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·06 de novembro de 2025

Com dispensados de River e Boca, Rivadavia conquista Copa inédita e vai à Libertadores

Imagem do artigo:Com dispensados de River e Boca, Rivadavia conquista Copa inédita e vai à Libertadores

O ano na Argentina tem sido prolífico em surpresas. Depois da conquista inédita do Platense no Apertura foi a vez do modesto Independiente Rivadavia fazer história. O "Azul do Parque" bateu o Argentinos Juniors nos pênaltis, em final épica da Copa Argentina, com direito a dois jogadores expulsos dos campeões.

Quem não acompanha o futebol argentino pode sentir certa surpresa apenas pela menção do nome Independiente Rivadavia. O modesto clube tem pouca história na elite argentina - subiu para a primeira divisão apenas no ano passado e está em seu segundo ano entre os melhores clubes do país.


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A pouca experiência na elite não impediu o Rivadavia de fazer campanha histórica e de superação, passando por favoritos sempre nos pênaltis. No caminho, eliminou o atual campeão argentino, o Platense - outra sensação da temporada. Passou pelo grande candidato ao troféu nas semifinais, o River Plate. Ambos nas penalidades. Nesta quarta-feira, superou o Argentino Juniors, mesmo perdendo um jogador expulso (Amarfil) ainda no primeiro tempo - Alejo Osella recebeu o vermelho no fim ainda.

O contexto épico do título inédito ainda ganhou novos capítulos quando o goleiro titular, Ezequiel Centurión, um dos heróis da conquista (falaremos sobre ele abaixo), teve de ser substituído no fim. O reserva, Gonzalo Marinelli, acabou por ter seu momento de glória: defendeu a penalidade decisiva, e por duas vezes, depois de ter se adiantado na primeira tentativa, forçando a segunda cobrança.

Refugos de Boca e River brilham na conquista do Rivadavia

Para chegar ao seu primeiro grande título da história, o Independiente Rivadavia contou com heróis improváveis. Nomes que foram dispensados, por motivos diferentes, dos gigantes Boca Juniors e River Plate.

Começamos pelo próprio Centurión. Cria do River, o goleiro de 28 anos nunca conseguiu se firmar em "sua casa". Passou por empréstimos em sequência e, na realidade, ainda pertence ao clube, embora em fim de contrato. Seu reserva, o experiente Marinelli, de 36 anos, e herói improvável da final, também é cria dos Millonarios. Deixou o clube em 2013 sem espaço como profissional, que encontrou apenas mais tarde no Tigre.

Capitão e referência técnica da modesta equipe, Sebastián Villa teve maior destaque no Boca Juniors. Deixou o clube em 2023, de forma polêmica e com a carreira manchada. O colombiano, hoje com 29 anos, foi condenado por agressão à ex-namorada e foi passar um tempo curto de "exílio" na Bulgária antes de reforçar o Rivadavia.

No banco, Alfredo Berti, de 54 anos, teve também no troféu seu maior momento como treinador. Berti, como Villa, teve passagem marcante no Boca nos tempos de jogador por questões extra-campo - sofreu diversas lesões que encurtaram sua carreira e terminou por processar o clube, que teve de pagar indenização pela aposentadoria precoce do ex-atleta.

Com heróis improváveis, o Independiente Rivadavia se juntou ao Platense como mais um estreante argentino na Libertadores, com presença agendada para 2026. Para mais detalhes da história do Platense, algoz de River e Racing, relembre o nosso especial de oGol nas Américas, gravado diretamente da Argentina.

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