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·14 de abril de 2025

Caixinha naufraga na tentativa de propor o jogo e deixa o Santos sem cumprir promessas

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Chegou ao fim nesta segunda-feira (14) a curta passagem de Pedro Caixinha pela Vila Belmiro. O técnico português não resistiu a mais uma atuação decepcionante do Santos sob o seu comando e foi demitido no dia do aniversário do clube.

Pressionado pela falta de rendimento no Campeonato Paulista, Caixinha não conseguiu deslanchar no Brasileirão e acumulou duas derrotas e um empate nas três rodadas iniciais. O fim da linha chegou após o resultado negativo para o Fluminense, no Maracanã.


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Em pouco mais de três meses à frente do clube, o treinador conseguiu apenas seis vitórias em 16 jogos, acumulando ainda quatro empates e sete derrotas.

Apesar da demissão ter sido efetivada após o início ruim no Brasileirão, Caixinha chegou ao final do Paulistão pressionado pela falta de rendimento. No estadual, o Peixe perdeu três dos quatro clássicos contra os times da capital e saiu vitorioso apenas no duelo contra o São Paulo.

Dificuldade de ser protagonista

Contratado em 23 de dezembro, Caixinha chegou ao litoral paulista após o Peixe dar um chapéu no Grêmio e contratar o treinador que estava apalavrado com o Tricolor Gaúcho. O português foi o escolhido para comandar o time no retorno à Série A pelo perfil ofensivo e a proposta de ser protagonista nos jogos.

A ideia, na teoria, convenceu a diretoria alvinegra, mas acabou não sendo consolidada na prática e intensificou as críticas sobre o trabalho do comandante.

Nas duas rodadas iniciais do Brasileirão, o Santos sucumbiu diante de Vasco e Bahia e, além de não conseguir propor o jogo, ainda demonstrou problemas defensivos. O Peixe sofreu quatro gols em dois jogos e arrancou na competição entre as defesas mais vazadas.

Contra o Fluminense, Caixinha tentou resolver o problema, mas acabou desencadeando em outros. O português reforçou a marcação e abriu mão dos jovens João Pedro ChermontGabriel Bontempo, iniciando a partida sem nenhum Menino da Vila entre os titulares. A medida blindou a defesa, porém aumentou a dificuldade da equipe em ter a posse de bola.

Acuado, o Santos quase conseguiu manter a meta intacta pela primeira vez no Brasileirão e acabou punido no apagar das luzes pela falta de ambição ofensiva. Nem mesmo as entradas de Neymar, Soteldo e Deivid Washington foram capazes de destravar a atuação engessada do Peixe.

Aproveitamento dos reforços

Para uma temporada de reconstrução após a passagem na Série B, o Santos buscou 11 reforços para Pedro Caixinha. A lista de chegadas, liderada por Neymar, não conseguiu deslanchar nas mãos do técnico português.

Na disputa do Paulistão, o protagonismo ficou com Guilherme, artilheiro da disputa e autor de dez dos 23 gols marcados pelo Peixe. O atacante, que já havia liderado o Santos na Série B, ofuscou os reforços mais badalados e sustentou a sua posição entre os titulares.

A fase artilheira justificou a esperança nos pés de Guilherme, mas a fase decisiva do Paulista e o começo da Série A cobraram uma participação maior das contratações.

Castigado pela lesão, Neymar desfalcou o time na eliminação contra o Corinthians e nas duas rodadas do Brasileiro. O camisa 10 voltou apenas diante do Fluminense e, com falta de ritmo de jogo, pouco ajudou em 45 minutos.

Além de Neymar, Caixinha também não conseguiu encontrar as posições para ThacianoRollheiser. As duas opções para o meio-campo e ataque naufragaram no esquema do técnico português e ainda não apresentaram o rendimento esperado. Outros nomes como Deivid Washington, Barreal e Gabriel Verón, sequer receberam sequência e somaram poucos minutos desde a chegada.

Agora, sem Pedro Caixinha, o Santos busca no mercado de treinadores um novo nome com o mesmo DNA. Sem abrir mão da ideia de propor o jogo, refletida nas contratações ofensivas, o Peixe garimpa um comandante que potencialize as virtudes do elenco montado.

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