Como o Flamengo chega para a disputa do Intercontinental | OneFootball

Depois de conquistar o Brasil e a América do Sul, o Flamengo vai em busca do mundo.

O Rubro-Negro dá início nesta quarta-feira (10) à sua caminhada na Copa Intercontinental, no Catar.

O primeiro desafio é contra o Cruz Azul, do México, atual campeão da América do Norte e Central. Em caso de vitória, o duelo é contra o Pyramids, do Egito, atual campeão africano.

Só em caso de nova classificação viria o esperado confronto diante do PSG, campeão europeu, valendo o título mundial.

Antes da estreia de Filipe Luís e seus jogadores, o OneFootball analisa abaixo como o Flamengo chega à competição no Catar:

Confiança lá no alto

Difícil chegar à disputa do título mundial com um embalo maior que o do Flamengo neste ano.

A equipe venceu a final da Libertadores contra o Palmeiras e poucos dias depois garantiu o título do Brasileirão.

O título nacional veio ainda com o melhor ataque e a melhor defesa do torneio.

Nos últimos 15 jogos, foram apenas duas derrotas. A primeira delas entre os duelos pela semifinal da Libertadores e a outra na "saída" da Data Fifa de novembro, com o elenco prejudicado por desfalques.

Mesmo com naturais momentos de instabilidade, a equipe de Filipe Luís foi a de maior consistência ao longo da temporada no Brasil.

Dúvidas no DM

Pedro e Leo Ortiz se lesionaram nesta reta final de temporada e sequer jogaram a final da Libertadores.

Ainda em recuperação, ambos viajaram com o restante do elenco para o Catar.

No entanto, a participação deles na Copa Intercontinental ainda é incerta.

Caso o atacante e o zagueiro voltem a ficar disponíveis, Filipe Luís ainda teria que lidar com o dilema de colocar em campo atletas com pouco ritmo de jogo para confrontos decisivos.

Será que o ideal é segurar o retorno dos dois para 2026?

O trunfo Arrascaeta

O meia uruguaio vive talvez sua melhor temporada com a camisa do Flamengo.

Ele conquistou a Bola de Ouro do Brasileirão na premiação da ESPN e também foi escolhido como melhor jogador do campeonato na eleição da CBF.

Ele terminou a competição com 18 gols (abaixo apenas de Kaio Jorge) e 14 assistências (líder).

Mas o passe pra gol mais importante saiu na Libertadores, no cruzamento que encontrou a cabeça de Danilo na decisão em Lima.

Desgaste vai pesar?

Assim como o Cruz Azul, o Flamengo está em fim de temporada.

Por outro lado, Pyramids e PSG, potenciais adversários na sequência do torneio, estão apenas na "metade do caminho".

Após 75 jogos disputados em 2025, o elenco Flamengo chega ao Catar administrando suas últimas forças.

O que pesa a favor é que Filipe Luís tentou administrar o desgaste ao longo do ano.

No Brasileirão, por exemplo, apenas seis atletas jogaram o equivalente a mais de metade das partidas: Rossi, Léo Pereira, Arrascaeta, Leo Ortiz, Bruno Henrique e Luiz Araújo.

Europeus não são novidade

Equipes brasileiras que chegaram à final do mundial em anos recentes tinham pouca experiência contra adversários europeus de alto nível.

Se alcançar a sonhada decisão contra o PSG daqui alguns dias, o Flamengo não deve tratar o desafio como uma novidade tão grande.

No meio deste ano, a equipe já encarou Bayern de Munique e Chelsea durante a disputa da Copa do Mundo de Clubes.

Contra os alemães o resultado foi frustrante, com derrota e eliminação nas oitavas de final.

Mas ainda na fase de grupos o Flamengo derrotou a equipe inglesa, que inclusive venceu o PSG na grande final.

📸 Rodrigo Valle - 2025 Getty Images