
Gazeta Esportiva.com
·09 de setembro de 2025
Casares justifica vendas de jovens do São Paulo: “Precisamos pagar salários”

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·09 de setembro de 2025
O presidente do São Paulo, Julio Casares, justificou a venda de mais um jogador formado na base para o futebol europeu. Desta vez, quem está de saída é o atacante Henrique Carmo, que tem negociações avançadas para se transferir ao CSKA Moscou, da Rússia.
Os valores da operação giram em torno de US$ 6 milhões fixos (R$ 32 milhões na cotação atual), com o São Paulo segurando 25% dos direitos econômicos do atleta. Casares lamentou a saída precoce, mas explicou a venda dizendo que o garoto pediu para deixar o clube.
“Eu como torcedor também fico triste, também gostaria que o jogador ficasse por mais tempo aqui. No caso específico do Henrique, ele tinha sido pretendido por empréstimo para o PSV, mas nós seguramos. Estive com os pais e os empresários e eles queriam ir embora, insistiram. Chegamos até o último minuto da janela para fazer o melhor possível. Tentamos até demovê-lo dessa ideia para que ele continuasse”, disse o presidente em entrevista à ESPN.
“Claro que nós gostaríamos que fosse por dois dígitos, porque vendemos por um valor e temos uma participação. Fizemos o melhor possível, com a convicção que precisamos equilibrar. O São Paulo não pode mais apostar em campeonatos para ver depois a venda, como fizemos no caso do Beraldo”, acrescentou.
(Foto: Rubens Chiri/São Paulo FC)
Segundo Casares, as vendas de Henrique e de outras Crias de Cotia eram “necessárias”. O mandatário alega que o Tricolor, em situação financeira delicada, precisa negociar jogadores para pagar o salário do elenco, além de outros custos operacionais com os CTs de Cotia e da Barra Funda.
“É uma questão financeira difícil, que vai melhorando aos poucos. O São Paulo necessita vender jogadores. É claro que temos que manter um time competitivo, mas temos a responsabilidade de pagar salários, pagar custos operacionais, manter o gramado, o estádio, toda a preparação de infraestrutura do CT, tanto de Cotia como da Barra Funda. É responsabilidade”, justificou.
“A venda do Henrique e dos demais era extremamente necessária. Tínhamos que fazer. O torcedor fica triste, eu também fico. Tentamos segurar o Henrique até por mais tempo, mas não foi possível. Temos que focar na responsabilidade financeira e no cumprimento de metas”, concluiu.
O São Paulo tem sido obrigado a se desfazer se jovens promissores por valores aquém do potencial em razão da necessidade de fazer caixa e se adequar às demandas financeiras impostas pelo FIDC, fundo de investimento do clube.
Além de Henrique, a atual gestão já negociou outros cinco garotos da base apenas neste ano. Foram eles: William Gomes e Moreira, ao Porto, Luiz Henrique, ao Real Múrcia, Matheus Alves, ao CSKA Moscou, e Lucas Ferreira, ao Shakhtar Donetsk.