SportsEye
·31 de maio de 2025
Cartões, tensão e silêncio: abc e náutico travam o jogo do medo

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·31 de maio de 2025
ABC e Náutico Recife chegaram à oitava rodada da Série C sob clima de pressão. No Estádio Maria Lamas Farache, em Natal, ambos estavam próximos da zona de rebaixamento, com 8 pontos cada e campanhas irregulares. O ABC buscava a primeira vitória como mandante, após protestos da torcida e polêmicas recentes de arbitragem. O Náutico, por sua vez, encarava sequência de derrotas em casa, vários desfalques e convivia com incertezas administrativas, incluindo a ameaça de leilão do Estádio dos Aflitos.
Evaristo Piza, pelo ABC, promoveu ajustes na zaga e meio-campo, sem poder contar com Lucas Mota e Carlos Eduardo, ambos suspensos, mas com retornos de titulares como Windson, Bruno Bispo e Wellington Reis. O Náutico, treinado por Marquinhos Santos, montou uma equipe bastante alterada, sem o goleiro Muriel e vários defensores e atacantes lesionados, apostando em reforços recém-chegados e nomes do banco.
Logo aos 3 minutos, Auremir foi expulso, deixando o Náutico com dez jogadores durante praticamente toda a partida. O ABC assumiu o controle da posse, mas encontrou dificuldades para criar ocasiões claras. O jogo ficou truncado, com muitos cartões amarelos e substituições táticas de ambos os lados. Os treinadores buscaram respostas, mas a solidez defensiva prevaleceu.
No segundo tempo, o ABC tentou variar o ataque com as entradas de Ian e Anderson Rosa, enquanto o Náutico reforçou a marcação no meio e alternou peças do setor ofensivo, mesmo em inferioridade numérica. A partida manteve poucos espaços, sem mudanças no placar.
O empate manteve o ABC com apenas uma vitória na competição e sequência de empates (cinco em oito jogos), estacionado na 14ª posição. O Náutico, mesmo sob instabilidade tática e disciplinar, segurou o empate fora de casa e ocupa o 13º lugar, evidenciando dificuldades para construir resultados positivos em sequência.
Na arbitragem, Alexandre Vargas Tavares de Jesus foi o responsável, sob atenção após erros relatados pelo ABC em rodadas anteriores. O jogo teve clima tenso, com cobrança da torcida e expectativa por reação imediata dos times na tabela.
O clima extracampo pesou especialmente para o Náutico, que convive com a possibilidade de leilão do estádio devido a dívidas fiscais. A legislação municipal segue protegendo o patrimônio para uso esportivo, o que ameniza, mas não elimina o impacto das incertezas administrativas.
No ABC, os protestos recentes da torcida e demandas por reforços, especialmente após a lesão de Danilo Mariotto, evidenciam a pressão interna por respostas no setor ofensivo. O Náutico, por sua vez, já sinaliza busca por contratações pontuais para qualificar o elenco.
O clássico nordestino foi marcado por equilíbrio, forte marcação e poucas oportunidades, cenário que mantém ambos pressionados na Série C.
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