Leonino
·23 de abril de 2025
Carlos Barbosa da Cruz arrasa jogadores do Benfica; Adepto do Sporting fala em "lamentável prática"

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·23 de abril de 2025
Os cartões amarelos ‘forçados’ pelos jogadores do Benfica, Ángel Di María e Florentino Luís, no recente jogo frente ao Vitória de Guimarães, continuam a dar que falar. Carlos Barbosa da Cruz, conhecido adepto do Sporting, criticou o comportamento dos atletas, mas afirma que a “culpa” pela ausência de penalização é de todos os clubes.
"A UEFA já veio qualificar como prática antidesportiva"
Num artigo de opinião publicado no jornal Record, o advogado e comentador desportivo começa por destacar que a “procura” de cartões amarelos é condenada pela UEFA e pela Federação Portuguesa de Futebol: “A UEFA já veio qualificar como prática antidesportiva e condenar situações em que os jogadores forçam a amostragem de cartões amarelos para limpar a folha e garantir a presença em jogos importantes. A própria Federação, nas competições que tutela, já também segue esta linha e pune o jogador, que, por via do seu comportamento, simula a prática desnecessária de uma infração, para ser punido com um cartão”
No entanto, Carlos Barbosa da Cruz - que, recentemente, falou do clima de "instabilidade emocional" que se vive no Benfica - sublinha que o entendimento da Liga é diferente, o que promove o comportamento: “O Regulamento Disciplinar da Liga, não entende assim, e não sanciona especificamente esta prática, remetendo-a para o limbo das “outras infrações”, cuja benevolência punitiva é bem conhecida. Por via disso, a dita gestão dos cartões tornou-se uma lamentável prática corrente, que atinge picos de descrédito, quando transmitida em direto, como aconteceu com o Benfica em Guimarães”.
Ainda assim, o adepto do Sporting distribui a "culpa" por todos os clubes e fala de uma “questão de ‘fair-play’”: “Fique claro que a culpa não é de nenhum clube em particular, é deles todos, porque excecionalmente por uma vez, se põem de acordo na consagração deste expediente. E, é triste, porque, não se trata, como disse, com infelicidade, Bruno Lage, de estratégia, outrossim de uma questão de fair play e de defesa do jogo, com as quais não se deve facilitar”.
A terminar, Carlos Barbosa da Cruz lamenta o ambiente de “quase impunidade” que se vive no futebol português: “Dir-se-á que é apenas uma opção legislativa. Não é assim; essa, como outras, ligadas por exemplo, à penalização de comportamentos ilícitos de treinadores e dirigentes (exceto quando a APAF faz queixa), levam a uma situação de quase impunidade e a que o ambiente no futebol português seja dos piores que há por essa Europa fora”.
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