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·16 de abril de 2020
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Com o intuito de fundar uma nova instituição, um grupo de amigos e ex-sócios do clube Santa Fe Footbal Club, encabeçados por Belisario Osuna, se reuniram na casa da família Baragiola, situada na rua Catamarca – atual Eva Perón – número 2652, em Santa Fe. Nesse cenário, em 15 de abril de 1907, foi redigido o ato fundador do “Club United”, um nome que desejava simbolizar o inabalável laço de amizade estabelecido entre os precursores, uma concepção de Cayetano Bossi, mas, também, simbolizou a maciça influência inglesa no futebol argentino da época.
“Eu tenho o nome perfeito para esta união indestrutível. Um nome que irá refletir nossa amizade que nos une há anos. Por isso, o clube deveria se chamar United, que significa unidos em inglês”.
Dessa maneira, desde a Assembléia celebrada em 30 de julho daquele ano, o clube passou a ter aquele nome. Com ele, em 21 de julho de 1907, disputou a primeira partida de sua história, que acabou com uma vitória por 4-1 diante do San Carlos Centro. A designação perdurou até dezembro de 1912, quando, após uma proposta de Antonio Baragiola, o clube passou a se chamar Unión Foot-ball Club. Pouco tempo depois, porém, adotou-se Club Atlético Unión.
Já a primeira taça conquistada, a Copa Zucchi, veio após derrotar o Red Star na decisão. Estabelecido no cenário regional, o Unión, juntamente com outras equipes, auxiliou na fundação, em 1907, da Liga Regional Santafesina. Em pouco tempo, o clube estabeleceu uma supremacia tanto na cidade de Santa Fe quanto em seus arredores.
As primeiras indumentárias utilizadas pela equipe eram compostas por uma camisa branca, com colarinho e punhos em preto, calça e meias pretas. Entretanto, durante a Assembléia de 30 de julho de 1907, duas moções acerca do tema vestuário foram apresentadas.
Ambas apontavam para a adesão de listras verticais, mas em cores distintas. Enquanto o Senhor Federico Achemback propunha preto e vermelho, os Senhores Antonio Baragiola e Bossi, em homenagem ao Alumni Athletic Club, equipe hegemônica durante a década de 1900 na Argentina, sugeriam vermelho e branco. Assim, uma votação elegeu essa última como vencedora.
Desde então, o campo localizado entre as ruas Urquiza, Suipacha, Francia e Junín, onde atualmente funciona a escola Nuestra Señora del Calvario, passou a ter como usuário mais assíduo a “Los Rojiblancos”. Entretanto, o presidente honorário, Ricardo Reinhold, decidiu que, a partir de abril de 1908, o Unión passaria a mandar suas partidas em outras instalações, mais precisamente onde hoje encontra-se o prédio da Universidade Nacional da Costa.
Foi ali que, em 30 de março de 1913, ocorreu o primeiro Clássico Santafesino. Com uma equipe alternativa, já que priorizava a disputa da Liga Rosarina, uma vez que havia se desligado da Liga Santafesina, da qual foi uma das equipes formadoras, o Unión saiu derrotado pelo Colón, 3-2. No mês seguinte, novamente sem contar com força máxima, novo revés, 5-1.
Apesar desses serem historicamente os primeiras duelos, ambos possuíam caráter de amistosos. Assim, a primeira partida oficial disputa entre ambos ocorreu em 10 de agosto de 1913, válida pela Liga Santafesina, da qual o Unión voltava a fazer parte. Mesmo assim, “Los Rojiblancos” continuavam concentrando forças em Rosário, onde terminaram na 3ª colocação. Logo, foram novamente goleados, 5-1. Apenas na temporada seguinte, em 21 de junho de 1914, o Unión escalou os titulares para o embate contra o Colón, no entanto não existem registros do resultado final do confronto.
Em 15 de agosto de 1915, o Unión venceu o derby pela primeira vez, 2-1. No ano seguinte, por mais que “Los Rojiblancos” tenham conquistado no campo a Liga Santafesina, entreveros com cartolas acarretaram no não reconhecimento do título. Mesmo ameaçando boicotar a próxima edição, “Los Rojiblancos” não somente ficaram sem a taça, como viram o Colón ser declarado campeão. Essa foi a gota d’água que deu início a uma das principais rivalidades do futebol argentino.
