Central do Timão
·02 de dezembro de 2025
Corinthians avança em apuração interna e MP pressiona Justiça por agilidade em denúncia contra Andrés Sanchez

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O ex-presidente do Corinthians Andrés Sanchez compareceu ao Parque São Jorge, na última segunda-feira (1º), acompanhado de seus advogados, após ser chamado pela Comissão de Justiça do Conselho Deliberativo para esclarecer possíveis gastos pessoais indevidos realizados com o cartão corporativo durante sua última gestão, entre 2018 e 2020.
Embora Andrés já tivesse apresentado explicações ao Cori (Conselho de Orientação) anteriormente, o procedimento oficial só foi instaurado agora pela Comissão de Justiça, que deu sequência ao processo de apuração interna. A tendência é que outros envolvidos também sejam convocados nos próximos dias. As oitivas terão acompanhamento do presidente da Comissão de Ética, Leonardo Pantaleão.

Foto: Rodrigo Gazzanel/Ag. Corinthians
Paralelamente ao processo interno, Andrés responde ainda a uma denúncia do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) por apropriação indébita agravada continuada, lavagem de dinheiro e falsidade de documento tributário.
Em outubro, o departamento financeiro do Corinthians enviou à Comissão de Justiça todas as faturas referentes aos três anos de mandato do ex-presidente. Após análise, o órgão identificou aproximadamente R$ 190 mil em despesas suspeitas, relacionadas a hospitais, clínicas, farmácias, lojas de móveis, eletrônicos, serviços automotivos e até uma empresa de táxi aéreo. Segundo a Comissão, não há comprovação de que tais gastos tenham ligação com as necessidades do clube, e nenhum comprovante foi anexado às despesas.
Antes de Andrés, a Comissão já havia ouvido o ex-diretor financeiro Matias Ávila, que prestou depoimento por videoconferência. Concluída a análise, o caso seguirá para a Comissão de Ética e Disciplina, presidida por Pantaleão, responsável por emitir o parecer que será encaminhado ao Conselho Deliberativo, a ser colocado em votação por Romeu Tuma Júnior.
MP cobra celeridade da Justiça em denúncia contra Andrés e ex-gerente
Enquanto o Corinthians conduz sua investigação interna, o promotor Cassio Roberto Conserino, do MP-SP, encaminhou na última segunda-feira uma petição à juíza Márcia Mayumi Okoda Oshiro, titular da 2ª Vara Especializada de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Dinheiro, pedindo que a denúncia apresentada no dia 14 de outubro de 2025 seja analisada com maior rapidez.
No documento, Conserino solicita que o caso envolvendo Andrés Sanchez e o ex-gerente financeiro Roberto Gavioli seja apreciado pelo Judiciário, ressaltando a gravidade dos fatos. O promotor ainda mencionou que o Corinthians está realizando sua própria apuração sobre o uso do cartão corporativo.
A denúncia do MP, recebida há 49 dias, acusa Andrés dos crimes de apropriação indébita, lavagem de dinheiro e falsidade de documento tributário. Já Gavioli responde por apropriação indébita e lavagem. Cabe à juíza decidir se há elementos suficientes para transformar ambos em réus — decisão que, segundo Conserino, está demorando além do esperado. Caso aceite, será aberto um processo penal; se recusar, o caso será encerrado.
O ex-presidente entrou na mira do MP em agosto, após se tornarem públicos os gastos feitos com o cartão corporativo durante seu segundo mandato. Segundo a denúncia, Andrés teria usado R$ 480 mil do clube para despesas pessoais, que vão desde relógios a viagens de luxo. Para além da devolução do dinheiro, o MP pede que ele e Gavioli paguem R$ 1,1 milhão ao Corinthians, somando punições e indenizações.
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