Clubes da Conmebol DOMINAM europeus, mas não vencem no Mundial | OneFootball

Clubes da Conmebol DOMINAM europeus, mas não vencem no Mundial | OneFootball

In partnership with

Yahoo sports
Icon: OneFootball

OneFootball

·17 de junho de 2025

Clubes da Conmebol DOMINAM europeus, mas não vencem no Mundial

Imagem do artigo:Clubes da Conmebol DOMINAM europeus, mas não vencem no Mundial

Três confrontos diretos entre times da Conmebol e da Uefa no novo formato do Mundial de Clubes da Fifa foram disputados até agora em 2025.

Todos terminaram empatados, mas os dados revelados por pelo perfil de estatísticas no X, @2010MisterChip, mostram o seguinte panorama: os sul-americanos produziram mais ofensivamente, apesar de menor posse de bola.


Vídeos OneFootball


Fluminense 0 x 0 Borussia Dortmund

Palmeiras 0 x 0 Porto

Boca 2 x 2 Benfica

Segundo levantamento do analista espanhol, os números combinados dos três duelos entre representantes das duas confederações apresentam:

  • Posse de bola: UEFA 53% x 47% CONMEBOL
  • Finalizações totais: CONMEBOL 41 x 26 UEFA
  • Finalizações no alvo: CONMEBOL 12 x 9 UEFA

Empates não traduzem os jogos

Os confrontos terminaram todos empatados — inclusive o mais recente entre Fluminense e Borussia Dortmund, que ficou no 0 a 0 nesta terça-feira (17).

Apesar da igualdade nos resultados, os números expõem uma realidade que contrasta com a narrativa tradicional do domínio europeu.

A maior posse da UEFA é previsível, dado o perfil técnico-tático de seus clubes, que valorizam a circulação paciente e o controle territorial.

No entanto, o volume de finalizações e chutes certos favoráveis aos clubes da América do Sul revela uma postura mais agressiva e eficaz no terço final do campo.


Estilo sul-americano incomoda?

Taticamente, os jogos evidenciaram uma diferença de abordagem. Os clubes da Conmebol apostaram em transições rápidas, uso das alas e finalizações de média distância, enquanto os europeus priorizaram a construção controlada.

A disparidade nos chutes mostra que, mesmo com menos tempo com a bola, os sul-americanos foram mais objetivos.

Esse dado é especialmente relevante em um torneio onde o equilíbrio técnico é muitas vezes subestimado. Ao criar mais chances claras, mesmo diante de estruturas táticas teoricamente superiores, os sul-americanos reforçam que o abismo entre os continentes já não é tão grande quanto muitos projetavam.


Impressões e repercussão

A estatística repercutiu amplamente nas redes, com muitos torcedores e analistas latino-americanos destacando a competitividade dos clubes do Sul. Comentários como “faltou o gol, mas sobrou intensidade” ou “temos mais punch, só precisamos de mais precisão” foram frequentes entre torcedores do Fluminense e Boca Juniors — dois dos representantes da Conmebol no torneio.

Do lado europeu, parte da imprensa alertou para a baixa produtividade ofensiva dos gigantes, especialmente em comparação com o número de chances permitidas.

O L’Équipe, por exemplo, destacou a “eficiência defensiva dos sul-americanos, aliada a um espírito competitivo que equilibrou o duelo físico e técnico”.

Este navegador não é compatível. Use um navegador diferente ou instale o aplicativo

video-poster

Expectativa crescente para os próximos embates

Com esses dados em mãos, a tendência é que os próximos confrontos entre sul-americanos e europeus no torneio ganhem ainda mais atenção.

Apesar das desigualdades financeiras, Palmeiras, Fluminense e Boca Juniors mostraram que podem competir de igual para igual, e até finalizar mais, do que os favoritos da Uefa.

Se os empates se transformarão em vitórias, só o restante do torneio dirá. Mas a mensagem já foi passada: a América do Sul chegou para competir – e atacar.


📸 Francois Nel - 2025 Getty Images