Esporte News Mundo
·22 de agosto de 2025
CBF publica nota sobre violência na Argentina, mas volta atrás por falta de autorização do presidente

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·22 de agosto de 2025
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A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) publicou uma nota, na manhã desta quinta-feira (21), repudiando a confusão entre os torcedores do Independiente e da Universidad de Chile, na Argentina, durante a partida entre as equipes pelas oitavas de final da Sul-Americana, na noite da última quarta-feira (20).
No comunicado, a CBF classificou o ocorrido como “inadmissível” e pediu rigor à Conmebol na apuração dos fatos.
Horas depois, a confederação se pronunciou novamente, informando que a nota anterior, publicada em seu site e em canais digitais, havia sido divulgada sem a permissão de Samir Xaud, presidente da entidade.
No novo comunicado, a CBF afirmou que já mantinha contato diretamente com a Conmebol e com a Associação do Futebol Argentino (AFA) sobre a violência entre as duas torcidas no Estádio Libertadores de América, do Independiente.
A entidade máxima do futebol brasileiro relatou que sempre manteve uma relação amigável com as outras confederações da América do Sul, buscando, em conjunto, fortalecer o futebol regional.
Além disso, a CBF destacou que a relação com a AFA sempre foi baseada em respeito, admiração mútua e no desejo de fortalecer o esporte sul-americano.
De acordo com o GE, o primeiro comunicado emitido pela entidade brasileira causou mal-estar junto à AFA.
A barbárie da última noite, no estádio de Avellaneda, durante a partida entre Independiente e Universidad de Chile, pelas oitavas-de-final da Copa Sul-Americana, vai contra todos os princípios do esporte que tanto amamos. O futebol, uma das grandes expressões de paixão e união dos povos sul-americanos, não pode ser palco de violência, intolerância e desrespeito.
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) pede à Conmebol rigor total na apuração dos fatos ocorridos, com investigação célere e transparente, e que os responsáveis sejam identificados e punidos com severidade.
É inadmissível que episódios como esse se repitam em competições que deveriam celebrar o talento, a emoção e o espírito esportivo.
Manifestamos nossa total solidariedade às vítimas da violência e às suas famílias. Nenhum torcedor, atleta ou profissional envolvido no espetáculo esportivo deve temer por sua integridade física ao exercer seu direito de participar ou assistir a uma partida de futebol.
A CBF reafirma seu compromisso com a promoção de um futebol seguro, inclusivo e pacífico. Somente com punições exemplares e ações concretas será possível erradicar a violência dos estádios e preservar a dignidade do esporte em nosso continente.”
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) informa que a nota publicada nesta manhã em seu site e em seus canais digitais sobre os episódios de violência no estádio de Avellaneda foi divulgada sem a anuência do presidente da entidade, que já mantinha diálogo direto com a Conmebol e com a Associação do Futebol Argentino (AFA) sobre o ocorrido.
A CBF lamenta a forma como se deu a publicação, pede desculpas por eventuais mal-entendidos e reafirma sua confiança nas medidas que vêm sendo discutidas conjuntamente entre as entidades, no sentido de prevenir a repetição de incidentes semelhantes.
Infelizmente, episódios de violência como esses ocorrem em outras partes do continente, inclusive no Brasil. Por isso, acreditamos que o diálogo entre as entidades nacionais deve ser constante, transparente e cada vez mais intenso, com foco na prevenção e na construção de ambientes mais seguros para todos os envolvidos no espetáculo esportivo.
A CBF sempre manteve uma relação amigável com as outras entidades do futebol sul-americano, deixando de lado as rivalidades e trabalhando em conjunto por um futebol melhor.
Em particular, a relação entre a CBF e a AFA sempre foi guiada pelo respeito, admiração mútua e compromisso compartilhado de fortalecer o futebol em nossa região.
Estamos juntos e totalmente comprometidos, ao lado da Conmebol, com a tarefa de erradicar a violência no futebol, assim como qualquer forma de discriminação nos estádios, um dos pilares da atual gestão.