Comissão de Arbitragem anuncia novidade para 2026 e rebate críticas sobre critérios | OneFootball

A cobrança por uniformidade de critérios na arbitragem brasileira, tema destacado pelo Bahia na última semana, ganhou um novo capítulo com a declaração do chefe da Comissão de Arbitragem da CBF, Rodrigo Cintra.

Em apresentação sobre o sistema de impedimento semiautomático no Brasil em 2026, o dirigente classificou a busca por uma padronização de critérios como “algo utópico” no cenário atual, uma visão que ressoa em críticas de torcedores e de clubes, como o Bahia, que afirmou ver uma “oscilação de critérios” na Série A.

Em reunião do 1º Grupo de Trabalho de Arbitragem, na sede da CBF, Cintra atribuiu a dificuldade à natureza humana do trabalho e ao alto número de profissionais envolvidos. Contudo, garante estar buscando uma aproximação de critérios.

“Este ano utilizamos 32 árbitros, cabeças diferentes, então essa uniformização de critérios é algo utópico, quase impossível quando nós falamos de seres humanos, mas não podemos deixar de buscá-los. Aproximação de critério é a primeira etapa,” afirmou Cintra.

Impedimento semiautomático será novidade da Série A 2026

Já lançado em competições oficiais da FIFA e em competições nacionais de países europeus, como a Premier League, o impedimento semiautomático será a nova realidade do Brasileirão a partir de 28 de janeiro de 2026, data da primeira rodada.

Trata-se de uma tecnologia que faz o uso de câmeras e sensores ao redor do estádio para determinar lances de impedimento de forma mais eficaz, gerando um “tira-teima” em tempo real, através de uma linha de impedimento virtual 3D que é exibida aos torcedores e na transmissão ao vivo.

Ele é chamado de “semiautomático” porque a decisão final ainda depende da validação do VAR.

Nota do Bahia com críticas à arbitragem

A busca por essa “aproximação” de critério é o que o Esquadrão tem cobrado publicamente.

Após a derrota para o Atlético-MG, o Bahia SAF divulgou uma nota apontando a “inconsistência na aplicação das regras”, citando o lance de expulsão de Kanu e a não expulsão de Junior Alonso como exemplos da falta de critérios nas decisões que prejudicaram o Tricolor na Arena MRV.

O Tricolor de Aço, através de sua nota oficial, também garantiu que segue defendendo que a “evolução do futebol brasileiro passa por uma arbitragem profissional e que utilize os mesmos critérios, independentemente de contra quem estes são aplicados”.