes de sustentar o jogo físico que o Mundial exige.

Não se trata de ser “perninha” ou “estar mal”. Longe disso. O próprio Ganso sabe ler o jogo, e o momento, como poucos. E se o jogo pedir, ninguém duvida que ele entre e mude tudo com um toque. Porque qualidade técnica ele nunca perdeu.

Contra o Chelsea, o desafio será novamente físico. Um time com média de idade baixa, extremamente dinâmico, e que costuma acelerar as jogadas o tempo todo. A opção por Ganso parece, novamente, pouco provável.

Mas isso não apaga a importância dele. Muito menos a possibilidade de, em algum momento, ser decisivo.