Em 1917, o Unión não somente participou como também conquistou, desta vez sem asterisco, a Liga Santafesina. Entre 1919 e 1926, o torneio foi conquistado em outras cinco oportunidades. Concomitantemente aos títulos, o clube viabilizou, em 28 de maio de 1926, a aquisição do terreno para a construção da sua própria cancha.
Três anos depois, em 28 de abril, o Unión inaugurou o Estádio 15 de Abril. Na época, os jornais descreveram o novo estádio como “um dos maiores e mais confortáveis do país”. Para as celebrações, o então governador da província de Santa Fe, Pedro Gómez Cello, foi convidado para realizar o pontapé inicial da partida contra a Associação Amadora de Futebol. Com gols de Faccioni, Mir e Federico Wilde, “Los Rojiblancos” venceram por 3-1.
Atualmente, o campo, que possui capacidade máxima para 28 mil pessoas, continua sendo a casa dos torcedores do Unión, os quais graças ao empreendimento foram apelidados de “Los Tatengues”. Explica-se: situado na Avenida López y Planes, número 3553, isto é, no macrocento”da cidade de Santa Fe, um tradicional bairro de pessoas de elevado poderio financeiro, as quais, de acordo com a gíria da época, eram denominadas “tatengues”, expressão que no português seria algo como “pessoas com a vida ganha”.
Ainda promovendo o novo estádio, em 17 de junho de 1929, o Unión recebeu o Chelsea. Em excursão pelo país, os ingleses, que haviam derrotado, em Buenos Aires, a Seleção Argentina por 1-0 e o Club Atlético San Lorenzo de Almagro por 2-0, além de terem empatado com o Independiente. Porém, em Santa Fe, acabaram goleados, 5-0.
De casa própria, em 1931, o Unión acompanhou o advento da Associação de Futebol da Argentina (AFA) e a consequente profissionalização do esporte bretão na Argentina. Em 9 de agosto daquele ano, ocorreu o primeiro Clássico Santafesino do profissionalismo, válido pela 4ª rodada da Liga Santafesina. Naquela época, vale lembrar, a Liga Argentina vetava a participação das equipes provincianas, postura que seria modificada somente em 1934.
O Colón vencia por 2-1 até que, aos 23 minutos da etapa complementar, o árbitro, Rogelio Loria, apontou para a marca da cal. Indignados com a marcação, “Los Sabaleros” abandonaram o campo. Dessa maneira, a Liga Santafesina decretou o Unión como vencedor. Como protesto, então, o Colón retirou todas suas equipes das competições organizadas pela Liga, enquanto essa não o ressarcisse. Pressionada, a organização voltou atrás, anulou a partida e reagendou para 9 de agosto um novo duelo, vencido pelo Colón por 2-0.
Mesmo com o revés, haviam motivos para comemorar. Fora de campo, o clube continuava se estruturando. Nesse sentido, em 13 de dezembro de 1931, o Unión disputou sua primeira partida noturna como mandante. Na ocasião, “Los Tatengues” bateram o Rosário Central por 3-1. Vanguardista, o clube consolidou ainda mais sua supremacia regional. Sendo assim, levantou a Liga Santafesina em: 1932, 1934, 1935, 1936, 1938, 1939 e 1940.
Observando o momento do clube de Santa Fé, o então técnico da Seleção Argentina, o italiano Felipe Pascucci, convocou para a Copa do Mundo de 1934 dois “Rojiblancos”: Federico Wilde e Alberto Galateo, que anotou um dos gols da Albiceleste na derrota para Suécia por 3-2. No ano seguinte, o Unión obteve outra vitória internacional. Desta vez, bateu por 6-5, no Estádio 15 de Abril, um combinado de atletas do Atlético de Madrid e do Espanyol, que excursionavam pela Argentina.
Restrito ao âmbito regional, onde reinava soberano, o Unión, somente em 1940, é aceito pela AFA. No entanto, diferentemente de outras equipes, tais como o Newell’s Old Boys e o Rosário Central, o clube de Santa Fe não ingressou à primeira divisão de imediato.
