Corinthians tem prejuízo superior a R$ 100 mil em dois jogos da equipe feminina no Pacaembu | OneFootball

O Corinthians amargou um rombo financeiro superior a R$ 118 mil após mandar duas partidas da equipe feminina no Estádio do Pacaembu, na última semana. Os jogos, válidos pelo Paulistão Feminino e pelo Brasileirão Feminino, foram transferidos para o local porque a Fazendinha, tradicional casa das Brabas, está impedida de receber partidas noturnas devido a problemas de iluminação.

Desde maio, a Federação Paulista de Futebol (FPF) proíbe o Timão de atuar no Parque São Jorge após as 18h. A medida foi tomada após o episódio mais emblemático: na vitória por 4 a 0 sobre o Bahia, pelo Brasileirão, apenas 10 refletores estavam funcionando, enquanto 32 permaneciam apagados, segundo a transmissão do SporTV.

Foto: ©Rodrigo Gazzanel / Ag. Corinthians

Na última terça-feira, diante da Ferroviária, o Corinthians venceu por 2 a 0, mas o resultado positivo não se refletiu nas finanças. Foram 2.902 ingressos vendidos, gerando uma arrecadação de R$ 35.930,00.

No entanto, os custos operacionais, que incluem alimentação, brigada de incêndio, limpeza, segurança, gandulas, sonorização, controladores de acesso, quadro móvel e impostos, chegaram a R$ 84.935,72. Assim, o déficit da partida foi de R$ 49.005,72, sem contar o valor do aluguel do estádio, que não foi divulgado no borderô da FPF.

Três dias depois, na sexta-feira, o Timão voltou ao Pacaembu e venceu o Bahia por 2 a 0, garantindo a classificação para a semifinal do Brasileirão Feminino. Dessa vez, 6.125 ingressos foram vendidos, com receita de R$ 112.220,00. Porém, os gastos, incluindo taxa de arbitragem, que é de responsabilidade do mandante nas competições da CBF, chegaram a R$ 181.622,35, resultando em prejuízo de R$ 69.402,35.

Somando os dois compromissos, o rombo financeiro chega a R$ 118.407,75, valor que ainda não considera os custos de aluguel do Pacaembu.

A situação no Pacaembu contrasta com o desempenho financeiro da equipe em outros palcos. Na própria Fazendinha, por exemplo, os jogos costumam gerar lucro. No Paulistão, a vitória por 1 a 0 sobre o Palmeiras, em 3 de agosto, rendeu R$ 41.026,56. Já no Brasileirão, o triunfo por 4 a 2 sobre o Cruzeiro, em 18 de junho, antes da pausa para a Copa América, garantiu R$ 89.682,55 ao clube.

O Canindé também já recebeu as Brabas neste ano, na vitória por 1 a 0 contra o Flamengo, em 9 de junho, pelo Brasileirão, e o Timão registrou superavit de R$ 59.015,26. Por outro lado, no Estádio Primeiro de Maio, em São Bernardo do Campo, o Corinthians venceu o Cruzeiro por 1 a 0 na Supercopa Feminina, mas amargou prejuízo de R$ 35.415,27 — incluindo o custo de R$ 50 mil pelo aluguel.

Em 2025, a equipe feminina do Corinthians ainda não atuou na Neo Química Arena. No primeiro semestre, o clube alegou que o gramado não estava disponível para partidas extras, já que a troca do piso, inicialmente prevista para janeiro, foi adiada devido ao calendário apertado e só foi realizada durante o Mundial de Clubes, entre junho e julho.

O último jogo das Brabas na Casa do Povo foi em novembro de 2024, na ida da final do Paulistão Feminino contra o Palmeiras. Na ocasião, o clube obteve um lucro expressivo de R$ 306.961,10.

O Corinthians ainda não definiu o estádio para mandar o jogo da volta da semifinal do Brasileirão Feminino, marcada para o dia 31 de agosto, às 10h30. Fazendinha e Canindé são as opções mais cotadas, mas a decisão segue em aberto

O adversário será o São Paulo, que terá o jogo de ida neste domingo, também às 10h30, com mando do rival, ainda sem estádio confirmado. Antes disso, as Brabas voltam a campo pelo Paulistão Feminino: nesta quinta-feira, às 15h, o time enfrenta o Realidade Jovem no Estádio João Mendes Athayde.

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