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·28 de fevereiro de 2021

Chelsea e Manchester United falham em outro jogo grande e ficam no empate

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Chelsea e Manchester United fizeram um jogo movimentado em Stamford Bridge, algo que o placar de 0 a 0 não indica. O problema é que os dois falham em algo similar: em jogos contra equipes do Big 6. Os dois times criaram e buscaram o gol, se alternando ao longo da partida em momentos, mas no fim, o empate sem gols foi um resultado justo e que não é bom para ninguém. Não falta exatamente qualidade aos dois times, mas falta capacidade de decidir em momentos cruciais.

Os dois times sofrem contra equipes do chamado Big 6. O Chelsea só tem uma vitória contra esses times, em um triunfo contra o Tottenham, no pior momento dos Spurs na temporada. O Manchester United simplesmente não venceu nenhum dos times deste grupo dos mais fortes times ingleses. Há alguma regularidade nos dois times, mas falta exatamente o poder de decisão que os levou a empatar em Stamford Bridge neste domingo.


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Ninguém em sã consciência acha que o United tem chance de conquistar o título, ainda que seja o segundo colocado e o mais próximo do Manchester City. A distância na tabela, de 10 pontos, é menor do que em campo, onde os Citizens são muito melhores. O Chelsea, por sua vez, perde a chance de entrar nos quatro primeiros colocados, ficando a um ponto do West Ham, que perdeu na rodada para o City.

O confronto gerava muita expectativa, porque Tuchel claramente melhorou o Chelsea, enquanto Solskjaer tem mantido o Manchester United com um bom rendimento, especialmente fora de casa, e leva a equipe à segunda posição na Premier League. Os dois times trouxeram novidades nas escalações e também tinham desfalques.

No Chelsea, Timo Werner foi para o banco. No meio-campo, nada de Jorginho e N’Golo Kanté e Mateo Kovacic formaram o setor mais defensivo. O esquema de três zagueiros teve Antonio Rüdiger, Andreas Christensen e o capitão César Azpilicueta, já que Thiago Silva está machucado, com o ponta Callum Hudson-Odoi como ala pelo lado direito. Uma forma de tornar o time mais ofensivo pelos lados, já que na esquerda e ele escalou Ben Chilwell, depois de alguns jogos com Marcos Alonso como titular.

No Manchester United, sem Paul Pogba machucado, o meio-campo foi formado por Scott McTominay, Fred, Bruno Fernandes e Daniel James na ponta direita, com Marcus Rashford pela esquerda. Mason Greenwood foi colocado no centro, ainda que se movimentando muito. Anthony Martial ficou no banco e Edinson Cavani ficou fora por lesão.

No primeiro tempo, os dois times se alternaram por ali, mas o lance que gerou mais controvérsia foi um toque de mão de Callum Hudson-Odoi, não marcado pela arbitragem e também não confirmado pelo VAR, embora tenha sido revisado (como todo possível pênalti, aliás). Os dois times tiveram boas bases, trocas de base, mas não conseguiam ter um lance decisivo. Faltou sempre um pouco, em geral para criar a chance de fato, com um passe melhor, ou um cruzamento mais preciso.

No começo do segundo tempo, Ben Chilwell chegou com perigo pela esquerda, cruzou rasteiro e Hakim Ziyech finalizou de primeira. De Gea fez uma grande defesa e impediu os Blues de abrirem o placar. Foi um bom indício do que seria o segundo tempo.

O Manchestrer United passou a tentar chegar. Um contra-ataque foi desperdiçado depois de um raro erro de passe de Bruno Fernandes para Rashford, mas logo depois Grenwood tabelou com Daniel James e chutou perigoso de fora da área, mas mandou para fora.

Aproveitando o momento, o time chegou novamente trocando passes, Rashford tocou para Luke Shaw, que cruzou rasteiro, a bola passou perigosamente pela área e sobrou do outro lado. Aaron Wan-Bissaka pegou a sobra e cruzou rasteiro para trás, onde estava McTominay. O escocês chutou e o goleiro Edouard Mendy defendeu.

Aos poucos, foi o Chelsea que retomou o ataque e deixou o United sem conseguir chegar ao seu gol por 18 minutos. Para reagir, o time de Tuchel tentou acelerar um pouco o jogo. Para aumentar essa velocidade em campo, o técnico do time da casa tirou o centroavante Olivier Giroud e colocou o americano Christian Pulisic. Ziyech passou a ser uma espécie de falso 9, aos 20 minutos.

Não demorou muito para que o Chelsea mexesse novamente no time, desta vez tirando Ziyech e colocando em campo Timo Werner, um centroavante de fato e mais acostumado a jogar naquela posição. Kovacic arriscou de fora da área, assim como Azpilicueta depois, ambas defendidas confortavelmente por David De Gea. Tentando reagir, Solskjaer também mudou, com a saída de Greenwood e a entrada de Martial.

Reece James chegou com perigo pela direita, cruzou e Lindelof impediu que a bola chegasse a Werner, que estava pronto para tocar de cabeça para o gol. Uma ótima intervenção do zagueiro sueco. Melhor em campo, o Chelsea tentava chegar mais e sair com a vitória.

O United conseguiu um bom contra-ataque aos 44 minutos. Fred fez bom passe para McTominay na direita e o escocês tinha campo aberto, com o United em vantagem numérica, mas ele errou o passe para Martial, que saiu curto, e Kanté interceptou para salvar o Chelsea de um ataque perigoso.

O United está em boa posição para garantir uma vaga na próxima Champions League porque é um time regular. Para conquistar um título, como da Liga Europa, por exemplo, onde o time está vivo, será preciso ter um pouco mais de capacidade de decidir os jogos. O time ainda está na disputa da Copa da Inglaterra também, com jogo marcado para março, e também precisará mostrar algo mais do que vimos em campo.

O Chelsea também está vivo na Copa da Inglaterra, assim como na Champions League, onde venceu o Atlético de Madrid no fim de semana. O time tem potencial para estar acima do atual quinto lugar, mas precisará ser capaz de decidir mais jogos difíceis.

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