Jogada10
·19 de novembro de 2025
Conflitos e superlotação contribuem para interdição de “Buraco do Neymar” em Noronha

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·19 de novembro de 2025

O ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) interditou nessa terça-feira (18), por tempo indeterminado, duas piscinas naturais de Fernando de Noronha. A medida inclui o tradicional Buraco do Galego — ponto turístico que ganhou nova fama como “buraco do Neymar” em 2018. O que, aliás, contribuiu para proibição.
A interdição também alcança o “Lasca da Velha”, na mesma região, e impede a entrada de visitantes enquanto o órgão analisa formas de reorganizar o uso da área.
Situado na Praia do Cachorro, o Buraco do Galego ficou reconhecido nacionalmente depois de uma foto do camisa 10 do Santos com Bruna Marquezine, quando ainda namoravam, em 2018. O registro circulou amplamente nas redes sociais e impulsionou o interesse pelo local, que intensificou o fluxo diário de turistas.
Em pouco tempo, a paisagem passou a atrair filas de visitantes em busca do cenário ‘instagramável’. Com isso, além do crescimento de frequentadores, surgiram conflitos entre turistas e prestadores de serviço. De acordo com o ICMBio, relatos de desentendimentos começaram a se acumular e se tornaram fator determinante para a interdição.
Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Raul Aragão ラウーアラゴン (@raul)
O coordenador de Ordenamento Territorial do instituto, Mário Douglas Fortini, explicou que a intenção inicial era ordenar o acesso sem interromper as atividades. No entanto, o grande volume de denúncias obrigou o órgão a tomar a decisão de fechar as piscinas naturais.
“O principal motivo é o conflito atual deflagrado entre usuários e prestadores de serviço no local. Recebemos diversas denúncias, inclusive de violência no local. Também fomos informados sobre a prestação de serviço não regulamentado. Isso não é permitido e ainda dificulta o acesso público”, explicou Fortini.
Além disso, o ICMBio afirmou que a interdição coincide com um período de mar agitado — condição que aumenta o risco de acidentes e reforça a necessidade de restringir o acesso. Em seguida, o órgão determinou a instalação de placas informativas e o apoio do Corpo de Bombeiros para orientar visitantes.
A suspensão não tem prazo para terminar. A liberação das áreas dependerá de estudos de ordenamento marítimo, responsáveis por definir como será a circulação segura de pessoas e serviços.
Caso alguém descumpra a interdição, a Polícia Militar poderá ser acionada, e o visitante ficará sujeito a medidas administrativas.









































