César Luis Menotti, aquele que batizou uma forma de jogar futebol | OneFootball

A capacidade apaixonante do futebol em cativar bilhões de pessoas ao redor do globo tem, como um dos pontos, a sua versatilidade. Seja você um amante do alto volume de oportunidades de gol, de uma ideia mais pautada pela eficiência, das famosas zebras… há espaço para todos. Porém, não são todos que conseguem fazer de sua filosofia uma identidade com tal crivo como fez César Luis Menotti.

No plano físico, Menotti nos deixou no último domingo (5), aos 85 anos de idade. Apesar da causa da morte não ser oficial, sabe-se que ele lutou contra um quadro de anemia grave nos últimos meses o qual chegou a receber alta do hospital no último mês de abril. Entretanto, é fato que seu legado ultrapassa qualquer medida material. Isso porque seu trabalho está cravado no local mais imaterial e acessível possível: a história do esporte mais popular do planeta.

Foto: Stringer/AFP via Getty Images

História

Com a pelota nos pés, o argentino natural de Rosario teve sua relevância. Com passagem pelo Santos, aliás, no fim da década de 1960. Desse modo, ele pôde dividir vestiário com o Rei Pelé e sua esquadra avassaladora. Entretanto, o futebol reservava um lugar no Olimpo dos treinadores para aquele que, com a bola, deve se trabalhar intensamente.

Huracán. Argentina. Barcelona. Boca Juniors. Peñarol. Atlético de Madrid. River Plate. México. Independiente. Sampdoria. Puebla. Tecos UAG. Clubes e seleções com locais, histórias e feitos distintos. Todavia, que nutrem, em comum, uma notória admiração pelo trabalho de Menotti. Trabalho esse sempre baseado em como dominar o adversário através da incontestável superioridade técnica e tática.

Foto: Adalberto Roque/AFP via Getty Images

Intensidade não é apenas velocidade

É importante ressaltar que isso não tinha a ver somente com velocidade. Aliás, a correria era algo que ele não tinha como conceito absoluto, pelo contrário. Para Menotti, o cérebro era a única condição inegociável de sua estratégia, eternizado na sua célebre frase:

“Você pode parar de correr, parar de jogar por longos minutos… A única coisa que você não pode fazer é parar de pensar.”

Que jamais paremos de pensar no Menottismo. Nas figuras que contribuem para o futebol e sua expressão de arte. Afinal, aquele que batizou uma forma de jogar estará sempre olhando (e avaliando, certamente) o que foi feito de sua obra.