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·31 de outubro de 2025

Camisas autografadas por Neymar apreendidas em operação podem ajudar MP a localizar chefe do PCC foragido

Imagem do artigo:Camisas autografadas por Neymar apreendidas em operação podem ajudar MP a localizar chefe do PCC foragido

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A Operação Off White, deflagrada nesta quinta-feira (30) pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) em conjunto com o 1º Batalhão de Ações Especiais da Polícia Militar (Baep), revelou um novo desdobramento inusitado: a apreensão de duas camisas da seleção brasileira com autógrafos de Neymar Jr. na casa de um dos investigados por lavagem de dinheiro ligada ao PCC.


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Os objetos foram encontrados durante buscas em Campinas, no interior de São Paulo, na residência do filho de Sérgio Luiz de Freitas Filho, o “Mijão”, considerado o principal chefe da facção ainda em liberdade e um dos foragidos mais procurados do país. Uma das camisas, de cor azul, estava enquadrada e pendurada na sala, com dedicatória dirigida a “Filha”, um dos apelidos usados por Mijão.

Segundo o promotor Marcos Rioli, do Gaeco, as peças podem ajudar a identificar se o foragido voltou a circular pelo Brasil, já que há indícios de que ele esteja escondido na Bolívia. “A oitiva do Neymar pode ser realizada, a gente vai avaliar isso durante a investigação, para que ele possa esclarecer, se possível, se houve, de fato, esse encontro. Jamais, em nenhum momento, a camisa foi apreendida por suspeita de eventual ligação do Neymar com facção ou crime. O Neymar não é investigado, nem foi investigado em momento nenhum por nós”, afirmou.

A assessoria de Neymar Jr. reforçou, em nota, que o jogador desconhece o caso e as pessoas citadas na investigação. “O atleta autografa milhares de camisas solicitadas por fãs e instituições em diferentes contextos, sem qualquer relação pessoal ou profissional com quem as recebe. As conjecturas que tentam associar seu nome a esse episódio são infundadas e não correspondem à realidade”, destacou.

Durante o cumprimento dos mandados, houve confronto em um condomínio de luxo no distrito de Sousas, em Campinas. O investigado Luís Carlos dos Santos morreu no local após troca de tiros com policiais militares. Segundo a PM, ele chegou a fingir rendição antes de tentar fugir e atirar novamente contra os agentes. Um sargento do Baep foi baleado no ombro, encaminhado ao Hospital de Clínicas da Unicamp e passou por cirurgia; o quadro é estável.

A OPERAÇÃO

Durante o cumprimento dos mandados, houve confronto em um condomínio de luxo no distrito de Sousas, em Campinas. O investigado Luís Carlos dos Santos morreu no local após troca de tiros com policiais militares. Segundo a PM, ele chegou a fingir rendição antes de tentar fugir e atirar novamente contra os agentes. Um sargento do Baep foi baleado no ombro, encaminhado ao Hospital de Clínicas da Unicamp e passou por cirurgia; o quadro é estável.

Na casa, os policiais apreenderam quatro armas de fogo e mais de R$300 mil em dinheiro, incluindo grandes quantidades de moedas de R$1 armazenadas em sacos. A suspeita é de que os valores tenham origem em atividades de tráfico e lavagem de capitais.

Luís Carlos era pai de Rafael Luís dos Santos, também investigado, e apontado como um dos responsáveis por um esquema financeiro operado por Maurício Silveira Zambaldi, o “Maurício Dragão”, empresário preso em agosto, acusado de financiar um plano do PCC para assassinar o promotor Amauri Silveira Filho, do Gaeco de Campinas.

A Operação Off White, que teve mandados cumpridos também em Artur Nogueira e Mogi Guaçu, é um desdobramento das operações “Linha Vermelha” e “Pronta Resposta”, que desarticularam o plano da facção para matar o promotor. As novas investigações apontaram transações milionárias de lavagem de dinheiro realizadas por traficantes, empresários, agiotas e influenciadores digitais.

Entre os alvos da operação estão Sérgio Luiz de Freitas Neto, filho de “Mijão”, preso em Campinas; Eduardo Magrini, o “Diabo Loiro”, influenciador com passagens por homicídio e formação de quadrilha; Bárbara Batista Borges, Renan Ferraz Castelhano e Maurício Conti.

Outros dois nomes seguem foragidos: o próprio “Mijão” e Ronaldo Alexandre Vieira, além de Álvaro Daniel Roberto, o “Caipira”, alvo de busca e apreensão.

A Justiça determinou o bloqueio e sequestro de 12 imóveis de luxo, além do congelamento de valores em contas bancárias. O Gaeco aponta que o grupo usava empresas e negócios de fachada para misturar o dinheiro do tráfico com recursos de origem lícita, dificultando o rastreamento.

O promotor Rioli explicou que a operação identificou diversas transações imobiliárias e financeiras fraudulentas realizadas para ocultar os verdadeiros donos e a origem ilícita dos valores. As investigações continuam para rastrear novos envolvidos e ramificações do esquema.

Enquanto isso, o Ministério Público tenta confirmar se a presença das camisas autografadas por Neymar pode indicar a circulação recente de Mijão no Brasil, uma pista que pode ajudar a localizar um dos criminosos mais procurados do país.

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