Categórica, a Roma afundou o Milan e avançou às semifinais da Europa League | OneFootball

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·19 de abril de 2024

Categórica, a Roma afundou o Milan e avançou às semifinais da Europa League

Imagem do artigo:Categórica, a Roma afundou o Milan e avançou às semifinais da Europa League

Nesta quinta, 18 de abril de 2024, a Roma recebeu o Milan no estádio Olímpico, para disputar a partida válida pela volta da fase das quartas de final da Liga Europa. E não teve grandes problemas para superar o rival, que jamais remeteu a sua história de time italiano com maior número de títulos continentais. A equipe de Daniele De Rossi fez uma partida cirúrgica e ampliou a vantagem de 1 a 0 que tinha construído no jogo de ida, na Lombardia. Assim, a Loba conseguiu a classificação para a próxima fase ao vencer novamente, dessa vez por 2 a 1, e chegar a um placar agregado de 3 a 1. Do outro lado, muita decepção e indícios de fim de ciclo.

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A Roma de De Rossi foi escalada da mesma maneira que no jogo de ida, variando do esquema 4-3-3, para o 4-4-2 com Çelik e El Sharaawy fechando o lado direito para impedir os avanços do forte setor esquerdo do Milan, que tem Hernandez e Rafael Leão por ali. No flanco oposto, o dueto entre Spinazzola e Pellegrini combatia Pulisic. A única alteração na equipe foi a entrada de Bove no lugar do suspenso Cristante. O time de Pioli também manteve o seu 4-2-3-1, mas com Musah iniciando no lugar de Reijnders e Tomori, que havia sido desfalque no jogo de ida, ocupando a vaga de Thiaw. Ao longo da partida, o volante norte-americano atuaria aberto, enquanto Calabria acabou centralizando mais para construir.


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E a história começou assim como no primeiro jogo. Aos 12 minutos, Mancini se aventurou no ataque e, após disputa de bola, tocou para Pellegrini. O camisa 7 acertou um belo chute que bateu na trave, e no rebote, o zagueiro estava lá para concluir e abrir o placar. Foi o terceiro gol do defensor nos últimos quatro jogos – todos eles, vale destacar, decisivos, sendo dois sobre o Milan e um contra a Lazio.

Aos 19 minutos, foi o Milan que assustou. Musah fez boa jogada pela direita e cruzou rasteiro para Loftus-Cheek arrematar e, com desvio, acertar a trave. Na sequência, a Roma puxou um belo contra-ataque com Lukaku, que, na disputa de bola, usou a sua força e deixou Gabbia estatelado no chão. O belga ainda limpou Hernandez e tentou tocar para El Sharaawy, mas a defesa milanista afastou. Só que a pelota sobrou para Dybala. E, em um lindo chute colocado, o argentino ampliou o marcador. A rigor, matou a eliminatória.

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Dybala marcou um belo gol e, antes dos 25 minutos de partida, a Roma já havia encaminhado a sua vaga nas semifinais (AFP/Getty)

Na casa dos 28 minutos, a Roma perdeu Lukaku, que sentiu dores musculares e deu lugar a Abraham. Na sequência, o lateral Çelik foi expulso com o cartão vermelho direto, após uma falta desnecessária, por trás, em Rafael Leão – o português estava no meio-campo e havia cobertura. O lance não foi tão forte e talvez tenha havido rigor excessivo do árbitro Szymon Marciniak, mas o fato é que o turco cometeu uma bobagem e fez com que a Roma atuasse contra o Milan com um a menos durante cerca de uma hora.

Ou será que foi o Milan que ficou com um a menos? Porque, fora quando, aos 36 minutos, Rafael Leão foi até a linha de fundo e cruzou para Loftus-Cheek cabecear nas costas de Spinazzola, que conseguiu evitar um gol certo dos visitantes, o time rossonero pouco produziu. Mesmo com as trocas de Pioli. A primeira foi ainda na etapa inicial: sacou o regista Bennacer e colocou o atacante Jovic. De Rossi reagiu de imediato e pôs Llorente no lugar de Dybala.

Na volta do intervalo, Pioli deixa sua equipe ainda mais ofensiva. Chukwueze e Reijnders entraram nos lugares de Loftus-Cheek e Calabria. Apesar das mudanças, a primeira boa chance do segundo tempo foi da Roma. Aos 58 minutos, em rápido contragolpe, El Shaarawy encontrou Spinazzola livre para correr, o lateral romanista arrancou e arriscou de canhota, mas Maignan defendeu com segurança. Se o ítalo-egípcio tivesse soltado a bola antes, o resultado poderia ter sido outro, já que o giallorosso já estava pressionado quando arrematou.

Na medida em que o tempo passava, o Milan ficava mais nervoso e a Roma conseguia a posse de bola com calma – aos 65 minutos, Abraham ainda teve duas chances e quase ampliou para a Loba. Aos 70, Pioli promoveu as duas últimas mudanças para tentar deixar o seu time mais perigoso e eficiente: Musah e Pulisic saíram para as entradas de Florenzi e Okafor. Mudou pouco e, apenas aos 85 minutos, uma forte cabeçada de Gabbia reduziu a desvantagem rossonera. De resto, Svilar teve pouco trabalho e, sem muita dificuldade, uma sólida equipe giallorossa derrubou o opaco gigante continental no duelo italiano. Na disputa entre a agremiação que tem, até o momento, apenas um título de competições da Uefa, e a que faturou 14, levou a melhor a que tem menos taças.

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Apagado, Rafael Leão foi o retrato de um Milan pouco criativo e que dá muitos sinais de desgaste no comando técnico (AFP/Getty)

Para o Milan, a eliminação tem cheiro de fim de ciclo. Afinal, fora da disputa pelo título da Serie A – mas com o segundo lugar e a vaga na Champions League encaminhados – e a dupla eliminação nos mata-matas (Liga dos Campeões e Coppa Italia), a chance de levantar uma taça residia na Liga Europa. A única competição europeia cujo troféu os rossoneri jamais conquistaram virara prioridade. E não só Pioli fracassou no objetivo como errou a mão de forma evidente nas quartas de final: foi categoricamente derrotado por uma Roma muito superior. Nem mesmo se impedir que a Inter comemore o seu vigésimo scudetto no dérbi de segunda, tem a continuidade no cargo assegurada, apesar do contrato vigente até 2025.

Na Roma, cenário inverso. De Rossi levou a Roma à sua quarta semifinal de europeia seguida, sendo a quinta em sete anos, justo no dia em que teve a confirmação, por parte da diretoria, de sua permanência no comando da equipe para a próxima temporada – o anúncio, a propósito, foi uma estratégia da família Friedkin para passar confiança aos jogadores, ao estafe e à torcida no dia da eliminatória.

Além disso, os resultados do dia fizeram com que a Itália chegasse a um escore no ranking da Uefa que não pode mais ser alcançado pela terceira colocada. Assim, é oficial: a Serie A classificará os cinco melhores colocados para a Liga dos Campeões seguinte. A Roma, que ocupa a quinta posição, tem dois caminhos abertos para chegar lá: via campeonato ou através do título da Europa League. Sem dúvidas, os giallorossi estão mais próximos de voltarem à principal competição continental do mundo depois de cinco temporadas de ausência. Mas, claro, um troféu seria muito saboroso. Para isso, a Loba teria que eliminar o mágico Bayer Leverkusen de Xabi Alonso, campeão da Bundesliga, na reedição da semifinal de 2022-23.

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