Corinthians Shanenawa, ídolos e aldeia na Arena: conheça a relação do clube com povos indígenas | OneFootball

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Central do Timão

·19 de abril de 2024

Corinthians Shanenawa, ídolos e aldeia na Arena: conheça a relação do clube com povos indígenas

Imagem do artigo:Corinthians Shanenawa, ídolos e aldeia na Arena: conheça a relação do clube com povos indígenas
  1. Por Vinícios Cotrim | Redação da Central do Timão

Corinthians Shanenawa, ídolos indígenas, visita de aldeia na Neo Química Arena… A torcida alvinegra pode não saber, mas a relação do Corinthians com os povos originários brasileiros é bastante especial. Foi pensando nisso que a Central do Timão decidiu homenagear o Dia dos Povos Indígenas no Brasil, celebrado nesta sexta-feira, 19, com uma matéria sobre a ligação do clube com os cidadãos e com a cultura aborígene.

Corinthians Shanenawa


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A Central do Timão contou, em 2022, a história do Corinthians Shanenawa, formado por jogadores indígenas que moram na região centro-norte do Acre. A paixão pelo clube fez o grupo criar um time de futebol amador para homenagear o Timão. Desde então, a equipe que conta apenas com torcedores corinthianos se tornou imbatível nas competições indígenas.

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Corinthians Shanenawa recebeu uniformes oficiais do clube em 2022. Foto: Arquivo pessoal

Em julho de 2022, o Corinthians Shanenawa bateu o Cruz de Ouro por 5 x 3 e se tornou tetracampeão da Copa Indígena, conquistando o título de forma invicta no campo da Aldeia Morada Nova, no município de Feijó, no interior do Acre. O sucesso do Timão indígena foi tanto que o time recebeu uniformes oficiais do Corinthians Paulista.

A gente está muito feliz, realizamos nosso sonho de vestir a camisa do Timão. Para nós, que somos jogadores, é um privilégio vesti-la. Desde a nossa infância, quando começamos a entender de futebol, nós torcemos muito pelo Corinthians e crescemos torcendo por ele, então para nós foi um sonho realizado”, contou na época o zagueiro do Corinthians Shanenawa, Nashimar Huni Kuin, à Central do Timão.

Ídolos indígenas

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Índio (à esquerda) comemora título do Brasileirão de 1999 pelo Corinthians. Foto: Marie Hippenmeyer/AFP via Getty Images.

Dentro dos gramados, o Corinthians também já foi representado por atletas de origem indígena. Entre os nomes mais conhecidos, há de se destacar o ex-lateral-direito e campeão mundial em 2000, José Sátiro do Nascimento, de nome indígena Iracã, dos Xucuru-Cariri.

Conhecido como ‘Índio’, o jogador nasceu em uma aldeia no interior de Alagoas e, com apenas 12 anos, foi pai do primeiro de seus sete filhos. Ajudou na roça da aldeia da qual seu pai, Zezinho, era cacique. Aos 17 anos, em 1996, foi aprovado em uma peneira do Vitória, e rapidamente virou destaque da equipe. Seu desempenho atraiu atenção do Corinthians e logo ele se transferiu para o time paulista, onde alcançou suas maiores glórias na carreira.

Pelo Corinthians, Índio atuou em 79 jogos, marcou dois gols e ergueu cinco taças: os Campeonatos Paulistas de 1999 e 2001, os Brasileiros de 1998 e 1999 e o Mundial de Clubes de 2000. Ele deixou o clube em 2001 rumo ao Goiás. Hoje, o ex-lateral vive na aldeia Xucuru-Cariri e cuida de um projeto social onde ensina em torno de 50 crianças de 7 a 16 anos a jogarem futebol.

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Assim como Índio, Paulinho também foi campeão mundial pelo Corinthians. Foto: Yasuyoshi Chiba/AFP via Getty Images

Além de Índio, outro campeão mundial pelo Corinthians tem ascendência indígena. Trata-se do volante Paulinho, que vive sua segunda passagem pelo clube desde dezembro de 2021. O ídolo alvinegro tem origem dos Xucurus, uma tribo indígena que habita a Serra do Ororubá, em Pernambuco.

José Paulo Bezerra Maciel Júnior nasceu em São Paulo, em 25 de julho de 1988. O volante iniciou a carreira nas categorias de base do Audax e também passou por Vilnius (Lituânia), ŁKS Łódź (Polônia) e Bragantino antes de chegar ao Corinthians em 2010, após se destacar na Série B de 2009 pelo Massa Bruta.

Paulinho rapidamente se tornou titular absoluto do Corinthians e um dos principais nomes do período mais vitorioso da história do clube. Logo em sua segunda temporada, conquistou o Brasileirão de 2011, sendo eleito o melhor volante da competição. Já em 2012, foi peça fundamental no título inédito da Libertadores e no bicampeonato do Mundial.

Talvez se não fosse por Paulinho, o Corinthians poderia não ter conquistado a Libertadores em 2012. Isso porque o volante foi responsável pelo gol de cabeça que deu a vitória por 1 x 0 para os então comandados de Tite contra o Vasco, nas quartas de final, no Pacaembu. Um empate levaria o duelo para os pênaltis, mas o resultado deu a vaga à semifinal aos corinthianos.

Paulinho acumula 210 jogos, quatro títulos e 40 gols marcados pelo Corinthians. Ele deixou o clube em 2013, após a conquista do Paulistão, e retornou em dezembro de 2021 após brilhar com as camisas de Guangzhou (China), Barcelona (Espanha) e Seleção Brasileira, além de uma passagem pelo Tottenham (Inglaterra) e Al-Ahli (Arábia Saudita). O volante ainda disputou as Copas do Mundo de 2014 e 2018 pelo Brasil.

Aldeia na Neo Química Arena

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Aldeia Tekoa Tape Mirĩ visitou a Neo Química Arena em 2018. Foto: Rodrigo Coca/Ag. Corinthians

Em junho de 2018, a aldeia Tekoa Tape Mirĩ, da etnia Guarani, acompanhou o empate sem gols do Corinthians com o Vitória, na Neo Química Arena, pelo Brasileirão, e aproveitou o dia para dar uma volta olímpica, no intervalo do jogo, com uma importante mensagem de preservação ao meio ambiente e homenagem ao Instituto Pró Indígena do Brasil.

A aldeia está cadastrada no Departamento de Responsabilidade Social e Cidadania do Clube do Povo.

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