Central do Timão
·15 de novembro de 2025
Conselheiros vitalícios do Corinthians pressionam por limitação de emendas na reforma do estatuto

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·15 de novembro de 2025

A reforma do estatuto do Corinthians segue sendo objeto de debates no Parque São Jorge. O anteprojeto do texto produzido pela comissão responsável foi apresentado no último dia 27 de outubro e desde então tem recebido propostas de correções da própria comissão e da diretoria jurídica do clube, além de pedidos de mudanças em artigos, por meio de emendas sugeridas por conselheiros, associados e torcedores.
Mas enquanto estes trabalhos acontecem, visando a votação das emendas e do texto final do projeto no Conselho Deliberativo (CD) no próximo dia 24, uma ala política do clube trabalha para que a conclusão da reforma estatutária seja, na prática, bem diferente do que está previsto no cronograma apresentado em setembro pelo presidente do CD Romeu Tuma Júnior.

Foto: Reprodução/Corinthians
A Central do Timão apurou que conselheiros vitalícios do Corinthians estão articulando um movimento para inviabilizar o texto do anteprojeto apresentado em outubro, substituindo-o por um método alternativo de reforma do estatuto atualmente vigente.
Segundo a proposta, que está sendo ventilada no Parque São Jorge e em grupos internos de WhatsApp, os grupos políticos do Corinthians, incluindo os próprios vitalícios, selecionariam uma quantidade limitada de itens para modificar no texto atual do estatuto, com um teto de sete a oito alterações possíveis no conjunto de normas corinthianas.
A ideia, porém, vem sofrendo críticas de grupos políticos dentro do clube. Um dos argumentos contrários a ela tem relação com o fato de o estatuto atual ser datado de 2008, com apenas uma mudança ligada a questões tributárias sendo feita em 2022. Na análise dos contrários à ideia dos vitalícios, o texto atual está desatualizado demais, incluindo perante à legislação, exigindo mais mudanças que em apenas sete ou oito itens.
Além disso, os opositores da ideia apontam o risco de se formar um texto incoerente a partir de mudanças “enxertadas” no estatuto. O argumento é de que todo o conjunto de artigos segue uma linha narrativa, com diversos pontos do documento conectados entre si, de forma de que a mudança de determinados itens obriga que uma série de outros itens também mudem, para que o texto tenha sustentação normativa.
Por fim, critica-se também o timing da proposta, feita um ano e nove meses depois da instituição da comissão de reforma estatutária, que produziu neste meio tempo um anteprojeto com ideias vindas inclusive de conselheiros vitalícios. As suspeitas são de que a tentativa de inviabilizar o texto ocorra por conta de tópicos impopulares entre parte do CD, como a perda do cargo ao aceitar função na diretoria, a vedação à contratação de parentes por parte do clube e a intenção de promover votação aberta no dia 24.
A apuração da Central do Timão aponta que um possível desfecho para o impasse gira em torno da produção de um texto final que, ainda que use como ponto de partida as sete ou oito alterações indicadas desta nova forma, obrigatoriamente também atenda a outras questões consideradas indispensáveis, como o direito de voto ao sócio do Fiel Torcedor, todas as adequações legais necessárias (incluindo à Lei Geral do Esporte), as políticas de diversidade e o pacote de regras sobre compliance, governança e boas práticas financeiras e responsabilização de dirigentes por gestão temerária ou fraudulenta.
Nesta composição, alterações sugeridas no anteprojeto que versassem sobre temas diferentes dos citados acima seriam debatidos em uma data posterior, para serem integrados (ou não) ao estatuto recém-aprovado. Ainda existe, por fim, a possibilidade de que tal composição não ganhe aderência entre os conselheiros – neste caso, a tendência é que a votação no dia 24 retorne ao proposto por Tuma em outubro durante a coletiva de apresentação do documento e seja feita a partir da divisão do anteprojeto em tópicos, que seriam votados um a um pelos conselheiros.
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