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·04 de novembro de 2025

Corinthians planeja 2026 sob incertezas, transfer bans e pressão interna

Imagem do artigo:Corinthians planeja 2026 sob incertezas, transfer bans e pressão interna

O Corinthians começou o planejamento para a temporada de 2026 em meio a um cenário repleto de dúvidas, limitações e tensão nos bastidores. Com transfer bans ativos, dívidas milionárias e contratos prestes a expirar, o clube se vê diante de um desafio complexo para formar o elenco do próximo ano.

Após a vitória sobre o Grêmio, o atacante Memphis Depay foi direto ao apontar a necessidade de mudanças profundas dentro do clube.


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“Para que o Corinthians possa conquistar grandes coisas, são necessárias algumas mudanças que só as pessoas de dentro entendem”, afirmou o holandês.

Depay ressaltou a falta de reforços recentes e citou a paralisação no mercado causada pela punição imposta pela Fifa. O Timão contratou apenas Vitinho antes de ser proibido de registrar novos atletas, punição que já dura três meses.

O transfer ban, em vigor desde 12 de agosto, decorre de uma dívida de R$ 40 milhões com o Santos Laguna, do México, referente à compra do zagueiro Félix Torres. Segundo a diretoria, o pagamento está previsto para dezembro, o que permitiria a regularização da situação antes da próxima janela, marcada de 5 de janeiro a 3 de março.

Dívidas e risco de novas punições no Corinthians

A situação, contudo, é mais ampla. Além do caso com o Santos Laguna, o Corinthians possui outras cinco condenações na Fifa, uma delas confirmada pela Corte Arbitral do Esporte (CAS). No total, as dívidas somam R$ 125,6 milhões e podem gerar novas sanções nos próximos meses. Em coletiva, o técnico Dorival Júnior confirmou que recebeu garantias do presidente Osmar Stabile de que o problema seria resolvido, mas admitiu preocupação.

“Nós ainda não temos um norte. O presidente nos garantiu que teríamos essa situação solucionada. Já começamos a planejar o ano seguinte, mas com limitações, principalmente nas contratações”, disse o treinador.

O elenco também passa por um período de incerteza. Fabrizio Angileri, Maycon, Talles Magno e Ángel Romero têm contrato apenas até o fim do ano.

Os representantes de Angileri estão em São Paulo para negociar uma possível renovação, enquanto o caso de Maycon é mais complicado. Afinal, o meia pertence ao Shakhtar Donetsk, e o Timão acumula uma dívida de R$ 6,7 milhões com o clube ucraniano após quatro empréstimos seguidos.

No caso de Talles Magno e Romero, ainda não houve tratativas. A diretoria reconhece que, sem poder contratar, a saída de jogadores pode aprofundar a fragilidade do elenco, considerado “curto” por Dorival.

Além disso, o Corinthians tem seis atletas emprestados, entre eles Pedro Raul, Fagner e Alex Santana, com vínculos prestes a expirar. O retorno deles é avaliado como uma alternativa de baixo custo, embora complique a folha salarial que o clube tenta reduzir.

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Fabinho Soldado também está pressionado no Corinthians – Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians

Crise política e pressão sobre Fabinho Soldado

A crise financeira e as dificuldades no mercado de transferências se somam à instabilidade política interna. O executivo de futebol Fabinho Soldado é alvo de pressão dentro do clube, e sua continuidade em 2026 ainda não está assegurada. Stabile tem resistido a demiti-lo, temendo agravar o ambiente às vésperas das semifinais da Copa do Brasil, tratada como prioridade nesta reta final de temporada.

Além de Memphis, outros atletas também têm manifestado preocupação com os rumos do clube. O meia Maycon, por exemplo, disse que as definições do clube podem resultar na permanência de alguns atletas.

“Para a gente pensar em permanecer, a gente tem que saber como vai ficar o clube no ano que vem. Foi um ano muito turbulento, principalmente político, e isso nos preocupa bastante.”

Assim, entre problemas financeiros, incertezas políticas e a sombra de novas punições internacionais, o Corinthians tenta desenhar o futuro em meio a um presente conturbado. O desafio é reconstruir o elenco e recuperar credibilidade dentro e fora de campo antes que 2026 comece.

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