Assim, “Los Tatengues” iniciaram na segunda divisão, na qual debutaram, em 28 de abril, com uma vitória por 4-2 contra o Estudiantes de Caseros. Marcaram, respectivamente, Juan Ulrich, duas vezes, Mario Gerve e Juan Bovadilla. Em 1º de agosto de 1948, aconteceu o primeiro Clássico Santafesino em torneios nacionais sob chancela da AFA. Válido pela 11ª rodada, o Colón venceu pela vantagem mínima, com gol de Salomón Elías. Mais de uma década depois, o Unión se vingou: ao golear por 4-1, praticamente sacramentou o rebaixamento do maior rival à Primeira C.
Após 26 anos no segundo escalão do futebol argentino, o Unión, enfim, acende à primeira divisão. O acesso, aliás, veio em grande estilo, com título. Depois de 23 vitórias, dez empates e seis derrotas, “Los Tatengues”, em 26 de novembro de 1966, derrotaram o Talleres de Remedios de Escalada por 3-0 e, com isso, sagraram-se campeão da B Nacional com três rodadas de antecedência. Marcaram, respectivamente, Orlando “El Fantasma” Ruíz e Victorio Nicolás Cocco.
Apesar do arranque promissor, com vitórias contra o Banfield por 1-0, com gol anotado por Ruíz, o primeiro do Unión na elite do futebol argentino, e Chacarita Juniors, a equipe comandada pelo técnico uruguaio Washington “El Pulpa” Etchamendi não teve fôlego.
Mesmo com o triunfo frente ao River Plate, em pleno Monumental de Núñez, o primeiro de uma equipe de Santa Fe na casa de “Los Millionarios”, “Los Tatengues” foram rebaixados à segunda divisão. Ao todo, foram cinco vitórias, dez empates (sendo dois contra o Colón) e oito derrotas.
Porém o retorno veio rapidamente. Já na temporada de 1968, através de um Torneio Reclassificatório, o Unión, vice-campeão da Primeira B, enfrentou o Nueva Chicago e venceu por 3-0. Naquela ocasião, “Los Rojiblancos” formaram com (1-2-3-5): Garzón; Cabrol e Figueroa; Sauco, Casal e Dusso; Lapalma, Zanabria, Vitale, Ruiz e Mendoza.
De volta à elite, em 25 de maio de 1969, o Unión bateu, fora de casa, o Colón por 1-0. Esse foi o primeiro “Clasico Santafesino” de primeira divisão que terminou com um vencedor. O artilheiro magro da partida foi Néstor Leonel Scotta.
Após duas temporadas no principal pelotão do futebol argentino, o Unión foi rebaixado. Em meio a esse cenário, em 31 de janeiro de 1971, a Assembléia dos Sócios aprovou a proposta do então presidente, Julio Baldi, de desvincular o clube da AFA e, com isso, tentar regressar à primeira divisão por meio dos Regionais.
Depois de dois anos sem conseguir lograr êxito nessa escalada, o Unión, liderado pelo então presidente, Super Manuel Corral, solicitou sua refiliação. Esse foi o primeiro passo para o terceiro acesso de “Los Tatengues”, que se concretizou em 14 de dezembro de 1974, com a vitória por 1-0 contra o Estudiantes de Buenos Aires.
Imediatamente após a promoção, o corpo de diretores começou a planejar em um novo Unión. Para encabeçar esse projeto, Manuel Corral trouxe o técnico Juan Carlos “El Toto” Lorenzo, que havia acabado de ser campeão espanhol com o Atlético de Madrid. Além disso, viabilizou as contratações do goleiro Hugo Gatti, ex-Gimnasia y Esgrima, do meio-campista Rubén José Suñé, ex-Hurucán, dos atacantes Ernesto Enrique Mastrángelo e Víctor Bottaniz, ex-River Plate, Víctor Marchetti e Leopoldo Luque, ex-Rosário Central.
Partidas como a vitória contra o Boca Juniors, a primeira na história do Unión, por 2-1, a goleada frente ao Racing por 7-1 e o triunfo sobre o River Plate por 2-0, mostraram que o grupo montado por Toto Lorenzo era muito mais que um amuntuado de bons jogadores. Mesmo assim, o título não veio. Com 49 pontos, “Los Rojiblancos” terminaram na 4ª colocação.
