Gazeta Esportiva.com
·04 de dezembro de 2025
Crespo analisa bastidores do São Paulo e faz pedido a atores políticos do clube

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O técnico Hernán Crespo analisou as turbulências dos bastidores políticos do São Paulo após a vitória por 3 a 0 sobre o Internacional, nesta quarta-feira, na Vila Belmiro, em Santos, pela penúltima rodada do Campeonato Brasileiro.
Com a saída do diretor de futebol, Carlos Belmonte, e dos diretores adjuntos Fernando Chapecó e Nelson Ferreira após a goleada sofrida contra o Fluminense, no Maracanã, o jogo político no São Paulo começa a se desenhar para as eleições presidenciais de 2026, e o treinador da equipe, Hernán Crespo, sabe que isso tudo pode ter consequências para o elenco.
“Quando um time ganha, torcida, diretoria, comissão técnica e jogadores estão todos juntos. Nesse momento tem muita expressão de energia. Todos alinhados indo para o mesmo caminho, que é melhorar o São Paulo. A esperança é de que a próxima temporada vai ser um ano muito político outra vez, sabemos o que acontece. Espero que os envolvidos possam entender que estas dificuldades políticas condicionam o elenco”, disse o treinador são-paulino.
Carlos Belmonte é apontado como um dos prováveis candidatos à presidência do São Paulo em 2026, fazendo oposição ao candidato apoiado pelo atual presidente, Julio Casares, e que ainda não foi revelado. Caso isso se confirme, o atual mandatário do clube e o ex-diretor de futebol, que passaram cinco anos trabalhando lado a lado, estarão em frentes completamente opostas nas eleições.
Nas últimas semanas Carlos Belmonte havia perdido força como chefe do departamento de futebol após, por decisão de Julio Casares, Márcio Carlomagno, CEO do São Paulo, passar a dar expediente no CT da Barra Funda, auxiliando nas decisões relacionadas ao futebol profissional. Em meio a tudo isso, o time não vinha conseguindo ter um bom desempenho dentro de campo, amargando resultados aquém das expectativas nessa reta final de Campeonato Brasileiro.
“Sim, posso entender que será um ano politicamente difícil e que tenham capacidade de lutar corretamente para chegar à presidência sem condicionar o elenco, o futebol, que é a coisa mais importante. As questões políticas acho que para todos são objetivos individuais que afetm os objetivos coletivos. Eles têm uma responsabilidade muito grande, não é fácil, mas vou pedir apenas uma coisa: que esse ano político não condicione o ano do elenco”, completou Hernán Crespo.
Blindar o elenco de qualquer embate político nos bastidores do clube será fundamental se o treinador argentino quiser ter um ano mais tranquilo que o de 2025, sobretudo se a tão sonhada vaga na Pré-Libertadores se confirmar. Definitivamente, a promessa não é de mar calmo para Hernán Crespo à frente do São Paulo na próxima temporada.









































