
Gazeta Esportiva.com
·08 de abril de 2025
Conselho do Santos aprova por unanimidade as contas de 2024 da gestão de Marcelo Teixeira

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·08 de abril de 2025
Em sessão realizada na noite desta segunda-feira, na Vila Belmiro, o Conselho Deliberativo do Santos aprovou – por unanimidade – o balanço financeiro de 2024, primeiro ano do novo mandato do presidente Marcelo Teixeira. A decisão seguiu a recomendação do Conselho Fiscal, que, após análise, não encontrou impedimentos para a aprovação.
“A aprovação das contas do Exercício de 2024, por unanimidade, pelo Conselho Deliberativo representa um grande apoio à nossa gestão. Isso é fundamental e nos estimula a continuar trabalhando para reconstruir definitivamente o nosso clube. Só temos a agradecer aos conselheiros e renovamos nosso compromisso de realizar uma gestão com total transparência”, disse o presidente Marcelo Teixeira.
Os demonstrativos registraram inicialmente um superávit operacional contábil de R$ 58 milhões, com receita de R$ 459 milhões e custos e despesas de R$ 401 milhões. Contudo, após contabilização de provisões para demandas judiciais (R$ 43 milhões), despesas e receitas financeiras (R$ 73 milhões), amortizações (R$ 44 milhões) e depreciações (R$ 2,5 milhões), o clube fechou o ano com déficit contábil final de R$ 105 milhões.
O relatório do Conselho Fiscal apontou que o déficit foi influenciado pelo impacto do rebaixamento, já que o orçamento aprovado em 2023 foi planejado para a disputa da Série A, o que acabou comprometendo o início da nova administração. Mesmo assim, a receita realizada superou a expectativa inicial (R$ 459 milhões contra R$ 394 milhões previstos).
Entre os fatores positivos destacados estão a redução de 6,76% na folha de pagamento, a economia de R$ 20 milhões com o empréstimo de 23 atletas, o crescimento do programa de sócios Sócio Rei, que saltou de 32.122 associados em 2023 para 45.799 em 2024, e a chegada de novos patrocinadores e reforços.
Apesar do cenário adverso, o clube manteve em dia as certidões negativas de débitos federais e do FGTS. A taxa de endividamento atingiu 30,99% da receita, fato atribuído à contratação de novos empréstimos para quitar dívidas herdadas, à falta de revisão orçamentária e à intensa movimentação de atletas durante o ano.
O Conselho Fiscal ainda observou que todas as demais regras estatutárias foram cumpridas. A opção pela contratação de funcionários via Pessoa Jurídica (PJ), questionada por alguns conselheiros, foi defendida pela gestão como necessária diante da gravíssima crise financeira.