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·05 de setembro de 2025
Carta: apelo urgente por voto livre e democrático

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·05 de setembro de 2025
Carta subscrita por vários sócios do Benfica
Exmo. Senhor Presidente da Direção do Sport Lisboa e Benfica, Rui Costa Exmo. Senhor Presidente da Mesa da Assembleia Geral, Dr. José Pereira da Costa
Assunto: Democracia no Sport Lisboa e Benfica. Todos os Sócios têm o direito de votar.
Portugal e Estrangeiro, 4 de setembro de 2025
Caros Senhores,
Permitam-nos começar com uma história que traduz melhor do que qualquer discurso o que significa ser do Benfica. Um sócio do nosso clube, o nosso estimado Carlos Rocha, residente em Paris, gastou mais de 3.000 euros só no ano passado para poder vir a Lisboa e acompanhar o seu Benfica, com o seu filho André e a sua filha Rita. Para viverem o sonho deles, o nosso sonho. Ver os seus ídolos, o seu clube ao vivo, na Luz.
Esse gesto, de amor e sacrifício, não é exceção: é exemplo daquilo que tantos sócios fazem, de Faro a Bragança, de Genebra a Toronto, de Joanesburgo a Macau, muitas vezes com pouco, mas sempre com tudo o que têm no coração, pelo nosso Clube. Esse amor não pode, em circunstância alguma, ser ignorado ou diminuído.
Nenhum benfiquista pode ser impedido de participar num dos atos mais importantes da vida do Sport Lisboa e Benfica: as eleições do próximo dia 25 de outubro. O voto é a forma suprema de participação associativa. Negar ou dificultar esse direito é enfraquecer a própria democracia do Benfica.
Foi anunciado pela Mesa da Assembleia Geral que os princípios que regerão este ato eleitoral seriam a universalidade do voto, a igualdade de participação e a transparência da organização eleitoral. São esses princípios que agora invocamos e defendemos.
O que pedimos é simples, justo e urgente:
Mesas de voto distribuídas por todo o país, de forma a permitir que ninguém fique a mais de 30 km de uma mesa de voto.
Garantia de participação dos sócios dos arquipélagos e do estrangeiro, seja através do voto eletrónico, seja através do voto por correspondência. O essencial é que nenhum sócio seja excluído.
Se alguma candidatura se mostrar contra o voto eletrónico – o que, a nosso ver, é errado – tem de se garantir o voto por correspondência. As mesas de voto no estrangeiro não garantem o direito ao voto dos sócios, porque estarão, em alguns casos, a mais de 1.000 km de distância da residência dos sócios, ou podem nem ser instaladas nos países em que residem.
Não podemos esquecer, nem deixar de invocar, que a organização das eleições deve garantir a mais ampla participação dos sócios, como consagram os estatutos. E recordamos que, em 2021, o Benfica quase bateu o recorde mundial de participação eleitoral num clube desportivo. É nosso dever coletivo fazer de 2025 o ano da maior afirmação democrática da história do Sport Lisboa e Benfica.
Não pedimos nada em nome de uma candidatura ou de um grupo. Pedimos em nome de algo muito maior: a grandeza do Sport Lisboa e Benfica.
Pedimos em nome do Carlos, que arranca, com sacrifício, de Paris, com os dois filhos, para viverem alguns dos melhores dias da sua vida. Pedimos em nome de cada um que ama este clube e que, independentemente do lugar onde vive, tem direito a dizer presente no dia 25 de outubro.
O Sport Lisboa e Benfica é grande porque é de todos. E só continuará a ser eterno se todos tiverem lugar na sua democracia.
Daremos conhecimento público desta missiva.
Subscrevemo-nos com respeitosas saudações benfiquistas.