Central do Timão
·12 de novembro de 2025
Corinthians estoura prazo para quitar R$ 190 milhões em dívidas, sofre pressão judicial e solicita prorrogação de 180 dias

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·12 de novembro de 2025

O Corinthians deixou expirar o prazo de 180 dias determinado pela Justiça para cumprir as etapas necessárias à adequação e execução de seu plano de pagamento de credores dentro do Regime de Centralização de Execuções (RCE), de acordo com informações da ESPN.
A data limite se encerrou na semana passada, e o clube não conseguiu concluir o que havia sido estabelecido, o que gerou forte reação entre os credores — que aguardam o recebimento de aproximadamente R$ 200 milhões.

Foto: Divulgação/Corinthians
De acordo com a decisão judicial anterior, o Corinthians tinha seis meses para “adotar todas as medidas indispensáveis à homologação do plano e ao início dos pagamentos, sob pena de retomada das execuções individuais”.
O empresário André Cury, um dos principais credores, foi o primeiro a se manifestar sobre o descumprimento do prazo. Ele solicitou ao tribunal que, “com máxima urgência, sejam tomadas as medidas cabíveis, especialmente quanto às liberações pendentes e à análise das impugnações ao plano de pagamento”, pedindo ainda a reativação imediata das ações individuais devido aos prejuízos causados pela demora.
Caso a Justiça negue o pedido de prorrogação, dezenas de credores poderão reabrir processos individuais contra o clube, o que resultaria em uma série de penhoras sucessivas nas contas do Corinthians.
Em resposta, o clube reconheceu a gravidade da situação em petição enviada ao tribunal. O departamento jurídico alegou que a retomada das ações poderia comprometer a efetividade do RCE, criando um cenário caótico de “corrida” pelos ativos do clube.
“Os credores poderiam buscar a satisfação de seus créditos em diferentes frentes, o que levaria a uma liquidação desordenada dos ativos. Em uma verdadeira corrida, os mais agressivos atingiriam os principais bens rapidamente, frustrando os demais credores”, argumentou o Corinthians.
Diante disso, o clube solicitou a prorrogação do prazo por mais 180 dias, afirmando que a medida é essencial para manter a funcionalidade do regime e citando precedentes judiciais semelhantes.
O Corinthians destacou ainda que o processo é “complexo” e que tem trabalhado para obter o consenso entre os credores. Segundo o clube, apenas quatro nomes têm resistido ao acordo: André Cury, Carlos Leite, Walter Caetano e a ex-patrocinadora Pixbet. Para resolver o impasse, o clube pediu a criação de uma mesa de mediação específica com esses dissidentes, a fim de evitar prejuízos aos demais.
A diretoria reiterou que o RCE foi instaurado justamente para garantir o apoio judicial e viabilizar a reestruturação financeira da instituição, classificando o regime como “de interesse público e de reconhecido êxito”, por conciliar a preservação de um clube centenário com o pagamento organizado das dívidas.
Em contato com a ESPN, o Corinthians informou que já teve uma reunião com representantes do tribunal na semana passada, ocasião em que formalizou o pedido de prorrogação de prazo. Até o momento, o clube aguarda uma decisão da Justiça.
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