Quanto anos depois, o título ficou ainda mais perto. Sob o comando do técnico Reinaldo Volken, o Unión chegou à final do campeonato argentino com o River Plate. A primeira partida, em Santa Fe, terminou empatada em 1-1, ao passo que a segunda, em Buenos Aires, acabou 0-0. Sendo assim, pelo critério do gol marcado fora de casa, o River sagrou-se, em 23 de dezembro, campeão de 1979.
No entanto, campanhas como aquelas nunca mais ocorreram. Desde então, “Los Tatengues” acumularam campanhas medianas até que, em 1988, foi novamente rebaixado. Aliás, o descenso adquiriu contornos dramáticos, visto que se deu nos pênaltis contra o Racing de Córdoba, nas quais Jorge García, ex-Rosario Central, desperdiçou a cobrança derradeira.
Porém, após uma boa campanha na B Nacional, o Unión, que terminou a competição na 3ª colocação, se candidatou a disputa do Torneio Reclassificatório. Para acender novamente à elite, “Los Sabaleros” tinham nada mais nada menos que seu eterno rival, o Colón, pela frente. Fora de casa, no Estádio Brigadier López, Echaniz e Altamirano, de pênalti, deram a vitória para “Los Rojiblancos”. Em 29 de julho de 1989, no Estádio 15 de Abril, Leonardo Madelón confirmou não somente a promoção do Unión, como também o descenso do Unión, que tem nesse dia como um dos mais importantes de sua história.
Atolado em uma crise financeira, três temporadas mais tarde, o clube foi novamente rebaixado. Assim, em 28 de junho de 1992, ao ser derrotado, fora de casa, pelo Deportivo Madiyú, o Unión descendeu outra vez à B Nacional.
Na temporada seguinte, um histórico “Clasico Santafesino” foi disputado. Em 27 de março, Unión e Colón empataram por 1-1. O tento de “Los Tatengues” foi anotado por Hernán René Solari, que na madrugada seguinte ao duelo, faleceu após sofrer um acidente de trânsito.
Em meio a dor da perda e sufucado pelas dívidas, o Unión procurava juntar os cascos para se reconstruir. Desse modo, depois da eleição de Ricardo Tenerello para presidente, o clube tomou um novo rumo. Auxiliado por outros dois líderes internos, Don Ángel Malvicino e Juan Leonardo Vega, o mandatário completou com êxito a árdua tarefa de livrar a instituição da vala econômica onde estava soterrada.
Impulsionado pelo hino oficial, lançado em 29 de abril de 1996, o projeto dentro das quatro linhas possuía um objetivo claro: apostar na cantera. E deu certo. Apenas com a aquisição de peças pontuais, tais como Pablo Bezombe, Héctor “El Pochola” Sánchez e Araña Maciel, pratas da casa como José Luis Marzo, Darío Cabrol, Eduardo Magnín, Lautaro Trullet, Sebastián Clotet, Martín Mazzoni e Rubén Garate, foram essenciais na quinta promoção da história do clube de Santa Fe.
Em 5 de setembro de 1999, ainda na primeira divisão, o Unión tinha pela frente o Colón, o qual não vencia desde o Torneio Reclassificatório de 1989. Mesmo assim, no último “Clasico Santafesino” do século XX, “Los Tatengues” derrotaram “Los Sabaleros” por 2-0, com gols de Trullet e Silvera. Com a vitória, o clube do Estádio 15 de Abril tomou à frente no histórico de vitória do confonto. No dia seguinte, o título do jornal santafesino “El Tablón” era: “Papai do Século”.
Sempre flertando com a parte de baixo da tabela, na temporada 2001-02, o Unión precisou disputar a promoção (o equivalente a um Playoff), em 26 de maio de 2002, contra o Gimnasia y Esgrima de Concepción del Uruguay para se mantar na divisão de elite. Três dias antes, fora de casa, “Los Tatengues” perderam por 3-1. Porém, no Estádio 15 de Abril, venceram por 3-0, com gols de Perezlindo, Mazzoni e Israilevich, e, portanto, permaneceram na primeira divisão.
No entanto, a alegria durou pouco. Isso porque no ano seguinte, mais precisamente em 29 de junho, o Unión, ao perder por 3-1 para o Nueva Chicago, foi novamente rebaixado. Nessa temporada, vale ressaltar, “Los Tatengues”, devido aos inundações em Santa Fe provocadas pelas fortes chuvas, precisaram mandar a partida frente ao River Plate no estádio do Patronato, na província de Paraná.
