Coote estreou na Premier League mesmo após denúncia grave em 2017 | OneFootball

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O ex-árbitro da Premier League David Coote, que recentemente confessou ter cometido crime de exploração sexual infantil, já tinha sido investigado. Segundo o jornal inglês ”The Telegraph”, o PGMOL e a FA já haviam investigado o juiz em 2017, oito anos atrás.

Ambos os órgãos passaram as informações que tinham para a polícia investigar, mas Coote foi declarado inocente e nenhuma outra ação foi tomada. Na última terça-feira (11), o ex-árbitro admitiu que tinha uma imagem indecente de um menor de idade.

Em agosto de 2017, o ex-árbitro foi investigado pelo PGMOL, órgão que comanda a arbitragem na Premier League e no futebol inglês, mas nenhum detalhe foi revelado na época ao público. Ele também não era um juiz conhecido na ocasião e voltou a apitar algumas semanas depois da investigação.

Na ocasião, nenhuma investigação policial formal foi feita ao então árbitro até a alegação de 2017. Ao invés disso, a polícia analisou a imagem em questão e decidiu que ele era inocente.

A queixa foi inicialmente reportada a Mike Riley, diretor geral do PGMOL até 2023, por um membro do órgão. Essa pessoa era um ex-árbitro com uma boa reputação dentro da instituição e que também tinha uma outra profissão fora do futebol.

Um ano depois da investigação, em 2018, Coote foi promovido a apitar partidas da Premier League, após ter passado anos apitando jogos das divisões inferiores do futebol inglês. Nos cinco anos seguintes, ele seguiu apitando a elite do futebol e até foi o juiz da final da Copa da Liga Inglesa de 2023, quando o Manchester United venceu o Newcastle.

David Coote apitando a final da Copa da Liga Inglesa de 2023 (Foto: Julian Finney/Getty Images)

A carreira do ex-árbitro acabou no final do ano passado, quando o jornal The Sun publicou uma série de reportagens dele fazendo comentários ofensivos ao técnico Jürgen Klopp e também publicou um vídeo dele inalando uma substância branca.

Nove meses depois, Coote foi entrevistado pela polícia do condado de Nottinghamshire por ter um vídeo indecente de uma criança na categoria A, que é tida como a mais séria no país.

David Coote inicialmente disse ser inocente, mas voltou atrás e admitiu ser culpado na última terça-feira (11). Com isso, ele pode ser preso por dez anos, a sentença máxima para esse tipo de crime na Inglaterra.