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·15 de março de 2021

Com declaração de aptidão, defesa de Dedé tenta reverter decisão da Justiça para rescindir contrato com Cruzeiro

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A novela entre Dedé e Cruzeiro na Justiça do Trabalho ganhou mais um capítulo nesta segunda-feira (15). Os advogados de defesa do jogador agiram para tentar uma reversão da decisão do desembargador Paulo Maurício Ribeiro Pires, que suspendeu a rescisão contratual do jogador. A informação foi divulgada pelo ge.

Serão anexados dois documentos por parte da defesa do zagueiro. A primeira, uma declaração do médico Márcio Tannure, responsável pela realização da cirurgia do jogador em março de 2020, afirma que Dedé está apto para retorno às atividades físicas e treinamentos de futebol sem restrições.


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O segundo documento inserido pelos advogados foi um extrato previdenciário do atleta, que mostra que Dedé só gozou de recursos advindos do INSS entre 14 de novembro de 2019 e 31 de janeiro de 2020.

Essas duas documentações vão de encontro com a decisão do desembargador, dada na quinta-feira (11), que suspendeu a rescisão do jogador com o Cruzeiro.

— Assevera o impetrante, em suma, que o reconhecimento da rescisão indireta depende de dilação probatória, notadamente porque o litisconsorte encontra-se em gozo de benefício previdenciário e com contrato de trabalho suspenso, em razão de incapacidade laborativa, de modo que a pretensão de rescisão contratual se mostra juridicamente impossível. Entende, pois, necessária a realização de “prova técnica médica” para que seja comprovado o real estado clínico do atleta e sua aptidão para o retorno a competições de alto nível, assim como a compatibilidade do pleito de extinção do contrato de trabalho.

O advogado do atleta celeste, antes de anexar os documentos, afirmou ao ge que os argumentos não são válidos e que a rescisão tem de ser aceita.

— Juntamos na sexta-feira, e hoje eu vou pedir a reconsideração. Se ele negar, que é o que acho que ele vai fazer. Nós estamos juntando os comprovantes de INSS, mostrando que ele não goza de benefício algum, e também juntando o laudo médico, do médico que operou o Dedé, que ele tem plenas condições de praticar o esporte, tanto é que ele está treinando. A gente vai tentar mostrar a ele que ele cometeu um erro. Mostrando que o Dedé tem condições e que ele não goza de benefícios. Se ele quiser entender, ótimo. Se não, aí o caminho é ir para cima. Até para o CNJ (Conselho Nacional de Justiça), eu vou. Se tiver que fazer reclamação contra o desembargador, eu vou —, avisou Carlos André.

Por fim, ele completa desconversando a respeito da situação física de Dedé e que esse não seria o assunto principal na ação.

— Isso daí é segundo plano. O que importa, para lei, é se há atraso no FGTS ou salário. Não há que se discutir se o Dedé tem condição de jogo ou não. Existe o artigo 31 da lei 9.615, que diz que, havendo três meses de atraso no salário ou FGTS… Ou seja, ele mesmo evidencia os atrasos. Ele vai e cassa a liminar.

Dedé chegou ao Cruzeiro em 2013, vindo do Vasco, e atuou em 188 jogos com a camisa estrelada. O zagueiro marcou 15 gols e conquistou três vezes o Campeonato Mineiro (2014, 2018 e 2019), além do Bicampeonato da Copa do Brasil (2017 e 2018) e do Brasileirão (2013 e 2014).

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