Brigando contra o rebaixamento à Primeira B Metropolitana do início ao fim do campeonato, o Unión conseguiu se salvar somente na última rodada. Em 5 de junho, “Los Tatengues” venceram por 1-0 El Porvenir, com gol de Emanuel “Memo” Torres, e, também, se aproveitaram da derrota por 4-0 do Los Andes diante do Belgrano. Ainda assim, tiveram que disputar a promoção contra o Tristán Suárez. Na partida de ida, 0-0; na volta, em Santa Fe, “Los Rojiblancos” venceram por 3-0 para delírio de Nereo Fernández.
Desde então, o Unión passou a acumular campanhas medianas. Em 15 de abril de 2007, o clube completou 100 anos de história. Como comemoração, os hinchas confeccionaram uma das bandeiras mais grandes da Argentina que cobre o Estádio 15 de Abril por completo. Quatro anos depois, o verdadeiro presente: a equipe comandada por Frank Darío Kudelka e que contava com Pablo Pérez no elenco, ascendeu novamente à primeira divisão como vice-campeão da B Nacional.
Porém, na temporada 2012-13, o 6º descenso se concretizou após a derrota por 4-2 para o San Lorenzo, no Estádio Nuevo Gasómetro. Já na temporada seguinte, ascendeu novamente. Com ampla superioridade, o Unión sagrou-se campeão da B Nacional, e, ainda na 19ª rodada, a equipe comandada por Madelón, após vencer o Temperley por 2-0, com gols de Claudio Guerra e Gamba, garantiu o acesso.
Desde então, apesar das trocas no comandado técnico, visto que passaram Juan Pablo Pumpido e Pablo Marini até o retorno, em julho de 2017, de Madelón, o Unión está na primeira divisão. A equipe, aliás, vem fazendo campanhas sólidas.
Na temporada 2017-2018, o Unión terminou o primeiro turno da Superliga Argentina na 3ª colocação, superando e muito as expectativas. No entanto, no decorrer do segundo turno, a equipe passou a perder pontos para equipes da parte de baixo da tabela, como San Martín, com quem empatou por 1-1, Argentinos Juniors, contra quem perdeu, de virada, por 3-1, e Tigre, que conseguiu empatar em 3-3 no último lance do confronto.
Assim, pela primeira vez durante a competição, o Unión se encontrou fora da zona de classificação para os torneio internacionais. Na antepenúltima rodada, porém, o triunfo por 3-0 contra o Talleres manteve o sonho vivo. Mesmo com o revés para o Boca Juniors na rodada seguinte, o Unión dependia somente de si para se classificar. Então, em 12 de maio de 2018, no Estádio 15 de Abril, “Los Tatengues”, com gol de Franco Soldano, venceram o Independiente e, com isso, se classificaram à Copa Sul-Americana 2019, a primeira competição internacional da história do clube.
Dessa maneira, a primeira partida internacional oficial disputada na história Unión ocorreu em 20 de março de 2019. Na ocasião, atuando em seus domínios, “Los Tatengues” venceram o Independiente Del Valle-EQU por 2-0, com gols de Mazzola e Litti. Apesar da boa vantagem, em Quito, o conjunto equatoriano devolveu o placar e avançou nas penalidades.
Na temporada 2018-19, uma outra boa campanha na Superliga Argentina: 8ª colocação, com 36 pontos conquistados, nove vitórias, nove empates e sete derrotas. Classificado novamente à Copa Sul-Americana, o Unión encarou, em 6 de fevereiro deste ano, o Atlético Mineiro. Em Santa Fe, “Los Tatengues” construíram uma expressiva vantagem ao vencerem por 3-0, com gols de Walter Bou, Carabajal e Cabrera.
Na partida de volta, no Independência, os argentinos flertaram com a eliminação, mas mesmo com a derrota por 2-0 se classificaram à segunda fase do torneio. Mais de dois mil hinchas percorreram cerca de 2.700 quilômetros e foram as lágrimas em Belo Horizonte com a classificação do Unión, um clube “yoyo”, sem títulos expressivos mas que propícia, desde 15 de abril de 1907, o sentimento básico do futebol: paixão.