Central do Timão
·02 de dezembro de 2025
Conselheiros do Corinthians criticam proposta de “nova” Ética com membros eleitos e auditores externos

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O Corinthians realizou, na noite desta segunda-feira (1º), o primeiro dia de Audiências Públicas para discutir a proposta de Reforma do Estatuto Social. A etapa inaugural, dedicada aos capítulos que tratam da identidade institucional do clube, da composição do quadro social e da arquitetura dos poderes internos, contou com a participação de conselheiros e associados, embora a adesão geral ao encontro tenha sido baixa.
O teatro do Parque São Jorge contou com a presença de aproximadamente 60 pessoas para a discussão dos itens iniciais do anteprojeto. Entre os presentes, foi possível identificar personagens conhecidos do dia-a-dia corinthiano, como os conselheiros Rozallah Santoro, Vinícius Cascone, Felipe Ezabella, Herói Vicente, Jorge Kalil, André Luiz de Oliveira (o “André Negão”), Caetano Blandini, Miriam Athiê, Paulo Pedro, Roberson de Medeiros (o “Dunga”), Peterson Ruan, entre outros.

Foto: Reprodução/Corinthians
Associados e torcedores ligados a coletivos que atuaram na reforma também marcaram presença, como Diogo Oliveira, que se manifestou na audiência representando o Coletivo Voz Corinthiana, e Hicham Said Abbas, que falou em nome do Coletivo Família Corinthians. Os Gaviões da Fiel também marcaram presença com o diretor de comunicação Alex Da Matta. Outra figura presente, e que colaborou com várias manifestações, foi o ex-presidente da organizada Douglas Deungaro (o “Metaleiro”).
Uma ausência relevante foi notada pelos presentes: a de Rubens Gomes (o “Rubão”). Ele foi um dos conselheiros que, na última segunda-feira (24), durante a reunião do Conselho Deliberativo (CD), havia proposto que o texto do anteprojeto não fosse votado, a fim de ser mais debatido – fato que gerou a agenda de audiências marcadas até fevereiro de 2026. Por conta disso, sua presença era esperada no debate desta segunda-feira.
Durante as quase três horas de debates, alguns pontos em comum puderam ser identificados nas manifestações dos oradores. Um dos principais diz respeito à proposta do anteprojeto para formatar a atual Comissão de Ética e Disciplina (CED), que seria renomeada para Comissão de Ética e Integridade (CEI), passaria a ser um dos poderes do clube e contaria com uma nova composição: sete membros eleitos e quatro auditores externos e independentes.
Em geral, os conselheiros presentes na reunião se manifestaram contra alguns pontos desta proposta. Ezabella, por exemplo, criticou a ideia de que parte da CEI fosse eleita pelos associados em Assembleia Geral, além de pontuar possíveis problemas com a presença de auditores independentes, apontando o risco de estes não serem corinthianos, membros da coletividade do Parque São Jorge. Também se colocou contra a exigência de formação em Direito para se candidatar ao órgão.
Pouco depois, o representante do Coletivo Voz Corinthiana se manifestou, defendendo a proposta do anteprojeto para o órgão de controle, argumentando que a formatação sugerida no texto garantiria à comissão mais independência para atuar, livre de influências políticas. Afirmou, ainda, que a presença de auditores externos ajudaria a garantir independência real nas decisões, evitando riscos de contaminação das decisões.
Ezabella fez um aparte, apontando a possibilidade de a presença de auditores no órgão ser ilegal, devido à ideia de fazer a CEI se tornar um dos poderes constituídos do clube. Em resposta, Romeu Tuma Júnior, presidente do CD e que conduziu os trabalhos da audiência, convidou o conselheiro a sugerir melhorias no texto do anteprojeto.
Dunga, então, também pediu a palavra. Ele comandou a Ética do Corinthians durante quase toda a gestão Augusto Melo, e com base no que viveu no período, defendeu a presença de formados em Direito no órgão. Segundo ele, tal prática já é culturalmente adotada, por exemplo, na escolha dos membros da comissão que julga associados no Parque São Jorge – fato corroborado na sequência por Claudia Carlos de Oliveira, secretária da comissão de reforma do estatuto e que já compôs o órgão citado por Dunga.
Cascone também se manifestou sobre o tema, sugerindo que a exigência de formação em direito para compor a CEI fosse derrubada e, em troca, fosse garantida uma assistência jurídica, fornecida pelo clube, aos membros eleitos para a comissão que eventualmente não tivessem formação na área. A ideia foi bem aceita pelos presentes no teatro.
Peterson também falou, sugerindo que a presença de auditores fosse substituída pelo uso de uma câmara arbitral para resolução de disputas. Por fim, Paulo Pedro retomou a crítica de Ezabella sobre a eleição de membros da CEI pelos associados. Segundo ele, isso tornaria as eleições no Corinthians “complexas e custosas” – mas não sugeriu, ao menos publicamente, uma alternativa para a composição do órgão.
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