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·03 de junho de 2025

Cria do Flamengo, Alexsandro lembra passado difícil após chegar à Seleção

Imagem do artigo:Cria do Flamengo, Alexsandro lembra passado difícil após chegar à Seleção

Cria das categorias de base do Flamengo, mas sem um jogo sequer entre os profissionais, o zagueiro Alexsandro partiu para a Europa cedo, trocando uma realidade que muitos jovens vivem no Rio de Janeiro por uma oportunidade de brilhar no Velho Continente.

Hoje no Lille-FRA, o jogador colhe os frutos com a titularidade, o destaque em campo e até a convocação para a Seleção Brasileira, no primeiro chamado de Carlo Ancelotti.


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Ao comentar o momento positivo na vida profissional e pessoal, Alexsandro relembrou as origens, a saída da favela no Rio de Janeiro e a ideia de atravessar o mundo para jogar futebol.

"Sair da favela não é fácil. Saí de uma comunidade realmente carente, rua de barro, passa um trem em frente. Quando a gente atravessa a linha do trem para ir para o outro lado, já é difícil. Atravessar o oceano para chegar em outro país é algo que jamais sonhava chegar", admitiu ao "ge".

Segundo o zagueiro, alguns momentos foram mais difíceis do que outros. Neste cenário, Alexsandro sempre pôde contar com a mulher e os amigos para receber uma força a mais.

"Tive esse privilégio, tive essa força. Quando não tive, minha mulher, meus amigos estavam do meu lado e me deram a força que eu precisava", exaltou Alexsandro.

Mudar a realidade de quem cresce na favela

Na visão do zagueiro, que terá a oportunidade de estrear com a camisa da Seleção, a trajetória mostra que é possível sair de baixo e correr atrás dos próprios sonhos, como ele mesmo fez. Além disso, Alexsandro destacou a importância do futebol para fugir do caminho do crime.

"Cheguei e mostrei que eles podem também ser um jogador, um professor, pessoas do bem. Desviar do ciclo das drogas, da bandidagem, que é o que a gente mais vê por lá", ressaltou.

E o jogador deixou claro que tem como objetivo mostrar para quem é oriundo da favela que é possível brigar por algo a mais na vida. Alexsandro se vê como inspiração não apenas para aqueles que são mais próximos, mas para todos no Brasil que se identificam com essa realidade.

"Sempre trabalhei para mostrar aos meus irmãos que eles podem. A gente vai crescendo, e as pessoas em volta querem ser iguais a você. Não inspiro só a minha família, mas toda minha comunidade e agora todo o Brasil", finalizou o cria do Flamengo.

O zagueiro já admitiu que procurou outros caminhos por concorrer com uma geração muito talentosa no Flamengo. O destino foi a base do Resende, que o vendeu ao Praiense-POR. Em Portugal, Alexsandro ainda jogou por Amora e Chaves, mas partiu para o Lille em seguida — e está lá até hoje.

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