FNV Sports
·11 de junho de 2020
Cova da Piedade acusa Direção da Liga de arbitrariedade na condução da Liga Pro

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·11 de junho de 2020
E segue a novela sobre o encerramento antecipado da Liga Pro em Portugal. Assim, essa semana, a Liga decidiu em Assembleia Geral, pela ratificação do fim precoce da competição, contrariando decisão do Conselho de Justiça. No entanto, nesta quarta-feira (10), o Cova da Piedade se manifestou por meio de um comunicado. Logo, o clube acusou a Direção da Liga, presidida por Pedro Proença, de conduzir o ato de forma escandalosa e arbitrária.
Dessa forma, o Cova da Piedade alega que a Direção da Liga de Portugal impediu a discussão e a deliberação da decisão de confirmar o encerramento antecipada da Liga Pro. Como também, de ratificar os acessos do Nacional, da Ilha da Madeira, e Farense à Liga NOS. Além dos descensos do próprio clube e do Casa Pia ao Campeonato de Portugal:
“(…) Assim ao contrário da divulgação promovida perante os Órgãos de Informação é totalmente falso o alegado chumbo das propostas apresentadas pelo Clube Desportivo Cova da Piedade – Futebol SAD, uma vez que não houve lugar a qualquer discussão ou votação das mesmas, por recusa ilegal da Direção em as incluir. Esta posição somou-se à também recusa ilegal em dividir e autonomizar o ponto da ordem de trabalhos, apresentado pela Direção, referente à ratificação da deliberação do passado dia 5 de Maio, dos restantes pedidos de ratificação, de modo a evitar que um resultado diferente do pretendido pela Direção pudesse vir a ocorrer. De uma forma escandalosa e arbitrária violando tudo o que uma AG representa e deve ser, veio a Direção a condicionar e obrigar os presentes a aprovar em bloco esta ratificação juntamente com as restantes das ajudas financeiras à II Liga, de forma a assegurar que não deixaria de ser aprovada. Esta posição levou à censura de outros Clubes, para além do Clube Desportivo Cova da Piedade – Futebol SAD, pela ausência de fundamento para tais decisões e somou-se ao conjunto de deliberações de alteração do Regulamento das Competições, em curso, através da aprovação de propostas violadoras dos Estatutos e Regulamentos, usando o falso pretexto da autorização Governamental decorrente da pandemia de Covid-19, para suprimir a regra da unanimidade para tudo o que a Direção entendeu propor e decidir. (…).”
Assim, o Cova da Piedade não está sozinho. Pois, na última terça-feira (9), o Feirense, outro prejudicado com a medida, enviou um comunicado reafirmando que também acionará na justiça para reaver a decisão. Vale ressaltar que antes da pandemia da Covid-19, o clube ocupava a terceira posição e, mesmo distante seis pontos, brigava pelo acesso.
“Face às inúmeras ilegalidades verificadas em todo este processo, a CD Feirense SAD vê-se obrigada a recorrer aos meios legais ao seu alcance para fazer valer os seus direitos, infelizmente, fora de campo! A CD Feirense SAD, os seus profissionais, os seus associados e adeptos sentem-se defraudados e desrespeitados e prometem defender os seus interesses até às últimas consequências.”
Inicialmente, após o período mais crítico da pandemia da Covid-19, a Liga de Portugal decidiu retomar o futebol no país. No entanto, apenas seriam continuadas as competições de elite que ainda estavam em andamento quando da paralisação no começo de março. Assim, a Liga NOS e a Taça de Portugal foram as escolhidas. Enquanto que as demais divisões nacionais seriam encerradas. A justificativa encontrada foi não possuírem condições de garantir segurança à saúde dos envolvidos nos demais campeonatos.
Dessa forma, se sentindo prejudicados com a medida, Cova de Piedade e Feirense entraram com recursos no Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol. Assim, no dia 25 de maio, foi aceito e dado efeito suspensivo a decisão através do pleito do Piedade. Enquanto que no último dia 3 de junho, o Conselho de Justiça julgou o acórdão do Desportivo. Já no dia 29 de maio, o Feirense entrou com recurso semelhante no mesmo órgão que foi aceito na terça-feira (9). Logo, um dia após a ratificação da Liga de Portugal, novamente, dando efeito suspensivo a medida.
Foto destaque: Reprodução / Fernando Ferreira