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·27 de novembro de 2025

Corinthians pressiona Cruzeiro por divisão dos ingressos no Mineirão e impasse cresce

Imagem do artigo:Corinthians pressiona Cruzeiro por divisão dos ingressos no Mineirão e impasse cresce

Corinthians e Cruzeiro seguem sem consenso sobre a quantia de ingressos destinada às torcidas visitantes nos dois jogos da semifinal da Copa do Brasil. A discussão envolve diretamente os dirigentes Osmar Stabile e Pedro Lourenço, que tentam chegar a um formato comum antes da definição operacional da CBF.

O debate ganhou força porque cada clube defende um modelo distinto para a distribuição nos estádios. O Corinthians quer que a divisão siga o mesmo percentual aplicado na Neo Química Arena, enquanto o Cruzeiro argumenta que fatores de segurança podem limitar a carga para o torcedor visitante no Mineirão.


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A semifinal, marcada por expectativa esportiva e grande mobilização de torcedores, já movimenta bastidores e pressiona ambas as diretorias por uma solução rápida. A decisão sobre os percentuais deve influenciar logística, segurança e ambiente dos dois confrontos.

O impasse entre Cruzeiro e Corinthians pelos ingressos

O conflito começou quando o Corinthians apresentou a proposta de reservar 5,2% da capacidade total de cada estádio para a torcida visitante. Segundo o clube paulista, essa é a mesma porcentagem disponibilizada aos visitantes na Neo Química Arena e deveria ser replicada no Mineirão.

O Cruzeiro, porém, resiste ao modelo. Para o clube mineiro, o volume pedido por São Paulo pode não ser autorizado pelas autoridades locais. O presidente corintiano, Osmar Stabile, tem mantido diálogo direto com o mandatário da SAF celeste, Pedrinho, para tentar avançar.

“Falamos de 5,2% (da capacidade), que é o que temos de disponibilidade na nossa arena. Também queremos isso no Mineirão, mas estamos enfrentando resistência grande deles. Falei com o Pedrinho, que ficou de me dar uma resposta no início da semana”, afirmou Stabile ao ge.

O que o Corinthians defende: divisão proporcional

A posição corintiana é clara: a porcentagem deve ser igual nos dois jogos. Com isso, a conta é proporcional à capacidade dos estádios:

  1. Mineirão (62 mil lugares): cerca de 3,2 mil visitantes
  2. Neo Química Arena (48.905 lugares): cerca de 2,5 mil visitantes

O clube entende que esse formato garante equilíbrio esportivo e transparência. A diretoria alvinegra também afirma que está disposta a flexibilizar a acomodação dos cruzeirenses, inclusive liberando camarotes para alcançar o percentual total.

“Nós oferecemos mais alguns camarotes para que a gente possa receber esses 5,2%”, completou Stabile.

A resistência do Cruzeiro e o papel da polícia de BH

Do lado mineiro, a justificativa principal está ligada à segurança. Segundo Stabile, Pedrinho relatou que o policiamento de Belo Horizonte pode não liberar cerca de 3 mil torcedores visitantes no Mineirão.

O Cruzeiro, procurado pela imprensa, reforçou que ainda está em tratativas com o Corinthians e que não há decisão fechada.

“O Cruzeiro está tratando todos os assuntos relativos à operação das partidas da semifinal da Copa do Brasil diretamente, e diariamente, com o Corinthians”, informou o clube.

A discussão envolve também laudos técnicos, protocolos da Polícia Militar e limites históricos de operação do Mineirão para jogos de grande porte.

Bastidores da conversa entre Stabile e Pedrinho

Os dirigentes de Corinthians e Cruzeiro tentam encontrar uma solução intermediária para evitar que o impasse avance até a semana dos jogos. Entre as alternativas debatidas, está um modelo com divisão fixa de ingressos, e não proporcional.

Mesmo assim, o Corinthians insiste no padrão de 5,2%, enquanto o Cruzeiro tenta ajustar a operação às restrições relatadas pelas forças de segurança.

Stabile garante que a interlocução segue aberta e que ambos os lados buscam entendimento:“Peço que a torcida fique tranquila porque estamos trabalhando para que isso aconteça”, afirmou o presidente do Corinthians.

O que ganharia cada clube ou perderia com a divisão proporcional

A definição sobre o número de visitantes impacta diretamente:

  • Logística: deslocamento, acessos e organização de setores
  • Segurança: escoltas, barreiras e controle de riscos
  • Ambiente: pressão das torcidas em jogos decisivos
  • Renda: bilheteria proporcional à capacidade
  • Equilíbrio: comparação entre casa cheia e espaço para visitantes

O que acontece agora

A expectativa é que Pedrinho apresente uma resposta definitiva nos próximos dias, após alinhamento com as autoridades de Belo Horizonte. A CBF também aguarda definições para concluir a operação dos dois jogos.

Se não houver acordo até o início da semana, a decisão pode envolver laudos de segurança e intervenção das forças públicas. Os clubes mantêm conversas diárias, mas a divergência segue aberta.

A semifinal da Copa do Brasil, portanto, já começou fora de campo, com discussões intensas sobre o tamanho da torcida visitante. Cruzeiro e Corinthians ainda tentam costurar um entendimento, enquanto o desfecho deve influenciar diretamente o clima nas arquibancadas dos dois confrontos.

Jogos de Corinthians x Cruzeiro

  • Cruzeiro x Corinthians - quarta-feira (10/12), 21h30 - semifinal da Copa do Brasil - Mineirão, em Belo Horizonte
  • Corinthians x Cruzeiro - domingo (14/12), 18h - semifinal da Copa do Brasil - Neo Química Arena
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