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·31 de agosto de 2020

Com um triunfo histórico, o Cerro Porteño fica mais próximo de encerrar a hegemonia do Olimpia no Paraguaio

Imagem do artigo:Com um triunfo histórico, o Cerro Porteño fica mais próximo de encerrar a hegemonia do Olimpia no Paraguaio

Cerro Porteño e Olimpia fizeram um clássico de peso neste domingo, num duelo fundamental à definição do Torneio Apertura do Campeonato Paraguaio. E a vitória por 2 a 0 na Olla Azulgrana se faz histórica ao Ciclón, que abre sete pontos de vantagem na liderança e se prontifica a romper o tetracampeonato nacional dos olimpistas. O resultado também marca uma sequência de nove vitórias do time de Chiqui Arce, recorde absoluto dos azulgranas na liga. Além do mais, são 107 triunfos do Cerro no dérbi, o que recoloca a equipe à frente dos maiores rivais nos números totais.

Depois de um começo de jogo aberto, o Cerro passou a dominar o encontro e ganhou um pênalti aos 23 minutos. Diego Churín, porém, exagerou na força e mandou por cima do travessão. Antes do intervalo, Federico Carrizo ainda acertou o poste em busca do primeiro gol azulgrana. Somente na segunda etapa é que o Ciclón saiu em vantagem, arrancando a merecida vitória.


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Aos 20 minutos, o próprio Churín tratou de se redimir. Após um erro da defesa do Olimpia, o atacante soltou um tirambaço para vencer o goleiro Alfredo Aguilar – que também colaborou no lance. A situação ficou ainda melhor aos anfitriões após a expulsão do alvinegro Tabaré Viudez, com dois amarelos em um minuto. Assim, o golpe de misericórdia veio nos acréscimos. Em contragolpe puxado por Óscar Ruíz, com o campo totalmente aberto, Ángel Cardozo Lucena confirmou o triunfo cerrista.

“Estou feliz como todo o povo azulgrana. Estamos em uma campanha excelente e há muita gente que dá de seu dia a dia para que isso seja assim. É um momento único. Sabíamos que ia ser uma partida difícil. Jogamos concentrados, merecemos o resultado e ganhamos de forma justa”, declarou Chiqui Arce, na saída de campo. Antigo ídolo do próprio Cerro como jogador, antes de fazer história com Grêmio e Palmeiras, o veterano busca seu terceiro título nacional como treinador – levou em 2013 com o Ciclón e também em 2015 com o rival Olimpia.

O momento do Cerro Porteño é excepcional. Desde a retomada do Campeonato Paraguaio, em julho, o Ciclón apenas venceu. O time era o sexto colocado em março, emendando quatro rodadas em jejum, mas a parada por conta da pandemia foi oportuna. A resposta veio com nove triunfos consecutivos a partir da volta do Apertura, batendo também Libertad e Guaraní neste caminhada recente. Com isso, a equipe disparou na liderança e venceu seu duelo mais importante neste domingo.

Um triunfo do Olimpia poderia diminuir a diferença entre os rivais para um ponto no topo da tabela, mas agora o Cerro abre sete, 39 a 32 – restando apenas mais cinco rodadas para a definição da campanha. Parece difícil imaginar uma reviravolta a esta altura, ainda mais depois do confronto direto. Os olimpistas buscavam o pentacampeonato que não vinha desde os anos 1980. Porém, são os cerristas que se aproximam do fim do jejum que perdura desde 2017.

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