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·17 de junho de 2025
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·17 de junho de 2025
Três confrontos diretos entre times da Conmebol e da Uefa no novo formato do Mundial de Clubes da Fifa foram disputados até agora em 2025.
Todos terminaram empatados, mas os dados revelados por pelo perfil de estatísticas no X, @2010MisterChip, mostram o seguinte panorama: os sul-americanos produziram mais ofensivamente, apesar de menor posse de bola.
Fluminense 0 x 0 Borussia Dortmund
Palmeiras 0 x 0 Porto
Boca 2 x 2 Benfica
Segundo levantamento do analista espanhol, os números combinados dos três duelos entre representantes das duas confederações apresentam:
Os confrontos terminaram todos empatados — inclusive o mais recente entre Fluminense e Borussia Dortmund, que ficou no 0 a 0 nesta terça-feira (17).
Apesar da igualdade nos resultados, os números expõem uma realidade que contrasta com a narrativa tradicional do domínio europeu.
A maior posse da UEFA é previsível, dado o perfil técnico-tático de seus clubes, que valorizam a circulação paciente e o controle territorial.
No entanto, o volume de finalizações e chutes certos favoráveis aos clubes da América do Sul revela uma postura mais agressiva e eficaz no terço final do campo.
Taticamente, os jogos evidenciaram uma diferença de abordagem. Os clubes da Conmebol apostaram em transições rápidas, uso das alas e finalizações de média distância, enquanto os europeus priorizaram a construção controlada.
A disparidade nos chutes mostra que, mesmo com menos tempo com a bola, os sul-americanos foram mais objetivos.
Esse dado é especialmente relevante em um torneio onde o equilíbrio técnico é muitas vezes subestimado. Ao criar mais chances claras, mesmo diante de estruturas táticas teoricamente superiores, os sul-americanos reforçam que o abismo entre os continentes já não é tão grande quanto muitos projetavam.
A estatística repercutiu amplamente nas redes, com muitos torcedores e analistas latino-americanos destacando a competitividade dos clubes do Sul. Comentários como “faltou o gol, mas sobrou intensidade” ou “temos mais punch, só precisamos de mais precisão” foram frequentes entre torcedores do Fluminense e Boca Juniors — dois dos representantes da Conmebol no torneio.
Do lado europeu, parte da imprensa alertou para a baixa produtividade ofensiva dos gigantes, especialmente em comparação com o número de chances permitidas.
O L’Équipe, por exemplo, destacou a “eficiência defensiva dos sul-americanos, aliada a um espírito competitivo que equilibrou o duelo físico e técnico”.
Com esses dados em mãos, a tendência é que os próximos confrontos entre sul-americanos e europeus no torneio ganhem ainda mais atenção.
Apesar das desigualdades financeiras, Palmeiras, Fluminense e Boca Juniors mostraram que podem competir de igual para igual, e até finalizar mais, do que os favoritos da Uefa.
Se os empates se transformarão em vitórias, só o restante do torneio dirá. Mas a mensagem já foi passada: a América do Sul chegou para competir – e atacar.
📸 Francois Nel - 2025 Getty Images